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Brasil
Ano 10 - N° 483 - 18 de Setembro de 2016
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 

  

Suely Caldas Schubert:
“Amar é não ter que perdoar”

 A escritora e palestrante mineira volta a falar aos espíritas e simpatizantes do Espiritismo no Rio Grande do Sul

Trazendo a sua palavra de esclarecimento e iluminando as almas sedentas de saber, Suely Caldas Schubert esteve no Rio Grande do Sul para a realização de atividades doutrinárias nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Tramandaí e Santa Cruz do Sul, no período de 2 a 9 de setembro de 2016.
 

Em Novo Hamburgo, onde falou no dia 2 de setembro, e em Tramandaí, no dia 3, apresentou o tema: Desafios para a Vivência do Evangelho. Em Novo Hamburgo a atividade foi na Sociedade Espírita Fé, Luz e Caridade. Em Tramandaí a instituição anfitriã foi a Sociedade Espírita Fé, Amor e Caridade.

A hospitalidade generosa dos dirigentes espíritas foi novamente confirmada através do acolhimento fraternal e carinhoso a Suely Caldas Schubert, conferencista mineira de Juiz de Fora.

Destacando que viver o Evangelho do Cristo, na atualidade, se afigura difícil, é, contudo, uma necessidade imperiosa para os indivíduos que desejam alcançar a felicidade e sentirem-se mais seguros. Se os exemplos e os ensinos do Mestre

Suely durante apresentação em Novo Hamburgo

Em Tramandaí com Carlos e Eloá

Nazareno fossem seguidos e praticados, a atual situação em que se encontra o homem poderia estar bem melhor, apesar das dificuldades e apelos da materialidade, das questões do plano físico, especialmente aos jovens. Cada ser humano está desafiado a superar os desafios que se apresentam da melhor forma possível. Esses desafios proporcionam oportunidades de vencer e de capacitar-se para a vida. Nos dias atuais encontram-se postos ao ser humano muitos desafios, e a vivência do Evangelho do Cristo torna-se ferramenta fundamental para o progresso moral, intelectual e social.

Como equilibrar os fatores materiais e os espirituais? A Doutrina Espírita, disse a conferencista de Juiz de Fora, oferece os indicativos para uma vivência evangélica em plenitude, estando à frente dos tempos, notadamente em um planeta ainda na categoria de provas e de expiações. Esclarecendo que o Reino Divino se encontra na intimidade de cada ser humano, Suely frisou que todos possuem acesso ao Código Divino, conforme esclarece O Evangelho segundo o Espiritismo. Esse código é uma regra de bem proceder e que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública. É o princípio básico de todas as relações sociais que se fundem na mais rigorosa justiça. É, também, um roteiro infalível para a felicidade vindoura e que levanta uma ponta do véu que oculta a vida futura. O código é inerente ao ser humano, e se evidencia na medida em que evolui. É o código de moral universal, sem distinção de culto. Assim, a Justiça Divina é equânime para todos.

A felicidade completa, segundo Allan Kardec, só pode ser experimentada, vivida, quando o indivíduo alcançar a perfeição. No suceder das reencarnações todos se melhoram, se esclarecem, adquirem conhecimento. Suely frisou que a atual encarnação, com suas experiências, é a mais importante, levando-se em conta as múltiplas oportunidades nesta fase da transição planetária, em que o indivíduo tem a possibilidade de testemunhar e colocar em prática todo o seu arsenal de aquisições.

Avançando na exposição, a palestrante cativou os participantes, evidenciando aspectos da fé inabalável, a família, a educação, o estudo, a aquisição de conhecimento, sobretudo da Doutrina Espírita, como instrumentos para a vivência do evangelho nos dias atuais, um período em que o ser humano se mostra como predador de seu semelhante, a violência se apresenta de forma soberba e o sexo ocorre de forma desordenada. No capítulo XIX de O Evangelho segundo o Espiritismo  está explícito que a fé inabalável é a que pode encarar de frente a razão em todas as épocas da Humanidade.

Viver o Evangelho de Jesus é amar. Para isso, será necessário que o ser humano se ame, aprendendo a sensibilizar-se, convivendo em família, essa célula fundamental da sociedade humana. A mentora Joanna de Ângelis afirma: “Quando o amor se ausenta, a dor se instala”.

Viver o Evangelho é viver nos padrões de Jesus, isto é, acima de tudo, sentir nos padrões do Cristo, para pensar, observar, ouvir e agir com acerto na realização da tarefa que o Cristo reservou para cada um. A educação da Nova Era deve estruturar-se no conceito de realização integral, abrangendo os valores culturais, sociais, econômicos, morais e espirituais do ser humano. É necessário que o homem aprenda a aprender.

Com informações fornecidas pelo Espírito Camilo, e psicografadas por José Raul Teixeira na obra Desafios da Vida Familiar, capítulo 20, Suely discorreu sobre o amor e a paixão e seus reflexos sobre os indivíduos. Frisou que amar é não ter que perdoar. As simpatias e antipatias nos núcleos familiares, os parentes difíceis, são exercícios de crescimento para o amor, para o desenvolvimento da afetividade.

Em família se aprende a conviver, conhecer e respeitar a humanidade, adquirir elementos intelectuais e sentimentais que propiciem, no futuro, a compreender, cooperar, amar a imensa família universal. O laboratório familiar visa propiciar o aprendizado nos relacionamentos com a humanidade.

Trazendo informações extraídas d´O Livro dos Espíritos, a nobre conferencista mineira discorreu sobre a lei divina, seu alcance e onde a mesma se encontra, ou seja, na consciência de cada ser humano. A Doutrina Espírita, salientou, está na vanguarda dos tempos. É tarefa dos mais experientes e lúcidos preparar a infância e a juventude, oferecer-lhes as sementes de o Evangelho do Cristo.

“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”, assim se expressou o Mestre Galileu, dando ao homem a informação de que se veria envolvido pelas aflições, ao mesmo tempo em que afirma ser possível vencê-las. É necessário que cada ser se prepare para entrar em relação com os padrões do Cristo, elevando o seu próprio padrão vibratório na prática do bem e da autotransformação, perdoando, amando, agindo e trabalhando no bem.

As tentações são de caráter universal e visam dar ao homem a oportunidade de superar tendências e imperfeições. Cada adepto da Doutrina Espírita deve aprender a pensar o Espiritismo e pensar como espírita. Destacando o item “Os Obreiros do Senhor” no capítulo XX de O Evangelho segundo o Espiritismo, Suely frisou que a verdade só se alcança quando se estuda, compara e aprofunda o conhecimento, que se solidifica. É necessário muito trabalho e coragem para a transformação moral principalmente quando o indivíduo se compraz com os pensamentos maus, negativos, maldosos.

Concluindo, Suely abordou a “Missão dos Espíritas” contida no capítulo XX de O Evangelho segundo o Espiritismo: Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! (...) Marcha, pois, avante, falange imponente pela tua fé! Diante de ti os grandes batalhões dos incrédulos se dissiparão, como bruma da manhã aos primeiros raios do Sol nascente.

Com o texto “Render Graças”, de Joanna de Ângelis, Suely encerrou o magnífico trabalho, sensibilizando o público atento e atencioso. À semelhança de uma prece, oportunizou que o público, sempre participativo, pudesse elevar o seu padrão vibratório e sintonizar com os benfeitores. 

“Os Poderes da Mente” foi o tema examinado
em Santa Cruz do Sul
 

No dia 4 de setembro, Suely Caldas Schubert, a missionária brilhante, segundo Divaldo Franco, esteve em Santa Cruz do Sul apresentando o minisseminário “Os Poderes da Mente” para mais de quatrocentas pessoas que lotaram a Sociedade Espírita A Caminho da Luz. Recebida com fidalguia, carinho e afeto, a expositora renomada soube prender a atenção sobre as potencialidades da mente. Segundo Platão, a mente é inteiramente não material. O cérebro é o órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana. De acordo com o Espírito André Luiz, na obra No Mundo Maior, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o cérebro é o centro das ondulações da mente.

A lúcida expositora historiou de forma rápida a evolução do homem ao longo dos evos e a necessidade de se estudar com afinco e seriedade desde as nascentes do conhecimento humano e o Espiritismo em particular.

Prendendo a atenção, Suely apresentou e discorreu sobre cada um dos atributos do Espírito, fantástico conjunto de poderes, quais sejam: a mente, a inteligência, o pensamento, a consciência, a razão, o senso moral e de justiça, o livre-arbítrio, a vontade e a memória.

André Luiz informa que da mente emanam as correntes da vontade, determinando vasta rede de estímulos. Colocada entre o objetivo e o subjetivo, é obrigada pela Divina Lei a aprender, verificar, escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecer-se, iluminar-se, progredir sempre, conforme ele informa no capítulo 4 da obra No Mundo Maior.

Sobre a mente disse a consagrada escritora e conferencista que o conhecimento sobre suas potencialidades está em patamares iniciais. A casa mental é objeto de estudo de alguns cientistas da atualidade que situam a mente em três níveis, ou patamares, conforme já havia descrito André Luiz na década de 1950. O primeiro nível é o primitivo, que responde basicamente pelos instintos. O segundo, o córtex motor, trabalha com dados sobre as conquistas atuais. No terceiro patamar, formado pelos lobos frontais, transitam o futuro, o vir a ser, as aspirações: é a região do ideal e da meta superior. Isso comprova que o Espiritismo está na vanguarda dos tempos.

Emmanuel, em sua obra Pensamento e Vida, capítulo 1, psicografada por Chico Xavier, afirma sobre a mente: Estudando-a na nossa espiritualidade, confirma que em nos achando entre a animalidade e a angelitude, somos compelidos a interpretá-la como sendo o campo da nossa consciência desperta na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.

O eminente fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung, classificou o poder do pensamento em quatro funções primárias do ser humano: o pensamento; o sentimento; a intuição; e a sensação. Allan Kardec, na Revista Espírita de 1864, estabelece que o pensamento é o atributo característico do ser espiritual, é ele que distingue o espírito da matéria; sem o pensamento o espírito não seria espírito. O pensamento age sobre os fluidos ambientais, como o som sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som.

Enriquecendo a sua exposição, Suely apresentou judiciosas informações elaboradas por Joanna de Ângelis contidas na obra Em Busca da Verdade, psicografada por Divaldo Franco, bem como por André Luiz, Allan Kardec, Hermínio Miranda, Léon Denis, que discorreram sobre a memória e a vontade.

Após responder perguntas, e encaminhando-se para o final do profícuo trabalho, a expositora destacou a mensagem “O Poder Maior”, a questão 625 de O Livro dos Espíritos e a narrativa de Humberto de Campos, feita no livro Boa Nova, quando Jesus se apresentou a um grupo de seguidores, denominados os quinhentos da Galileia, em um entardecer espetacular e falou-lhes para seguirem os passos de seus discípulos através de caminhos escabrosos, pois que confiava àquele grupo, ali formado, a tarefa sublime de redenção pelas verdade do Evangelho. Os discípulos foram os semeadores, e os que o escutavam naquele momento seriam o fermento divino, instituindo-os como os primeiros trabalhadores e os herdeiros iniciais dos bens divinos.

O Espiritismo está na vanguarda do tempo, pois que apresenta ao homem a explicação sobre as grandes questões da Humanidade. É necessário, frisou a oradora, que o homem viva um padrão vibratório de tal ordem elevada que assegure à criatura a condição de habitar um mundo de regeneração. Encerrando sua fala, Suely leu o texto intitulado “Caminhos do Coração”, de Joanna de Ângelis, do livro Momentos de Felicidade, psicografia de Divaldo Franco. Os aplausos, em reconhecimento e agradecimento, irromperam fortes e demorados. 

“Perturbações Espirituais” foi o tema
focalizado no dia seguinte
 

Dando sequência às atividades doutrinárias em Santa Cruz do Sul, Suely Caldas Schubert, médium de larga e reconhecida experiência no campo da mediunidade, esteve reunida no dia 5 com os trabalhadores e estudantes da Doutrina Espírita da Sociedade Espírita A Caminho da Luz e de outras, da cidade e região, que lotaram as dependências. O tema do encontro foi: “Perturbações Espirituais”.

Ambientando o trabalho, Suely destacou o ensinamento de Jesus para que todos se mantivessem atentos, vigilantes e orando, pois, dadas as condições morais em que a criatura humana se encontra, é passível de ser influenciada negativamente. Informou a lúcida expositora que entidades que não desejam o crescimento do Espiritismo, estudam a Doutrina Espírita para melhor se posicionarem, procurando destruir o Espiritismo a partir de seu interior, agindo direta ou indiretamente sobre os seus colaboradores e estudantes, perturbando pessoas e Instituições Espíritas. Por outro lado, os benfeitores espirituais se esforçam para oportunizar melhores condições e auxílio, incentivando-nos ao estudo, ao trabalho, ao amor, à caridade e à fraternidade.

Desenvolvendo o tema, a dedicada servidora explanou o caso, em detalhes, apresentando as tendências díspares de duas irmãs, Carolina e Cenira, dirigentes de uma Instituição Espírita que se encontrava sob violento assédio, bem como os desdobramentos sob a ação dos benfeitores espirituais, narrado na obra Perturbações Espirituais, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo Franco.

Suely frisou que as ações nefastas dos inimigos do Cristo e do Espiritismo, contidas na obra acima referenciada, ocorrem com frequência na vida de qualquer um e nas Instituições Espíritas de todos os portes, pela fragilidade que apresentam, pessoas e instituições. Pela sua larga experiência, e militando no dia a dia de uma casa espírita, Suely narrou outros fatos similares que tem vivenciado, salientando que não há arrastamentos irresistíveis e que cada um pode ou não aceitar os argumentos de convencimento. Pessoas em condições vulneráveis são utilizadas para provocar cisões, perturbações, causando desânimo e dificuldades de toda ordem, direta ou indiretamente.

As perguntas que se sucederam demonstraram o grau de interesse e o desejo de aprofundamento sobre as perturbações de ordem pessoal ou institucional. É fundamental aprender a amar os adversários, a trabalhar em equipe, a ouvir a opinião alheia, aprendendo a viver em equipe, sabendo assimilar a derrota no campo das ideias. As questiúnculas, disse Suely, provêm de causas materiais, terrenas; as verdades são de origem espiritual. Agregando histórias de sua própria vivência, ou de seu conhecimento, a escritora e conferencista de Juiz de Fora esclareceu e destacou que não há pessoas ou instituições que estejam imunes ao assédio das entidades que se encontram a serviço das sombras.

Finalizando o profícuo encontro, Suely apresentou o projeto 3D que uma entidade obsessora explanou em uma reunião de atendimento espiritual. Trata-se de incutir na pessoa visada o desânimo, a decepção e a desilusão, acrescentando a entidade que o conjunto dos 3D conduz, quase sempre, a um quarto D, a depressão.

Em gratidão e reconhecimento, o público postou-se de pé e aplaudiu calorosamente a conferencista mineira. Todos colhemos vigorosos ensinamentos , capacitando-nos para os embates da vida, escudados no saber.


Notas do autor:
 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.



 


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