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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 483 - 18 de Setembro de 2016

JORGE HESSEN
jorge.hessen@yahoo.com.br
Brasília, DF (Brasil)   

 

 
A insignificância perante a acintosa soberba

 
Pesquisa conduzida por psicólogos da Universidade da Califórnia, Davis, nos Estados Unidos, e publicada no periódico Journal of Personality and Social Psychology, confirma a existência de pessoas com personalidade “desprezível” (arrogante).

Os psicólogos desenvolveram um teste de personalidade envolvendo 960 voluntários que também tiveram que responder a testes relacionados à raiva, nojo, inveja, orgulho, perfeccionismo e narcisismo. Os pesquisadores acreditam que indivíduos arrogantes apresentam resquícios de narcisismo, psicopatia e maquiavelismo. Isso porque essas pessoas sempre veem os outros como piores (inferiores) e não têm problema em manipulá-los.

Outros experimentos realizados pela mesma equipe sugerem ainda que as pessoas arrogantes têm mais tendência a ser racistas, além de serem péssimas influências nos relacionamentos. Os pesquisadores acreditam que esses sujeitos tendem a ter baixa autoestima e ansiedade.

A arrogância pode ser interpretada, em linhas gerais, como aquele comportamento que visa demonstrar que o indivíduo é no mínimo “igual” ou quase sempre superior aos demais, de modo a produzir impacto sobre os outros. Esse impacto pode incluir admiração, galanteios, reverência, proeminência ou até mesmo “olho gordo”. Entretanto, muitas vezes produz uma avaliação negativa, podendo fazer com que os outros considerem esse indivíduo arrogante, pedante, desprezível e, por conseguinte, procurem afastar-se ou desprezar.

A arrogância é uma expressão da obsessão de alguém querer ser maior, mais inteligente, mais grandioso e mais importante do que as outras pessoas, para compensar o que está faltando em si mesmo. Por sentir-se (inconscientemente) tão pequeno e insignificante, o arrogante precisa parecer maior do que é para provar que, na verdade, é insubstituível e especial.

Para contrapesar o medo de não ser evoluído o suficiente, adota a ilusão do “sou mais importante que você”, “sou mais inteligente que você” e pode de fato acreditar que é mais perfeito do que aqueles à sua volta, até mesmo nas hostes espíritas. O arrogante ajusta a fachada perfeita, consentindo ser manipulador, insensato, controlador e transgressor de regras da boa maneira. Olha de cima a baixo com “obséquio” para as pessoas que considera inferiores.

Sempre que nos incomodamos pela conduta dos outros e fazemos juízos de valor, em vez de condenar e comparar as nossas diferenças do tipo “elas são umas toupeiras”, “elas parecem que não raciocinam”, ou “eu sou o bambambã em questões de conhecimento espirita” etc., seria prudente silenciar, refletir e não manifestar esses rompantes.

Urge avaliar se isso não é um distúrbio, pois que estamos lançando sobre os outros os entulhos de nossos pendores desprezíveis. Em verdade a nossa arrogância está servindo como mecanismo de defesa para que não vejamos em nós mesmos a nossa rotunda insignificância perante os comparados.

Em suma, esse inchado de prepotência, sem o antídoto da humildade, invariavelmente nos resumirá a uma personalidade desprezível, impenetrável, impedindo de se fazer uma autocrítica correta e reconhecer os nossos pendores nebulosos, os nossos comportamentos destrutivos e quais das nossas tendências são e não são admissíveis.

Se debelarmos de nós a arrogância, alcançaremos vitória sobre nosso egoísmo, causa máxima dos amplos males da Humanidade. Se formos humildes, trataremos todos como companheiros, amigos e irmãos (como diz a música), e não mais nos sentiremos adversários e inimigos de quem quer que seja.

Se nos conduzirmos numa linha de inteira fraternidade, com certeza, fugirão de nossos corações a arrogância e a vaidade. Entretanto, que nossa humildade não seja apenas aquela atitude envernizada que ainda em nós reside, mas a simplicidade legítima e espontânea, a fim de recebermos a verdadeira luz e penetrarmos no entendimento de tudo quanto Jesus nos ensinou.




 


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