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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 482 - 11 de Setembro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 3)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão,obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. De que modo a Colônia Redenção ajuda a comunidade encarnada?

De vários modos. Além de enviar Benfeitores espirituais à crosta terrestre para prestar atendimento direto aos enfermos do corpo e da alma, a Comunidade espiritual programou o nascimento de inúmeras Instituições devotadas à sociedade sob a bandeira do Espiritismo Cristão, de forma que se transformassem em escolas de educação moral e espiritual, como também de oficinas promotoras de ações enobrecidas e ambulatórios dedicados à saúde física, mental e comportamental que os desvarios obsessivos ultrajavam. Inúmeros trabalhadores da Colônia reencarnaram para servirem em uma dessas instituições, em que, nas suas reuniões práticas e de desobsessão, recebem atendimento e são tratados inúmeros Espíritos comprometidos com a retaguarda e que antes se compraziam na tenaz perseguição avassaladora contra os seus antigos algozes. (Sexo e Obsessão, capítulo 1: Compromissos iluminativos.) 

B. Podemos afirmar que nenhuma prece fica sem resposta? 

Sim. Nenhuma louvação, rogativa ou gratidão expressa através da prece fica sem resposta adequada, desde que os sentimentos acompanhem-lhe o curso oracional. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) 

C. Qual era o objetivo inicial da Caravana socorrista enviada à crosta pela Colônia? 

Atender um jovem sacerdote que se encontrava em momento muito grave da sua existência, lutando com tenacidade contra as tendências infelizes do passado, que o assaltavam agora com pertinaz incidência. Embora forjado em sentimentos humanitários e cristãos, ele perdia lentamente as forças na imensa pugna travada contra as más inclinações que lhe predominavam no íntimo e porque também estava sob indução espiritual perversa e perigosa. Quando a equipe chegou ao local em que deveriam iniciar as atividades socorristas, encontraram um jovem religioso mergulhado em terrível conflito interior. Não obstante se encontrasse ajoelhado, orando em desespero, seu pensamento turbilhonado exteriorizava imagens atormentadoras de que se desejava libertar. O rapaz aparentava trinta anos de idade e chamava-se Mauro. Tentando fugir dos tormentos que o sitiavam desde a adolescência e sentindo-se dominado pelo desvario das tendências sexuais infelizes, ele procurara refúgio na Religião, na qual imaginava poder deter os desejos infrenes que o aturdiam, mas sua tarefa era complexa e muito difícil. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

Texto para leitura

11. Como a Colônia age em nosso plano – Era compreensível que o clima psíquico favorecesse, então, a instalação de obsessões cruéis e renitentes, transformando-se em quase epidemias periódicas, que faziam sucumbir os invigilantes, sem que, ao menos, se dessem conta da própria responsabilidade no desfecho nefasto das suas empresas maléficas. O Espiritismo teria, portanto, um papel de alta relevância a desempenhar nessa sociedade comprometida e assinalada pelos efeitos danosos das atitudes desvairadas, conforme vem ocorrendo com segurança, cumprindo sua missão de Consolador prometido por Jesus. A Comunidade espiritual, em face disso, programou também o nascimento de inúmeras Instituições devotadas à sociedade sob a bandeira do Espiritismo Cristão, de forma que se transformassem em escolas de educação moral e espiritual, como também de oficinas promotoras de ações enobrecidas e ambulatórios dedicados à saúde física, mental e comportamental que os desvarios obsessivos ultrajavam. Vinculado a esses operários da fraternidade e do amor, a Colônia mantinha ligações especiais com uma dessas Colmeias Espíritas, onde milhares de pessoas encontram educação, apoio e socorro, conforto moral e orientação para as suas aflições, bem como instruções libertadoras para os dramas e conflitos que as desorientam. Inúmeros trabalhadores da Colônia reencarnaram especialmente para ali servirem sob a inspiração da mártir da Independência e do venerando Francisco de Assis. Nas suas reuniões práticas e de desobsessão, recebem atendimento e são tratados inúmeros Espíritos comprometidos com a retaguarda e que antes se compraziam na tenaz perseguição avassaladora contra os seus antigos algozes. O intercâmbio entre as duas Esferas, desse modo, tornou-se natural e espontâneo, graças às luzes fulgurantes da Doutrina Espírita. (Sexo e Obsessão, capítulo 1: Compromissos iluminativos.)

12. Nenhuma prece fica sem resposta – Quando o ser humano se aperceber das infinitas possibilidades de que dispõe através da oração, conceder-lhe-á mais atenção e cuidados. Força dinâmica, responsável pelo restabelecimento de energias, é constituída de vibrações específicas que penetram a pessoa que ora, mantendo-lhe a vinculação com as Fontes Inexauríveis de onde procedem os recursos vitais. Em razão da intensidade e do hábito a que o indivíduo se permita, torna-se valioso instrumento para a conquista da paz e a preservação da alegria, nele instaurando um estado de receptividade permanente das vibrações superiores que se encontram espalhadas no Cosmo, preservando-lhe a saúde, gerando-lhe satisfação íntima e proporcionando-lhe inspiração nas mais variadas situações do caminho evolutivo. Como consequência, nenhuma louvação, rogativa ou gratidão expressa através da prece fica sem resposta adequada, desde que os sentimentos acompanhem-lhe o curso oracional. Manoel Philomeno de Miranda diz que, em determinada noite de caras reflexões, ele se encontrava aguardando o momento para atividades especiais ao lado de abnegados Mensageiros que fazem o intercâmbio com os Espíritos encarnados na Terra, ajudando-os na desincumbência dos compromissos a que se dedicam. No momento aprazado, que corresponderia às 2h da manhã, reuniram-se no local reservado para a partida em direção do mundo físico. Formavam um pequeno grupo, sob a orientação do irmão Anacleto, que fora espiritista militante e se dedicara com especial empenho ao labor mediante as terapias da Doutrina em favor da saúde mental e emocional das criaturas humanas, particularmente quando afetada pela interferência dos Espíritos obsessores. Portador de formosa folha de serviços enquanto esteve no corpo somático, havia granjeado merecido respeito em ambos os planos da vida, pela sua abnegação, carinho e conhecimento profundo em torno da grave parasitose espiritual. Reunidos em agradável sala de amplo edifício reservado para excursões ao planeta terrestre, todos mantinham a privacidade dos objetivos a serem cumpridos, preservando a muito reconfortante fraternidade, enquanto aguardavam o momento de iniciar-se a jornada. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

13. Antes de partir, a Caravana dirige comovente prece a Jesus – O Benfeitor, utilizando-se de momento próprio, expôs-lhes o plano que houvera traçado para o atendimento a algumas pessoas que se encontravam em singular circunstância de suas existências sob influências perniciosas que as dilaceravam, e, não obstante, recorriam com frequência e quase desespero à oração, suplicando a ajuda dos Céus, que lhes parecia tardar. A caravana demorar-se-ia por alguns dias em seus labores, havendo elegido, como sede de ação, o Núcleo Espírita a que Miranda se referira anteriormente, onde seria possível operar com o apoio mental e das vibrações salutares em favor do êxito do empreendimento. Acercando-se o momento da partida, o diretor do grupo convidou-os à oração, que ele próprio proferiu tocado de especial emoção:  

“Senhor Jesus, Amigo dos desafortunados! No momento em que nos preparamos para mais uma experiência socorrista em Teu nome, exoramos a Tua proteção, a fim de que possamos manter a plena sintonia com os Teus propósitos de amor, realizando o melhor que nos esteja ao alcance. Sabemos que não será fácil a tarefa por executar, considerando as nossas limitações e deficiências. Nada obstante, confiamos na Tua inspiração e apoio, de modo que nos seja permitido executar o serviço com os mais santos propósitos de fraternidade e de amor, conforme Tu mesmo o realizaste quando estiveste conosco no Planeta. Mantém-nos confiantes na irrefragável misericórdia do Pai e dulcifica-nos, para que possamos sensibilizar aqueles Espíritos que ainda não Te conhecem, ou que, tendo travado contato contigo, se afastaram, revoltados e infelizes, negando-se à vinculação com o Teu inefável amor. Semelhantes a eles, já estivemos em situação equivalente, e Tu nos arrancaste das sombras e dos abismos a que nos arrojamos, equipando-nos de conhecimentos e de sentimentos para modificarmos a estrutura íntima de que somos constituídos. Faculta-lhes, também a eles, a mesma concessão com que nos honraste, utilizando-te de nossa pequenez colocada em Tuas seguras e generosas mãos. Ampara-nos em todas as situações, enriquecendo-nos de inspiração e de caridade, para que sempre sejas Tu quem estejas presente e não nós, eliminando o nosso ego para que Te exaltemos o Espírito magnânimo e misericordioso. Segue, pois, conosco, Amigo de todas as horas.” (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

14. Mauro: um sacerdote atormentado – Ao concluir a prece, o Benfeitor estava com a voz embargada, e todos igualmente tocados de especial emotividade. Em seguida, ele explicou que o grupo iria, inicialmente, atender um jovem sacerdote que se encontrava em momento muito grave da sua existência, lutando com tenacidade contra as tendências infelizes do passado, que o assaltavam agora com pertinaz incidência. Embora forjado em sentimentos humanitários e cristãos, perdia lentamente as forças na imensa pugna travada contra as más inclinações que lhe predominavam no íntimo e porque também estava sob indução espiritual perversa e perigosa. Quando a equipe chegou ao local em que deveriam iniciar as atividades socorristas, encontraram um jovem religioso mergulhado em terrível conflito interior. Não obstante se encontrasse ajoelhado, orando em desespero, seu pensamento turbilhonado exteriorizava imagens atormentadoras de que se desejava libertar. Aparentava trinta anos de idade, era portador de boa constituição orgânica e apresentava-se com harmonia física e mesmo alguma beleza nos traços que lhe delineavam a face. Acercando-se, Miranda ouviu o Benfeitor sugerir que lhe penetrasse o campo mental, de modo a registrar seus apelos aflitivos, inteirando-se do conflito que o assaltava e o levava a inevitável desesperação. As emanações mentais eram carregadas de imagens infantis escabrosas e cenas de perversão sexual com crianças nos seus aspectos mais chocantes. Entre sombras densas, que lhe dominavam as reflexões, destacavam-se a promiscuidade sadomasoquista e aberrações outras que o pareciam satisfazer ao tempo que o afligiam de maneira especial. Percebendo-lhe a perplexidade, o irmão Anacleto explicou: “O nosso Mauro é um jovem que buscou a Religião sem qualquer inclinação legítima, tentando fugir dos tormentos que o sitiam desde a adolescência. Sentindo-se dominado pelo desvario das tendências sexuais infelizes, procurou refúgio na Religião, na qual poderia esconder-se e deter os desejos infrenes que o aturdem, buscando o Seminário onde pensava disciplinar os instintos e corrigir as más inclinações. Infelizmente não foi bem sucedido, porquanto, no lugar onde esperava encontrar paz e orientação, defrontou-se com diversos companheiros portadores de desequilíbrios equivalentes, que também buscavam a fuga ao invés do enfrentamento no século, resvalando, a pouco e pouco, para comportamentos esdrúxulos e insanos”. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

15. O drama que afligia Mauro – Anacleto silenciou por um pouco, e logo prosseguiu: “Concluindo o curso, e sendo ordenado sacerdote, a princípio tentou manter-se distante dos hábitos doentios, procurando exercer o ministério com atitudes saudáveis. Todavia, lentamente o cerco das paixões se fez inexorável, e o contato com alguns veículos de informação, especialmente a televisão, foi-lhe quase impossível deixar de anestesiar-se outra vez pelas sensações grosseiras dos desejos incoercíveis. Foi-se permitindo arrastar pelos programas vulgares, recheados de paixões e vilanias, embriagando-se com as cenas portadoras de obscenidades e aberrações, passando à convivência mental com outros insensatos e enfermos morais, utilizando-se de fotografias para prosseguir no tormento que ora o despedaça interiormente”. Ante a pausa natural que se fez, Manoel Philomeno de Miranda indagou: “Pude perceber que o seu drama íntimo envolve crianças e alguns jovens imaturos, que se rebolcam nas suas paisagens mentais entre sombras e cenas de hedionda qualidade. Qual a razão dessas manifestações do seu pensamento atormentado?” Generoso e sábio, o amigo explicou: “O drama do nosso paciente tem suas raízes na pedofilia, desequilíbrio moral e sexual, hoje muito difundido pelos infelizes vendedores de sexo, a prejuízo da saúde e da dignidade de inúmeros psicopatas e perversos. Saturados pelos excessos sexuais que se permitem, procuram novas experiências aberrantes e cruéis, utilizando-se de crianças indefesas e ingênuas para o triste mercado das suas vilezas. Por outro lado, pais inescrupulosos e de conduta esquizofrênica, igualmente ambiciosos e cruéis, alugam seus filhos para o comércio ignóbil, no qual adultos totalmente inescrupulosos e destituídos de sentimentos dignos delas se utilizam para dar vaza às suas tendências mórbidas, esfacelando essas vidas em floração, que se estiolam, desde cedo, tornando-se, aquelas que sobrevivem, cínicas e depravadas, sem nenhum objetivo existencial, exceto a luxúria para ganhar dinheiro e manter o vício, logo derrapando no uso das drogas alucinantes e destruidoras”. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) (Continua no próximo número.) 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita