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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 481 - 4 de Setembro de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 9)

Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira. 

Questões preliminares 

A. Em que consiste o fenômeno designado pelo nome de cross-correspondence? 

A cross-correspondence é o recebimento de parte da comunicação por um médium e parte por um segundo médium, não podendo qualquer das partes ser compreendida sem o concurso da outra, fato que constitui boa prova de que uma mesma inteligência atua sobre os dois automatistas. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

B. Que observação fez o Sr. Oliver Lodge a respeito do fenômeno citado na questão anterior? 

Segundo Oliver Lodge, que descreveu esse fenômeno no dia 30 de janeiro de 1908, numa reunião da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres, a cross-correspondence é prova inequívoca de que a mesma inteligência atua sobre dois médiuns. Além disso, se a mensagem traz a característica de um defunto e é recebida como tal por pessoas que não o conheceram intimamente, o fato prova a persistência da atividade intelectual do desaparecido. E se se obtém dessa maneira um texto inteiramente conforme o seu modo de pensar e impossível de ser imaginado por terceira pessoa, conclui-se que a prova é convincente. “Tais são as espécies de provas que a Sociedade pode comunicar sobre esse ponto”, declarou Oliver Lodge. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

C. Para Léon Denis, a identidade dos Espíritos comunicantes era naqueles fenômenos um pormenor de grande relevância? 

Sim. Essa identidade, estabelecida do modo mais preciso, seria, no entendimento dele, a melhor resposta aos detratores do Espiritismo e a todos os que pretendem explicar os fenômenos por outras causas que não a intervenção dos defuntos. Em face disso, ele passou a enumerar diversos fatos em que a identidade do comunicante pôde ser aferida. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

Texto para leitura 

101. Os experimentadores ingleses imaginaram, sob o nome de cross-correspondence, um novo processo de comunicação com o invisível, bem de molde a provar a identidade dos Espíritos que se manifestam por meio da escrita mediúnica. O Sr. Oliver Lodge, reitor da Universidade de Birmingham, o descreveu a 30 de janeiro de 1908, numa reunião da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

102. A cross-correspondence, diz Lodge, isto é, o recebimento de parte da comunicação por um médium e parte por um segundo médium, não podendo qualquer das partes ser compreendida sem o concurso da outra, constitui boa prova de que uma mesma inteligência atua sobre os dois automatistas. Se, além disso, a mensagem traz a característica de um defunto e é recebida como tal por pessoas que não o conheceram intimamente, isso prova a persistência da atividade intelectual do desaparecido. E se se obtém dessa maneira um texto inteiramente conforme o seu modo de pensar e impossível de ser imaginado por terceira pessoa, conclui-se que a prova é convincente. “Tais são as espécies de provas que a Sociedade pode comunicar sobre esse ponto”, declarou Oliver Lodge. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

103. Depois de tratar dos esforços empregados nesse sentido pelos Espíritos de Gurney, Hodgson e Myers, em particular, Lodge acrescentou: 

“Achamos que suas respostas a questões especiais são dadas por forma que lhes caracteriza as personalidades e revelam conhecimentos à altura da competência de cada um deles. A muralha que separa os encarnados dos desencarnados ainda se mantém firme, mas já se mostra adelgaçada em muitos lugares. Como os trabalhadores de um túnel, ouvimos, por entre o rumor das águas e diversos outros ruídos, os golpes das picaretas dos camaradas que trabalham do lado oposto.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

104. Não julgamos demasiado insistir numa questão capital: a da identidade dos Espíritos que se comunicam, no curso das experiências. Essa identidade, estabelecida do modo mais preciso, será a melhor resposta aos detratores do Espiritismo e a todos os que pretendem explicar os fenômenos por outras causas que não a intervenção dos defuntos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

105. Passamos a enumerar diversos fatos que nos parecem característicos e apoiados em testemunhos importantes. O primeiro, referido por Myers em sua obra sobre a consciência subliminal, diz respeito a uma pessoa bem conhecida do autor, o Sr. Brown, cuja perfeita sinceridade ele garante. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

106. Um negro cafre(1) foi visitar o Sr. Brown num dia em que se entregava a experiências espíritas com sua família. Introduzido o visitante, perguntaram-lhe se sabia de mortos seus compatriotas que desejassem comunicar-se com ele. Imediatamente, uma mocinha da família, que não conhecia coisa alguma do cafre, escreveu muitas palavras nesta língua. Lidas estas ao negro, causaram-lhe viva estupefação. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

107. Veio depois uma mensagem em idioma cafre, que foi por ele inteiramente compreendida, exceto uma palavra desconhecida do Sr. Brown. Em vão este a pronunciava de diversas maneiras, mas o negro não lhe apanhava o sentido. Inesperadamente a médium escreveu: “Estale a língua.” O Sr. Brown lembrou-se então do estalido particular da língua que acompanha a articulação da letra t entre os cafres e foi imediatamente compreendido. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

108. Ignorando os cafres e a arte de escrever, o Sr. Brown ficou surpreendido de receber de um cafre uma mensagem escrita. Explicaram-lhe que a mensagem fora ditada, a pedido dos amigos do negro, por um de seus amigos europeus que, quando vivo, falava correntemente a língua dos cafres. O africano parecia aterrado com a ideia de que os mortos ali estivessem, invisíveis. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

109. O segundo caso é o da aparição de um Espírito que se chamara Nefentés, numa sessão realizada em Cristiânia, na casa do professor E..., sendo médium Mme. d’Espérance. O Espírito deu o molde de sua mão em parafina. Levado o modelo oco a um profissional para que executasse a obra em relevo, ele e seus operários se encheram de espanto, por lhes estar patente que mão humana não poderia tê-lo feito, porque o teria quebrado quando fosse retirada, e declararam que aquilo era obra de feitiçaria. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

110. Doutra vez, Nefentés escreveu alguns caracteres gregos no livrinho de notas do professor E... Traduzidos, no dia seguinte, do grego antigo para linguagem moderna, aqueles caracteres, verificou-se que significavam o seguinte: “Sou Nefentés, tua amiga. Quando tua alma se sentir oprimida por excessivas dores, invoca-me e eu acudirei prontamente para mitigar tuas aflições.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

111. Finalmente, o terceiro caso é autenticado pelo Sr. Chedo Mijatovich, ministro plenipotenciário da Sérvia, em Londres, que o comunicou em 1908 no Light: Instado por espíritas húngaros para se pôr em relação com um médium, a fim de elucidar um ponto de História referente a certo soberano sérvio morto em 1350, o Sr. Chedo foi ter com o Sr. Vango, de quem muito se falava na ocasião e que lhe era, mesmo de vista, inteiramente desconhecido. Adormecido, anunciou-lhe o médium a presença do Espírito de um mancebo, que desejava muito ser atendido, mas cuja linguagem não lhe era possível compreender. Acabou, todavia, por escrever algumas palavras do que dizia o Espírito. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

112. Este se exprimira em sérvio e a tradução do que o médium conseguira grafar é a seguinte: “Peço-te o favor de escrever à minha mãe Natália, dizendo-lhe que imploro o seu perdão.” O Espírito era o do rei Alexandre. O Senhor Mijatovich nenhuma dúvida pôde ter disso, tanto mais que outras novas provas de identidade vieram juntar-se à primeira: o médium descreveu o defunto, que lhe manifestou o pesar que sentia de não ter seguido um conselho que confidencialmente lhe dera, dois anos antes de seu assassínio, o diplomata consultante. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)


(1)
Cafre: o natural ou habitante da Cafraria, denominação que, no passado, se dava à região entre o rio Kei e os limites da província de Natal, na África do Sul.
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita