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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 481 - 4 de Setembro de 2016

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 


A nova era

Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que (...) sua missão é instruir e esclarecer os homens, abrindo uma Nova Era para a regeneração da Humanidade (...).” 1


No Cristianismo nascente, Paulo de Tarso foi a Atenas, onde a inteligência se manifestava na Filosofia, na Política, nas Artes, com esperança de que o Evangelho seria compreendido e, a partir dali, disseminado para outras terras, por aqueles que vinham à busca de conhecimentos. Tornar-se-iam multiplicadores da Doutrina de Jesus, ao retornarem às regiões de origem.

Em Atenas, Paulo vê templo ao Deus Desconhecido (Atos, 17:32).

Quando os gregos se reuniram na ágora (*), para ouvi-lo, disse-lhes que era desse Deus desconhecido que lhes vinha falar, do Deus que fez o mundo e o que nele existe.

O desfecho de seu gesto foi para ele de plena frustração. Eis o que registram os Atos dos Apóstolos (17:32) sobre esse episódio:

“Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disso te ouviremos noutra ocasião.”

Isso o levou a se afastar do meio deles...

Após Jesus, alguns cristãos que sucederam os apóstolos foram adulterando a pouco e pouco Sua mensagem de Amor. A partir do Concílio de Niceia, em 325, a Igreja uniu-se aos poderosos e esses desvirtuamentos culminaram com o período de trevas, de mil anos, da Idade Média – do século V ao XV. Nele se deram as Cruzadas, do século XI até o ano 1300; a “Santa Inquisição”, do século XII ao XVIII – fase negra da história humana.

A ignorância e o fanatismo religioso mantiveram separadas a Ciência e a Religião, o que atrasou o progresso da primeira e o aprendizado da Moral contida no Evangelho. Erros clamorosos retardaram a evolução da Humanidade, entre outros:

– A crença na Terra como centro do Universo (frutos do orgulho, vaidade, presunção humanos);

– A Terra fixa, e os astros a girar à sua volta: concepção de Ptolomeu (Século II).

Nicolau Copérnico (1473/1543) contestou Ptolomeu, ao conceber a Teoria heliocêntrica: a Terra girando em torno do Sol.

Galileu Galilei (1564/1642) inventou o telescópio e, observando os astros, confirmou que Copérnico estava certo.

Perseguido e quase condenado à fogueira, teve que abjurar a essa concepção. Mas há uma lenda que afirma ter ele murmurado – como bom italiano –, “(...) ao sair do tribunal que o condenaria à fogueira, (...) célebre frase: ‘Eppur si muove!’, ou seja, ‘contudo, ela se move’, referindo-se à Terra”.

Humilde e corretamente, o Papa João Paulo 2º o reabilitou, em 31.10.92, na Academia Pontifical de Ciências, reconhecendo que Galileu “... havia sido injustamente condenado” (Folha de São Paulo, edição de 30.10.92.) 

Jesus, como Governador da Terra, desenvolve programação para este orbe e para todos os seus habitantes, até que “(...) tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto” Mt, 5:18.

E o Espiritismo é o instrumento para atingir esse objetivo com mais celeridade, quando o estudarmos, o compreendermos e adotá-lo como roteiro evolutivo!

“O Cristo foi o iniciador da moral mais pura, da mais sublime: da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e orna-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo e estabelecer entre os homens uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam.

(...) o Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer com que a humanidade avance.

São chegados os tempos em que as ideias morais hão de desenvolver-se para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. (...)

Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.”2

Com Moisés, os Dez Mandamentos e a crença num Deus único, mas também a ferocidade: o “Deus dos Exércitos”; “o olho por olho, o dente por dente”.

Antes dele, cultuavam-se muitos deuses.

Jesus veio e resumiu esses dez preceitos em dois mandamentos; recomendou-nos fazer o bem a quem nos faz o mal; a amar ao próximo como a nós mesmos; a amar aos inimigos; a perdoar ofensas; a dar a capa a quem pedir a túnica, ou seja, a traduzir seus ensinos em ações efetivas, vivenciando o amor pelos semelhantes. Com Jesus, o “Amor a Deus e ao próximo, como a si mesmo”; o Deus Pai, que educa ao invés de punir ‘eternamente’. A mansuetude.

“O Espiritismo se tornará crença geral, ou continuará sendo professado apenas por algumas pessoas?

Certamente ele se tornará crença geral e marcará uma Nova Era na História da Humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que   ocupará lugar entre os conhecimentos humanos (...).” 3 

         “(...) o objetivo maior do Espiritismo é propiciar ao homem condições para o    autoconhecimento, a autotransformação íntima à luz da Revelação incessante.” (**)

“O Espiritismo, na sua missão de consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.” 4  

“Os tempos estão próximos, repito-o, em que a grande fraternidade reinará nesse globo, em que os homens obedecerão à Lei do Cristo, única Lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas bem-aventuradas. Amai-vos, pois, como filhos de um mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porque Deus quer que todos sejam iguais; não desprezeis a ninguém.

Deus permite que haja grandes criminosos entre vós, a fim de que vos sirvam de ensinamento. Em breve, quando os homens estiverem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão banidos para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.” 5 (Sublinhamos os grifos do original.) 

Com a Doutrina Espírita, a interiorização desses ensinos; não mais mandamentos, mas sim, ensinamentos; a implantação da fraternidade, da solidariedade; o conhecimento da realidade espiritual, da Lei da Reencarnação; da Lei de Causa e Efeito; a comunicabilidade dos Espíritos; a conquista da fé raciocinada.

Enfim, com ela, a busca da evolução consciente, que propiciará o advento de Nova Era para a humanidade, pela transformação moral dos indivíduos. 


(*) Praça principal das antigas cidades gregas, local em que se instalava o mercado e que muitas vezes servia para a realização das assembleias do povo; formando um recinto decorado com pórticos, estátuas etc., era tb. um centro religioso. Grande Dicionário Houaiss da língua portuguesa. (Eletrônico).

(**) Francisco Thiesen, então presidente da FEB, ao instalar o Congresso Internacional de Espiritismo - CIE, em out/1989.


Referências:

1.           KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. Ed. 1. impr. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Prolegômenos, p. 70.

2.           KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. – 1ª impressão - Rio de Janeiro: FEB, 2013. Cap. I, it. 9, p. 42.

3.           KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. Ed. 1. reimpr. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 798.

4.           XAVIER, F. Cândido. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. FEB: Rio de Janeiro, 1975. p. 213.

5.           KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. – 1ª impressão - Rio de Janeiro: FEB, 2013. Cap. XI, it. 14, p. 156. 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita