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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 479 - 21 de Agosto de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 7)

Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira. 

Questões preliminares 

A. No fenômeno relatado pelo Sr. Montorgueil, no qual o fantasma materializado se desprendeu de suas mãos e desapareceu, existia alguma prova de que tudo não passara de uma alucinação? 

Sim. O fantasma desaparecera, mas ficara nas mãos do depoente o pano com que o Espírito lhe esfregara o rosto. Deve-se salientar que no momento em que a luz se acendeu e a mão do fantasma se desvaneceu, o médium caiu de costas sobre o sofá, soltando um grito, e ficou prostrado, como que aniquilado por muitos minutos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

B. A ocorrência relatada pelo Sr. Montorgueil poderia ter causado danos ao médium? 

Claro. Deve ter sido enorme o contrachoque experimentado pelo médium, o qual poderia, em outras circunstâncias, ser-lhe de terríveis consequências. Mme. d’Espérance, por efeito de uma aventura da mesma natureza, ficou gravemente enferma durante muitos anos. Daí toda a conveniência em não trabalhar senão com pessoas cuja lealdade se conheça, incapazes de, por estúpidas e inúteis agressões, ferir os médiuns. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

C. Que tipos de Espíritos provocam as manifestações bulhentas que se dão nas chamadas casas mal-assombradas?  

Esses fenômenos são produzidos por Espíritos de ínfima ordem. Há almas de todos os caracteres e de todos os graus de elevação. Em derredor de nós há mesmo número muito maior das de condição inferior. São elas que produzem, geralmente, os fenômenos físicos, as manifestações bulhentas e tudo quanto é vulgar, manifestações que, no entanto, são úteis, pois que nos trazem o conhecimento de todo um mundo esquecido. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

Texto para leitura 

84. Continuando sua narrativa a propósito de um caso de aparição materializada, o Sr. Montorgueil acrescentou: 

Meu adversário desaparecera. Teria eu sido o joguete de uma alucinação?

Existia prova do contrário: ficara-me na mão, arrancado da do fantasma, o pano com que me esfregara o rosto. Era o fichu(1) de uma moça que o escultor trouxera em sua companhia.

Devo salientar que no momento em que a luz se acendeu de novo e que a mão se desvaneceu, o músico (o médium) caiu de costas sobre o sofá, soltando um grito, e ficou prostrado, como que aniquilado por muitos minutos.

Posteriormente refleti muitas vezes sobre esse fato. Procurei verificar se não fôramos todos, eu e meus companheiros, mistificados. Nada apurei que confirmasse esta suposição. Um argumento aos meus olhos sobreleva a todos os outros: um ser a quem eu tivesse preso pelo pulso e subjugado com o braço teria podido escapar-se sem barulho, sem queda, sem colisão? Desafio a quem quer que seja que o consiga...” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

85. É de notar-se o contrachoque experimentado pelo médium. Em outras circunstâncias o fato poderia ser-lhe de terríveis consequências. Mme. d’Espérance, por efeito de uma aventura da mesma natureza, ficou gravemente enferma durante muitos anos. Daí toda a conveniência em não trabalhar senão com pessoas cuja lealdade se conheça, incapazes de, por estúpidas e inúteis agressões, ferir os médiuns. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

86. Às materializações e aparições de Espíritos, já o vimos, se opõem dificuldades que, forçosamente, lhes limitam o número. O mesmo não se dá com certos fenômenos de ordem física e de natureza muito variada, os quais se propagam e se multiplicam cada vez mais em torno de nós. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

87. Vamos examinar sucintamente esses fatos na sua ordem progressiva, do ponto de vista do interesse que apresentam e da certeza que deles resulta no tocante à vida livre do Espírito. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

88. Em primeira linha vem o fenômeno, tão vulgarizado hoje, das casas assombradas. São habitações frequentadas por Espíritos de ordem inferior, que se entregam a manifestações ruidosas. Pancadas, sons de toda espécie, desde os mais fracos até os mais fortes, abalam os assoalhos, os móveis, as paredes, até mesmo o ar. A louça é tirada do lugar e quebrada; pedras são jogadas de fora para dentro de aposentos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

89. Os jornais frequentemente trazem a descrição de fenômenos deste gênero. Mal cessam em um ponto, se reproduzem noutros, quer na França, quer no estrangeiro, despertando a atenção pública. Em alguns lugares hão durado meses inteiros, sem que os mais hábeis policiais tenham logrado descobrir uma causa humana para as manifestações. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)  

90. Eis o testemunho que o célebre Lombroso deu a respeito desses fenômenos, em texto publicado na Lettura

“Os casos de habitações mal-assombradas observados na ausência de médiuns, habitações em que, durante anos, se produzem aparições ou ruídos, que coincidem com a narração de mortes trágicas, militam em favor da ação dos mortos. Trata-se muitas vezes de casas desabitadas onde tais fenômenos se dão não raro no curso de muitas gerações e até por séculos.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

91. O Dr. Maxwell, advogado geral na Corte de Apelação de Bordéus, descobriu sentenças de diversos parlamentos, no século XVIII, rescindindo contratos de aluguel por causa de assombramentos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

92. O Journal des Débats, em seu número de agosto de 1912, relata o seguinte: 

“O Sr. J. Deuterlander possui em Chicago, 3.375, South Dakley Avenue, uma casa de aluguel. A comissão encarregada de lançar o imposto predial entendeu dever taxar esse importante imóvel tomando por base um aluguel de 12 mil dólares. O Senhor Deuterlander protestou. Longe de lhe dar lucros, a casa só lhe dava aborrecimentos. Encontrava as maiores dificuldades para alugá-la em consequência de ser visitada por almas do outro mundo. Uma senhora ainda jovem lá morrera em condições misteriosas, provavelmente assassinada, e desde então os outros locatários são constantemente despertados por gemidos e gritos. Cansados de suportar esse incômodo, entraram a abandonar o prédio uns após outros. Tal a razão por que o Sr. Deuterlander pedia uma diminuição da taxa. A comissão, depois de examinar o caso, deferiu-lhe o pedido, decidindo reduzir de 12 mil para 8 mil dólares a base para a taxação do imóvel. E assim ficou também oficialmente reconhecida a existência dos fantasmas.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

93. Lembremos ainda os dois casos de assombramento verificados em Florença e em Nápoles e que inseri na minha obra No Invisível (capítulo XVI). Os tribunais, depois de ouvirem numerosas testemunhas, proferiram sentenças nas quais reconhecem a realidade dos fatos e concluem pela rescisão de contratos de arrendamento. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

94. Todos esses fenômenos devemo-los a entidades de ínfima ordem, pois os Espíritos elevados não são os únicos que se manifestam. Aos Espíritos, de qualquer ordem que sejam, agrada entrar em relação com os homens, desde que encontrem meios. Daí a necessidade de distinguir-se nas manifestações do Além o que vem do alto do que vem de baixo, o que emana dos Espíritos de luz do que é produzido por Espíritos atrasados. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

95. Há almas de todos os caracteres e de todos os graus de elevação. Em derredor de nós há mesmo número muito maior das de condição inferior do que das de condição elevada. Aquelas são as produtoras dos fenômenos físicos, das manifestações bulhentas, de tudo quanto é vulgar, manifestações úteis, entretanto, pois que nos trazem o conhecimento de todo um mundo esquecido. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

96. Em minhas obras trato longamente dos casos de escrita mediúnica e de escrita direta. As mensagens obtidas por esses processos denotam grande variedade de estilo e são de valor sensivelmente desigual. Muitas só encerram banalidades; outras, porém, são notáveis pela beleza da forma e elevação do pensamento. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)


(1)
Fichu [do fr. fichu.]: triângulo de tecido leve usado pelas mulheres para cobrir os ombros ou a cabeça.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita