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Questões Vernáculas
Ano 10 - N° 478 - 14 de Agosto de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 

 

Um leitor leu no jornal Gazeta do Povo, edição de 9/8/2016, a seguinte frase dita, em uma entrevista, pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman: “Democracia sem tolerância e respeito pelo outro é um oximoro...”

Que significa a frase mencionada?

O sociólogo e escritor polonês quis dizer que não pode haver democracia sem tolerância e respeito pelo outro. Se tal situação existisse em algum lugar, estaríamos diante de um contrassenso, de um paradoxo.

Por que ele equiparou a suposta situação – democracia sem tolerância e sem respeito pelo outro – a um oximoro?

Oximoro é, em verdade, uma figura de linguagem que tem como característica reunir, em um texto, palavras ou ideias contraditórias, paradoxais. É o mesmo que paradoxismo.

Embora considerado uma figura da retórica clássica, um oximoro, dependendo do contexto, pode ser considerado um vício de linguagem.

Diante de um texto qualquer em que esteja presente essa figura de linguagem, o leitor é forçado a buscar o sentido metafórico da frase, providência que é necessária, muitas vezes,  quando lemos crônicas ou poemas, como vemos neste texto de Carlos Drummond de Andrade:  

“A explosiva descoberta

Ainda me atordoa.

Estou cego e vejo.

Arranco os olhos e vejo.” 

Eis alguns exemplos clássicos de oximoro:

silêncio ensurdecedor

inocente culpa

gelo fervente

declaração tácita

guerra pacífica

doce veneno

gênio ignorante

tristemente alegre

inimigo amistoso

estudioso sem-noção

mentiroso honesto

valentia covarde

amor violento

silêncio eloquente. 

*

Oximoro é, conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, uma palavra paroxítona que deve ser lida assim: oc-si-mô-ro.

Ocorre que inúmeros dicionários admitem também a forma oxímoro, proparoxítona.

Entre eles citamos o Dicionário da Academia Brasileira de Letras, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco Borba, o Dicionário Aulete e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita