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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 478 - 14 de Agosto de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 6)

Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira. 

Questões preliminares 

A. Há nesta obra registros de casos de aparição do Espírito no momento de sua morte corpórea?

Sim. Um deles, relatado pelo general L. G., ocorreu com o Sr. Contaut, que declarou o seguinte: - Um dia, em Épinal, acabava de me deitar, quando de súbito vi aos pés de minha cama o meu amigo Goenry, comandante de engenharia, então muito distante dos Vosges. Estava uniformizado e me olhava tristemente. Tal foi a minha surpresa que exclamei: ‘Como, Goenry, tu aqui!’ Nesse momento ele desapareceu. No dia seguinte recebi um telegrama comunicando-me a sua morte, que ocorrera exatamente à mesma hora da aparição. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

B. A ocorrência mencionada na questão acima não teve testemunhas. É relatado neste livro algum fato que tenha sido corroborado por pessoas presentes à manifestação do Espírito? 

Sim. No dia 17 de março de 1863, em Paris, registrou-se um fato na presença de várias testemunhas. A Sra. baronesa de Boilève oferecia um jantar a muitas pessoas, entre as quais se contavam o general Fleury, escudeiro-mor do imperador Napoleão II, o Sr. Devienne, primeiro presidente da Corte de Cassação, e o Sr. Delescaux, presidente da Câmara no Tribunal Civil do Sena. Durante o jantar tratou-se sobretudo da expedição ao México, começada havia já um ano. O filho da baronesa, tenente de caçadores a cavalo, Honoré de Boilève, fazia parte da expedição. O banquete terminou alegremente, conservando-se os convivas à mesa até às 9 horas da noite. A essa hora, Mme. de Boilève se levantou e foi sozinha ao salão para mandar servir o café. Mal entrara, um grito terrível alarmou os convidados. Todos se precipitaram para o salão e encontraram a baronesa desmaiada, estendida no tapete. Voltando a si, ela contou-lhes uma história extraordinária. Ao transpor a porta do salão, dera com seu filho Honoré em pé na outra extremidade do aposento, uniformizado. Ele tinha o rosto pálido e ensanguentado. Ao cabo de uma semana ela recebeu a notícia de que a 17 de março de 1863, às 2 horas e 50 minutos da tarde, no assalto de Puebla, Honoré de Boilève caíra morto por uma bala mexicana, que o atingira no olho esquerdo e lhe atravessara a cabeça. Três meses mais tarde o Dr. Nélaton transmitiu a seus colegas da Academia uma comunicação do sucedido, escrita pelo punho do primeiro presidente Devienne e assinada por todos os convivas do famoso jantar. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

C. Muitos cépticos supunham, no caso das aparições, que se as pessoas segurassem o fantasma, certamente encontrariam em seu lugar o médium disfarçado. Essa suposição chegou a ser derrubada por meio de fatos? 

Sim. Uma experiência vivida pelo Sr. Montorgueil, redator do jornal L’Éclair, e publicada na edição de 24 de dezembro de 1905 do citado periódico, desmentiu peremptoriamente tal hipótese, patenteando-lhe a parvoíce. O fato e todo o seu desdobramento são narrados por Léon Denis na obra que ora estudamos.(O Além e a Sobrevivência do Ser.)

Texto para leitura 

79. Na carta que mencionamos anteriormente o general L. G. assinala ainda o seguinte fenômeno: 

“O Sr. Contaut, velho amigo de meu pai, nascido como ele no Épinal, donde veio para Périgneux, lugar em que se aposentou no cargo de diretor do registro, me referiu o seguinte

fato: - Um dia, em Épinal, acabava de me deitar, quando de súbito vi aos pés de minha cama o meu amigo Goenry, comandante de engenharia, então muito distante dos Vosges. Estava uniformizado e me olhava tristemente. Tal foi a minha surpresa que exclamei: ‘Como, Goenry, tu aqui!’ Nesse momento ele desapareceu. Fiquei impressionadíssimo. Fui ter com minha mulher e lhe narrei o que acabava de passar-se, acrescentando: ‘Aposto que Goenry morreu.’ No dia seguinte recebi um telegrama comunicando-me a sua morte, que ocorrera exatamente à mesma hora da aparição.

Ora, o Sr. Contaut é um espírito muito positivo; ignorava toda esta espécie de fenômenos e só me confiou o fato porque eu lhe estivera relatando outros da mesma natureza, passados comigo. Ele me declarou: ‘Jamais me fora possível compreender esse incidente. Que de vezes pensei nele sem conseguir achar-lhe explicação!” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

80. Citemos ainda um caso mais antigo, porém dos mais sugestivos também, em razão dos testemunhos oficiais que o comprovam: 

“A 17 de março de 1863, em Paris, no primeiro andar da casa nº 26, rua Pasquier, por detrás da Madalena, a Sra. baronesa de Boilève oferecia um jantar a muitas pessoas, entre as quais se contavam o general Fleury, escudeiro-mor do imperador Napoleão II, o Sr. Devienne, primeiro presidente da Corte de Cassação, o Sr. Delescaux, presidente da Câmara no Tribunal Civil do Sena. Durante o jantar tratou-se sobretudo da expedição ao México, começada havia já um ano. O filho da baronesa, tenente de caçadores a cavalo, Honoré de Boilève, fazia parte da expedição e sua mãe não deixara de perguntar ao general Fleury se o governo tinha notícias dela. Não as tinha. Falta de notícias, boas notícias. O banquete terminou alegremente, conservando-se os convivas à mesa até às 9 horas da noite. A essa hora, Mme. de Boilève se levantou e foi sozinha ao salão para mandar servir o café. Mal entrara, um grito terrível alarmou os convidados. Todos se precipitaram para o salão e encontraram a baronesa desmaiada, estendida no tapete.

Voltando a si, contou-lhes ela uma história extraordinária. Ao transpor a porta do salão, dera com seu filho Honoré em pé na outra extremidade do aposento, uniformizado, mas sem armas e sem quepe. Tinha o rosto pálido e ensanguentado. Fora tal o espanto da pobre senhora, que pensara morrer. Todos se apressaram em tranquilizá-la, fazendo-lhe ver que tinha sido joguete de uma alucinação, que sonhara acordada.

Sentindo-se ela, porém, inexplicavelmente fraca, chamaram com urgência o médico da família, que era o ilustre Nélaton. Posto ao corrente da estranha aventura, o facultativo prescreveu calmantes e retirou-se. No dia seguinte a baronesa estava fisicamente restabelecida, mas o moral ficara abalado. Daí por diante mandava duas vezes ao dia um portador ao ministério da guerra pedir notícias do tenente.

Ao cabo de uma semana recebeu a notícia oficial de que a 17 de março de 1863, às 2 horas e 50 minutos da tarde, no assalto de Puebla, Honoré de Boilève caíra morto por uma bala mexicana, que o atingira no olho esquerdo e lhe atravessara a cabeça.

Três meses mais tarde o Dr. Nélaton transmitiu a seus colegas da Academia uma comunicação do sucedido, escrita pelo punho do primeiro presidente Devienne e assinada por todos os convivas do famoso jantar.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

81. Em seu número de 24 de dezembro de 1905, L’Éclair publicou uma importante declaração do Senhor Montorgueil, redator desse jornal, que então se decidira a falar das experiências de que participara em 1896 ou 1897, em casa do engenheiro Mac-Nob, rua Lepic. Foi necessária a afirmação corajosa do professor Charles Richet sobre a realidade do fantasma da vivenda Cármen para que ele saísse do silêncio em que se mantivera durante dezoito anos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

82. Muitos cépticos, pouco a par dessas investigações, ingenuamente supõem que, se se atirassem ao fantasma e o impedissem de mover-se, encontrariam o médium disfarçado. A seguinte experiência do Sr. Montorgueil responde peremptoriamente a esta hipótese, patenteando-lhe a parvoíce. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

83. Vamos sem delongas ao ponto interessante da narrativa: 

“Uma noite recebi uma pancada no ombro, uma pancada algum tanto brusca. Passado um instante, notei que me roçava os joelhos uma saia. Segurei-a, mas escapou-me dos dedos. O fantasma atirou-se de novo a mim. Senti de repente que me esfregava o rosto com um pano. Acreditei ser um gracejo: agarrei, furioso, a mão que me correra pela face. A cólera, junto a um certo medo, me decuplicava as forças. Pedi em gritos que acendessem as luzes, o que logo foi feito pelo engenheiro.

Achava-me então de pé e com um dos braços apertava de encontro ao corpo um outro braço, cujo pulso segurava com a mão, que a raiva havia transformado em tenaz. Reinava absoluto silêncio; meus ouvidos não percebiam nenhum ruído de respiração; nem minhas faces lhe sentiam o calor característico. Somente meus pés sapateavam.

A mão do fantasma tentava, no entanto, fugir da minha. Dava-me a sensação de se estar fundindo entre os meus dedos. A luz brilhara de novo: a luta não durara mais de dez segundos. Contra mim ninguém; todos estavam nos seus lugares e denotavam mais curiosidade do que ansiedade. É fora de dúvida que se tivesse agarrado por aquela maneira uma pessoa, eu a houvera derrubado, ou, numa luta corpo a corpo, como a em que me vira empenhado, ela só conseguiria atirar-me ao chão, depois que nossas mãos se houvessem separado. Tal pessoa não lograria libertar-se de mim sem um empurrão.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita