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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 477 - 7 de Agosto de 2016

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)

 


Liberdade para agir

“O homem tem livre-arbítrio nos seus atos? – Pois se tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina.” (Questão 843, de “O Livro dos Espíritos”- Allan Kardec.)


Podendo contar com a liberdade para pensar e agir, a criatura humana tem plenas condições de escolher seus caminhos, tomar suas decisões e direcionar seus passos em busca da perfeição, trilhando com independência, embora absorvendo os benefícios do relacionamento social.

E essa autonomia é que permite a cada um de nós escolher se desejamos mais trabalho ou mais sofrimentos, pois que é da Lei Natural que colhamos os reflexos daquilo que fazemos, e, obviamente, se sondarmos nossas atitudes presentes, logo haveremos de concluir como foi o nosso comportamento no passado, em outras existências.

Como tudo nos leva a crer que ontem erramos mais do que acertamos, pela lei de causa e efeito, por justiça, hoje temos a obrigação de reparar, para com as sábias leis de Deus, os danos causados. Isso podemos fazer de duas formas: sofrendo ou trabalhando. Quem trabalha mais sofre menos ou vice-versa.

Um homem desde muito jovem, com frequência, tinha a impressão de que ficaria cego. Algo na intimidade lhe afirmava que num dado momento ficaria sem a visão. Isso o atormentava muito.

Os anos foram passando e a tal impressão perdurava.

Tomando conhecimento de que próximo à sua casa uma menina havia perdido os pais, se propôs a adotá-la, diminuindo assim seu infortúnio. Educou-a sob suas diretrizes morais e religiosas. A jovem cresceu, mas infelizmente não aceitou as orientações que recebera daquele generoso senhor.

O tempo inexorável seguia seu curso e a ideia de que ficaria cego insistia em fazê-lo temeroso, mas continuava determinado, ajudando aquela jovem que se preparava para o casamento.

Casada, viu nascer o primeiro filho. Separou-se do primeiro marido, do segundo, do terceiro... Foram cinco casamentos, tendo um filho em cada relacionamento. E, ante seu comportamento leviano e inconsequente, acabou assassinada, ficando para o prestativo senhor, cinco “pequenos” para criar.

A impressão da cegueira iminente continuava firme. Será que ficaria mesmo cego?

As crianças cresceram, estudaram, formaram seus lares... e o homem generoso conheceu a velhice, mas a ideia de que ficaria cego não desapareceu.

A morte roubou-lhe o corpo físico, voltando para a Pátria Espiritual. Logo que lá chegou perguntou ao Benfeitor, que o acolhera, qual a razão de carregar durante a vida toda a impressão de que ficaria cego, recebendo a seguinte informação: deveria mesmo, como consequência de erros de vidas passadas, adquirir a cegueira, mas, como se prestou a socorrer a menina órfã, não poderia privar-se da visão, pois teria que trabalhar para sustentá-la, e, posteriormente, laborar para cuidar das cinco crianças, e o tempo foi passando, tendo necessidades dos olhos bem abertos. A existência terrena chegou ao fim, tendo substituído o sofrimento pelo trabalho.

Caso não se prestasse a socorrer a dor alheia, teria a dor em si mesmo, devido a faltas cometidas em outras encarnações, mas, como tinha liberdade para escolher, escolheu o trabalho em favor do próximo, afastando assim um sofrimento maior. Usou o livre-arbítrio, acertadamente.

Todos temos a mesma prerrogativa: a liberdade de escolher qual caminho seguir, se preferimos mais sofrimentos ou mais trabalho. A decisão, obviamente, é totalmente nossa.

Amparando a criança necessitada, socorrendo uma mãe em desespero ante a fome dos filhinhos, ajudando um doente abandonado e sem recursos, trabalhando pela paz entre os homens..., enfim, servindo ao próximo, a dor que por ventura viria nos atormentar toma outra direção.

Pensemos nisso.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita