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Brasil
Ano 10 - N° 476 - 31 de Julho de 2016
MARTHA RIOS GUIMARÃES
marthinharg@yahoo.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
 


Depressão e ansiedade já
são consideradas “doenças
do século” por alguns profissionais de saúde


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 33% da população mundial sofre de algum tipo de ansiedade ou depressão e no Brasil a média é ainda maior – 4 em cada dez brasileiros.

Tão grave problema de saúde pública tem levado, cada vez mais, pessoas às Casas Espíritas em busca de auxílio, o que nos leva à necessidade de preparar de forma adequada as pessoas que atuam no Atendimento Fraterno.

Participantes do evento que, em sua maioria, atuam no Atendimento Fraterno

Visando oferecer subsídios a esses tarefeiros, a USE Regional São Paulo realizou em 18 de julho de 2016 a oficina “Ansiedade e Depressão, o que fazer? Subsídios para o Diálogo Fraterno”, sob o comando dos psicólogos (e colaboradores da USE Regional) Fernando Porto e Luiz Fernando A. Penteado.

De acordo com Fernando Porto (foto), a ansiedade sem o devido tratamento pode levar a ataques de pânico, agorafobia (quando a pessoa tem medo de estar em locais amplos e/ou com muita gente), ansiedade social (preocupação excessiva da imagem que passa a terceiros) e fobias variadas (animais, sangue ou ferimentos, etc.). “Esse problema pode ser causado por experiências traumáticas, superstições, pensamentos ansiosos, insegurança excessiva e, claro, por tendências trazidas de existências anteriores”, explica Porto, enfatizando que o conhecimento espírita pode prestar grande auxílio, desde que conjugado com o tratamento psicológico/psiquiátrico. 

São muitos e diversos os sintomas
associados à depressão

Chamamos de depressão ao transtorno do humor caracterizado por uma alteração psíquica com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade, podendo haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade e tristeza. “As causas da depressão podem ser hereditariedade, sequelas de doenças, tireoide, fatores socioeconômicos e, até mesmo, mediunidade ou processo obsessivo”, afirma Luiz Fernando, que coordena uma equipe de psicólogos na Casa Espírita em que atua, na zona oeste de São Paulo.

São muitos os sintomas associados à depressão: tristeza, angústia, sensação de vazio, irritabilidade, desespero; cansaço, desânimo, falta de energia física e mental, lentidão de raciocínio, memória ruim. E mais: sentimento de culpa, de fracasso; pessimismo, ideia de doença e suicídio; falta de iniciativa; interpretação distorcida e negativa do presente e do passado; perda ou aumento de apetite ou peso; insônia ou excesso de sono; dor de cabeça, nas costas, no pescoço e nos ombros, sintomas gastrointestinais, alteração menstruais, queda de cabelo. Em depressões graves pode haver, ainda, alucinações e delírios.

Segundo Penteado, o risco de suicídio é 20 vezes maior nos pacientes deprimidos, razão pela qual esse tema foi um dos mais explorados na oficina. “Foi muito importante saber mais sobre a mente das pessoas que pensam em suicídio”, afirmou Helaine Delgado, uma das participantes, referindo-se às características das mentes suicidas, citadas pelo psicólogo Luiz Fernando.

Luiz Fernando Penteado, Fernando Porto
e Martha Rios Guimarães

A primeira delas é a ambivalência, ou seja, uma intensa batalha entre o desejo de viver e o desejo de morrer. Impulsividade também está presente, sendo que o impulso suicida, geralmente, é desencadeado por fatos negativos do dia, podendo durar alguns minutos ou horas. Já os pensamentos e os sentimentos levam a pessoa depressiva a pensar no suicídio como única solução para os problemas.

O tratamento para esses casos requer o reconhecimento de que há um problema e que ele pode/deve ser solucionado, com auxílio profissional. No caminho para a recuperação, a resiliência foi destacada como fator essencial: “Não podemos saber quando vamos nos deparar com algo negativo em nossas vidas, mas podemos definir quanto tempo vamos alimentar o sentimento ruim”, ensina Penteado enfatizando que precisamos identificar o que nos provoca reações desfavoráveis, como reagimos a ela e, principalmente, precisamos escolher uma resposta alternativa e positiva para a situação. 

A Casa Espírita como ponto de apoio
no trato da depressão
 

Os expositores ressaltaram que a Doutrina Espírita tem muito a oferecer no equilíbrio do ser humano, incluindo as doenças anteriormente descritas, uma vez que, conforme ensina a Codificação, ela oferece informações que possibilitam aos adeptos ter a serenidade e a fé necessárias para enfrentar os obstáculos trazidos pela caminhada terrena. Também propicia uma força que eleva acima dos acontecimentos, preservando a razão e a tranquilidade, tão necessárias para vivermos de forma mais saudável, física e espiritualmente.

É muito comum que pessoas com ansiedade e depressão busquem na Casa Espírita o apoio necessário para superar suas dificuldades, por isso um debate com o público presente à oficina levou a reflexões sobre a melhor forma de acolher essas pessoas.

Foi consenso que a maioria das Casas Espíritas estão aptas a oferecer a mensagem doutrinária a todos que chegam à instituição, porém, como fazer para distinguir se o atendido está com uma doença orgânica ou passando por um desequilíbrio espiritual?

Em Casas que possuem profissionais de psicologia e/ou psiquiatria a tarefa é fácil, mas para as que não têm essa estrutura (e que compreende a realidade de grande parte das sociedades espíritas, aliás) o procedimento sugerido é que seja feito o tratamento espiritual que a instituição está apta a oferecer e que a pessoa seja encaminhada para algum profissional da área de saúde. Sugere-se que as Casas Espíritas busquem apoio em entidades de psicologia dentro do meio espírita e/ou que sejam estabelecidas parcerias com clínicas próximas ao Centro Espírita.

“A Casa Espírita de que participo tem convênio com uma ONG de psicologia, cujos valores são bem acessíveis, facilitando nosso trabalho no Atendimento Fraterno, uma vez que não temos nenhum psicólogo na equipe”, relata Roberto Storai, participante e atendente fraterno em instituição da zona norte de São Paulo, mostrando a solução encontrada para atender de forma responsável.

Essa pode ser, de fato, uma excelente saída para que as equipes de Atendimento Fraterno possam oferecer um tratamento de qualidade, pautado na doutrina, mas sem esquecer a questão física.

Diante da importância e profundidade do tema, bem como da necessidade de ampliar a discussão, a USE Regional São Paulo pretende retornar a ele e a outros similares, em oficinas futuras. Até lá, para auxiliar os tarefeiros do setor, o material utilizado na oficina estará disponível no início de agosto de 2016 no site da USE Regional SP. Eis o link: www.useregionalsp.org.br



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita