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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 476 - 31 de Julho de 2016

LUIZ CARLOS FORMIGA 
formigalcd@hotmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

  

Não tem solução


Não podia acontecer. O que vou fazer?
Na tese a pergunta pode ser o mais importante. Nem sempre os caminhos percorridos oferecem resultados ditos positivos. Resultados negativos, na maioria das vezes, não são valorizados e socializados num periódico científico. No entanto os resultados foram analisados e ofereceram pistas na direção da solução procurada. Muitas perguntas foram feitas pelo pesquisador, diante da frustração acadêmica.

Na televisão brasileira havia um humorista que exclamava: “perguntar não ofende!”.

Isso me lembra “bancas de defesa de tese”, das quais participei.

Em casa, eu ia lendo a tese e formulando perguntas. As selecionadas, em razão do tempo, eram colocadas para o aluno responder na hora.

O critério de seleção das perguntas era o de me sentir incompetente na resposta. Quando o aluno brilhantemente respondia eu ficava muito feliz. Eu aprendia um pouco mais. Quando ele se “embananava” eu ficava feliz também, por ter oferecido uma contribuição para a linha de pesquisa dele. Por isso, acho também que perguntar não ofende.

Uma professora me pediu para incentivar alunos. Era uma turma de mestrado em Microbiologia Clínica. O objetivo era a reflexão em torno do comportamento ético-profissional.

Elaborando o plano de ensino, pensei na estratégia. Foi um desastre, como governos recentes. Nunca mais fui convidado. Já estou acostumado. Isso acontece frequentemente após palestras no movimento espírita. As pessoas querem o café quentinho, mas não querem moer o grão.

A estratégia utilizada foi inspirada, embora de forma “rudimentar”, por Jung, que invocava a técnica socrática durante o processo terapêutico. Mas, na Faculdade de Ciências Médicas, eu não estava diante de pacientes, mas de profissionais comprometidos com o bom resultado dos exames na Medicina Laboratorial.

Após o aparente insucesso pedagógico, para não perder o material do conteúdo, tão duramente pensado, resolvi enviar um texto ao Boletim da Sociedade Brasileira de Microbiologia. Aí, o resultado foi amplamente satisfatório, pois foi publicado. Talvez não tenha sido por mérito. O presidente da Sociedade era meu colega de Departamento e havia sido meu aluno, anos atrás. Como não houve repercussão creio que tenho uma forte resistência a frustração. Seria resiliência?

As perguntas formuladas no texto, colocadas abaixo, são de fácil solução?

Você é favorável ao aborto no caso de anencéfalos? E numa gravidez após o estupro?

Devemos distinguir os campos da ética e da religião? A religião é a expressão das convicções da fé de um grupo humano restrito? A ética é mais abrangente? A ética avalia os comportamentos do ser humano enquanto ser humano, independente de qualquer convicção religiosa ou política? A ética é de ordem qualitativa? A base da legislação para todos os cidadãos é a ética? Estado é apenas o centro legislador para todos os cidadãos?

O aborto situa-se no campo ético que é competência do Estado?

O estupro é uma grande injustiça, por ser uma violação física e moral da dignidade da pessoa?

Se um feto é apenas uma pessoa em potencial, mas ainda não é uma pessoa, podemos recomendar o aborto?

Um adulto sem potencial, paciente terminal, não é mais uma pessoa? Podemos pensar na eutanásia?

Os espíritas advogam que são inúmeras as evidências científicas sugestivas de imortalidade e de reencarnação. Estarão certos os espíritas?

https://rinconespirita.wordpress.com/dr-luiz-carlos-formiga/

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/ensino-pesquisa.html

http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/ENS_PES_ET_MICBIO_MED_LCF.html

Na mesma época, havíamos participado da criação do Núcleo Espírita Universitário do Fundão. Nele incentivamos a formulação de perguntas. O critério foi “perguntar não ofende”.

Procuraríamos as resposta e as ofereceríamos em outra reunião. Deu certo e “passamos recibo de ignorância” em muitas oportunidades. Para evitar frustrações solicitávamos uma prorrogação para trazer a solução, mesmo que a resposta fosse “não temos ainda solução”, por enquanto. Respostas foram oferecidas. Vamos a algumas perguntas, como exemplo.

Onde fica o Espírito de uma pessoa viva? Os Espíritos sofrem? Existem curas espirituais e poderiam ser avaliadas cientificamente? É normal que médiuns utilizem instrumentos cirúrgicos? O que é a morte? Existe reencarnação, como provar? O que é ser médium? Pasteur era médium? Por que não vemos comunicação de caboclos e pretos-velhos, nas reuniões espíritas? Astrologia: sim ou não? Você acredita em horóscopo?

http://www.espirito.com.br/portal/artigos/neurj/esclarecendo-duvidas.html

http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/ESCLARECENDO_DUVIDAS_LCF.html

Numa outra ocasião não fiz perguntas, mas advertência, severa, sobre a problemática da negligência, da imprudência e da imperícia profissional. Mas, para isso, foram necessários muitos anos de experiência vivida e trabalho prático braçal. Socializamos quase tudo em revistas e congressos. É uma equipe pequena, mas muito guerreira.

Microbiologia in foco. Informativo SBM. Ano 3/2010.

http://sbmicrobiologia.org.br/micro-in-foco/

http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2012/03/reference-center-at-uerj-preventing.html

http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2012/03/um-centro-de-referencia-na-uerj.html

https://jus.com.br/artigos/17015/um-centro-de-referencia-na-uerj-prevenindo-demandas-judiciais

http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/um-centro-de-refer%C3%AAncia-na-uerj-prevenindo-demandas-judiciais

As publicações e comunicações, embora não tenham grande expressão acadêmica, são importantes sobre o ponto de vista ético-pedagógico. Neles as perguntas não são explícitas, mas as respostas são autorais, com 90% de transpiração. 

Peço perdão pela indicação musical “relaxante”. Sabemos que gosto não se discute. Mas, pergunto: mesmo nesse caso poético, “não tem solução”?

Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=w-xobag1DBw



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita