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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 476 - 31 de Julho de 2016

JORGE HESSEN
jorge.hessen@yahoo.com.br
Brasília, DF (Brasil)   

 


Progenitores que negligenciam a educação dos filhos


Semana passada assisti na TV a um documentário espantoso, noticiando sobre a adolescência e a juventude de “ex-misses mirins”. Muitas delas foram forçadas pelos pais a participar desses concursos peculiares. A maioria das crianças da reportagem se transforma em pessoas com dramas psiquiátricos profundos, e algumas mergulham nos subterrâneos das drogas e do meretrício. No remate do documentário, informa que ao início dos problemas pessoais dessas crianças, na fase pré-adolescente, a maioria dos pais abandona as filhas ao “deus-dará”, na vida mundana.

Assunto corretado, escrevemos há alguns anos sobre Thylane Lena Rose Blondeau, uma menina de 10 anos de idade que fez uma produção fotográfica para a revista Vogue Paris, erguendo polêmica devido à roupa ousada, maquiagem e poses provocantes. O ensaio fotográfico causou indignação em pessoas ligadas a ONGs de proteção à criança. De acordo com a organização “Concerned Women for America”, os pais da criança devem ser responsabilizados por terem permitido à criança realizar aquele trabalho. (1)

Infelizmente, o mundo ingênuo da criança vem sendo explorado pela fúria predadora da sensualidade desorientada, envilecendo a inocência e dignidade infantis. Como se não bastasse “o caso Thylane”, há outras situações polêmicas na contenda, a exemplo dos cursos de pole dancing (2) para crianças, na cidade do México, e dança “funk carioca”, no estado do Rio de Janeiro. Muitas meninas (crianças e adolescentes) têm aderido ao “sexting” (3), postando fotos sensuais na internet. São meninas e meninos que exploram os espaços virtuais nos sites de relacionamento.

Cada vez mais cedo, e com maior magnitude, as excitações da criança e do adolescente germinam adicionadas pelos diversos e desencontrados apelos das revistas libertinas, da mídia eletrônica, das drogas, do consumismo impulsivo, do mau gosto comportamental, da banalidade exibida e outras tantas extravagâncias, como espelhos claros de pais que vivem alucinados, desatualizados, isolados em seus quefazeres diários e que não podem demorar-se à frente da educação dos próprios filhos.

Compete observar que a aberração entre os menores tem aumentado e nem sempre tem conotação econômica, arredando substancialmente a tese das condições subumanas a que são jugulados os jovens, principalmente nas grandes cidades, e que os desviariam para o crime. Ressalte-se que o número de adolescentes infratores egressos da classe A (alta) e B (média) tem aumentado, no mundo inteiro.

A infância é, sem dúvida, o período fértil para a absorção de valores os mais variados. O relacionamento entre pais e filhos deve ser embasado no amor, capaz de suprir as deficiências de ambos. Nossa responsabilidade na condição de pais, educadores e participantes da comunidade, de maneira geral, deve ser voltada ao bom emprego dessa facilidade de assimilação, para a edificação de um mundo menos violento.

A criança é o amanhã, sabemos disso. E, “com exceção dos Espíritos missionários, os homens de agora serão as crianças de amanhã, no processo reencarnacionista (4)”. A demanda de redenção dos novos tempos que chegam há de principiar na alma da infância, se não quisermos divagar nos cipoais teóricos da fantasia exacerbada. Precisamos perceber no coração infantil o esboço da geração próxima, procurando ampará-lo em todas as direções, pois “a orientação da infância é a profilaxia do futuro (5)”. Por questão de prudência cristã, não podemos permitir “que as crianças participem de reuniões ou festas que lhes conspurquem os sentimentos em nenhuma oportunidade, porque a criança sofre de maneira profunda a influência do meio (6)”.

Estejamos atentos à verdade de que educar não se resume apenas a providências de abrigo e alimentação do corpo perecível. A educação, por definição, constitui-se na base da formação de uma sociedade saudável. A tarefa que nos cumpre realizar é a da educação das crianças pelo exemplo de total dignificação moral sob as bênçãos de Deus. Nesse sentido, os postulados Espíritas são antídotos contra todos os venenosos ardis humanos, posto que aqueles que os conhecem têm consciência de que não poderão se eximir das suas responsabilidades sociais, sabendo que o futuro é uma decorrência do presente. Destarte, é urgente identificarmos no coração infantil o esboço da futura geração saudável.

O Espiritismo propõe a renovação social, porém é importante a maturidade da Humanidade a fim de bancar essa renovação como um objetivo a ser alcançado. Através da sua força moralizadora, das suas convergências progressistas, da intensidade de suas lições, pela multiplicidade dos temas que abarca a Doutrina dos Espíritos é e sempre será a mais categórica de todos os princípios doutrinários, a fim de impulsionar o movimento da regeneração definitiva do homem na Terra.

 

Referências bibliográficas:

(1) Hessen, Jorge. Artigo Educação espírita: Arcabouço da futura geração saudável, disponível em http://aluznamente.com.br/educacao-espirita- arcabouco-da-futura-geracao-saudavel/ acessado em 17/05/2013;

(2) Pole dance tem suas raízes na dança exótica, strip-tease e burlesco que têm elementos de apelo sexual e subversão;

(3) Refere-se a envio e divulgação de conteúdos eróticos, sensuais e sexuais com imagens pessoais pela internet utilizando-se de qualquer meio eletrônico, como câmeras fotográficas digitais, webcams, e smartphones;

(4) Xavier, Francisco Cândido. Coletânea do Além, ditado por Espíritos Diversos, São Paulo: FEESP, 1945, Cap. A Criança e o Futuro, pelo Espírito Emmanuel;

(5) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1997, Cap. 21- Perante a Criança;

(6) Idem.

 

 


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