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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 475 - 24 de Julho de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 3)

Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira. 

Questões preliminares 

A. No tocante aos fenômenos ditos espíritas, o observador imparcial vê-se em presença de duas opiniões igualmente falaciosas. Quais são elas?  

De um lado, diz Léon Denis, a condenação em bloco, o pensamento de que no psiquismo tudo é fraude e embuste, ilusão ou quimera. De outro lado, a credulidade excessiva. Existem pessoas que admitem os fatos mais inverossímeis, mais fantásticos, ao lado de outras que se entregam às práticas espíritas sem estudos prévios, baldas de método, de discernimento, de espírito de crítica, ignorantes das causas várias a que se podem atribuir os fenômenos psíquicos. Como diz Denis, ambas as opiniões são falaciosas e, por isso, lamentáveis. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

B. Após meio século de críticas, ataques e perseguições, como o Espiritismo se encontrava à época em que Léon Denis escreveu este livro? 

Mais vivaz do que nunca. Pode-se dizer até que ele se desenvolvera muito no período citado, como mostravam as revistas, os jornais e os grupos de experimentação espírita presentes em todos os pontos do globo. Tudo quanto hão querido tentar contra ele havia falhado. As pesquisas científicas e os processos tendenciosos lhe resultaram até então amplamente favoráveis. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

C. Por que, segundo Léon Denis, o Espiritismo encontrou tanta dificuldade para vencer as oposições conjuradas?  

A causa, segundo Denis, é que a experimentação nesse campo de pesquisa apresenta-se prenhe de embaraços. Exige qualidades de observação e de método, paciência, perseverança, que estão longe de ser predicados de todos os homens. As manifestações espíritas obedecem a regras mais sutis, a condições mais delicadas e mais complexas que as de qualquer outra ciência. Aos experimentadores foram precisos longos anos de estudo e de observação para chegarem a determinar as leis que regem o fenômeno espírita. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

Texto para leitura 

38. Mr. Boutroux, membro do Instituto e professor da Faculdade de Letras de Paris, se exprimiu assim no Matin de 14 de março de 1908: “Um estudo amplo, completo do psiquismo não comporta unicamente um interesse de curiosidade, mesmo científica; interessa também muito diretamente à vida e ao destino do indivíduo e da Humanidade.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

39. O sábio Duclaux, diretor do Instituto Pasteur, em uma conferência que fez no Instituto Geral Psicológico, há alguns anos, dizia: “Não sei se sois como eu, mas esse mundo povoado de influências que experimentamos sem as conhecermos, penetrado desse quid divinum que adivinhamos sem lhe apreendermos as minúcias, ah! esse mundo do psiquismo é mais interessante do que este outro em que até agora se encarcerou o nosso pensamento. Tratemos de abri-lo às nossas pesquisas. Há nele, por se fazerem, imensas descobertas que aproveitarão à Humanidade.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

40. O observador, o pesquisador imparcial que deseja formar juízo seguro, muitas vezes se acha em presença de duas opiniões igualmente falaciosas. De um lado, a condenação em bloco. Dir-lhe-ão: no psiquismo tudo é fraude e embuste; ou então: tudo é ilusão e quimera. De outro lado, a credulidade excessiva. Encontrará pessoas que admitem os fatos mais inverossímeis, mais fantásticos; outras que se entregam às práticas espíritas sem estudos prévios, baldas de método, de discernimento, de espírito de crítica, ignorantes das causas várias a que se podem atribuir os fenômenos psíquicos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

41. Esses talvez sejam indivíduos de boa-fé. Mas há também os embusteiros e os charlatães. O charlatanismo se tem frequentemente apropriado dos fatos psíquicos para os imitar e explorar. Cumpre estar sempre em guarda contra o cortejo dos falsos mágicos, dos falsos médiuns ou dos que, possuindo faculdades reais, não hesitam contudo em trapacear, havendo oportunidade. Ao observador importa precaver-se dos indivíduos que não trepidam em mercadejar com as coisas mais respeitáveis. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

42. Os casos fraudulentos, entretanto, em nada podem alterar a realidade dos fatos autênticos. Não há dúvida de que as trapaças, as falsas materializações, as fotografias arranjadas desacreditam o psiquismo e entravam a marcha desta ciência nova, que lhe retardam o voo e o desenvolvimento normal. Mas não sucede sempre assim com todas as coisas humanas? As mais sagradas nunca estiveram ao abrigo das falcatruas dos intrujões e dos impostores. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

43. Indubitavelmente, diante da incerteza, da confusão que resulta de tantas opiniões contraditórias, muitos homens hesitarão em palmilhar esse terreno, em se entregar a um estudo atento da questão. O que o primeiro exame, superficial, neles produz é a desconfiança, a hostilidade. Quase nunca veem da ciência psíquica senão os lados vulgares, as mesas girantes e outros fenômenos da mesma natureza, conservando-se-lhes desconhecidas ou ignoradas as manifestações de caráter elevado, os fatos de real valor. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

44. É que neste mundo o que é belo e grande se dissimula; só pode ser descoberto por esforços perseverantes, enquanto que as coisas banais e ruins disputam a evidência em torno de nós. Ou então os fenômenos citados parecerão maravilhosos, incríveis aos que jamais experimentaram e muitos, em presença das narrações que se lhes fazem, porão os espíritas no rol dos alienados. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

45. Tal a primeira impressão, que, cumpre reconheçamos, não é favorável. Entretanto, quem estudar seriamente a questão será impressionado por um fato: é que, ao cabo de meio século de críticas amargas, de ataques violentos e até de perseguições, o Espiritismo se mostra mais vivaz do que nunca. Pode-se dizer que ele se há consideravelmente desenvolvido, como mostram as revistas, os jornais, os grupos de experimentação que se prendem a esta ordem de ideias, em todos os pontos do globo. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

46. Tudo quanto hão querido tentar contra ele tem falhado. As pesquisas científicas e os processos tendenciosos lhe resultaram até aqui favoráveis. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

47. Importa ainda que se reconheça uma coisa: se o Espiritismo encontrou tanta dificuldade para vencer as oposições conjuradas é que a experimentação neste campo se apresenta prenhe de embaraços. Exige qualidades de observação e de método, paciência, perseverança, que estão longe de ser predicados de todos os homens. As manifestações espíritas obedecem a regras mais sutis, a condições mais delicadas e mais complexas que as de qualquer outra ciência. Aos experimentadores foram precisos longos anos de estudo e de observação para chegarem a determinar as leis que regem o fenômeno espírita. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

48. Como vimos linhas atrás, o Espiritismo já agora se apoia em testemunhos científicos de alto valor, em experiências e afirmações de homens que ocupam elevada posição na Ciência e cujas obras fortes, cujas vidas íntegras e fecundas merecem o respeito universal. E o número desses testemunhos cresce dia a dia. Daí o podermos dizer: se os fenômenos espiríticos não passassem de ilusão e quimera, como teriam conseguido prender, durante anos, a atenção de sábios ilustres, de homens frios e positivos, quais W. Crookes, Lodge, Zöllner, Lombroso? E, em grau menos alto, porém não de somenos importância, homens como Myers, Aksakof, Maxwell, Stead, Dariex e outros? (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

49. Pouco a pouco, graças às investigações e às experiências desses cientistas, a explanação prossegue e as afirmações em favor do Espiritismo se renovam e multiplicam. Eis por que consideramos um dever espalhar por toda parte o conhecimento dos fatos, por isso que projetam luz nova, luz poderosa sobre a nossa natureza real e sobre o nosso futuro. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

50. É preciso que o homem aprenda a se conhecer melhor, a ter consciência das energias que possui em estado latente. Conformando-se à lei suprema, ele deve trabalhar com coragem e pertinácia para se engrandecer, para crescer em dignidade, em saber, em critério, em moralidade, porquanto nisso está todo o seu destino! (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita