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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 473 - 10 de Julho de 2016

CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP (Brasil)

 

 

Assuntos delicados
de manejar


Em Segredos da nossa casa, crônica publicada no livro póstumo Contrastes, de 1935, o acadêmico Humberto de Campos, em se referindo à Academia Brasileira de Letras, fala dos debates que ali se realizavam entre os “imortais”, para reforma do seu Código Eleitoral.

Entendem eles, diz Humberto de Campos, que o sistema atual, permitindo a inscrição de candidatos medíocres ou ridículos, afasta, implicitamente, aqueles que honrariam a Academia com a realidade do seu mérito.

Ainda, segundo ele, alguns concorrentes inscritos espontaneamente põem em atividade em torno do eleitorado acadêmico, interesses políticos, sociais, econômicos, e até religiosos, insuportavelmente irritantes.

A Academia não pode permanecer sob o influxo dessas forças estranhas – opinavam uns.

Se essas forças estranhas existem, (...) qual foi, de nós, o que entrou para a Academia com o auxílio delas? – aparteavam outros.

Nenhum! Todos nós, que nos achamos aqui, somos dignos da Academia! – exclamavam alguns.

Então, a reforma é desnecessária, porque o processo atual só tem dado à Academia pessoas dignas de pertencerem ao seu quadro! – finalizavam os demais.

A leitura desta celeuma acadêmica me fez lembrar instantaneamente, não da nossa política, mas da controvérsia no meio espírita sobre a publicação de algumas obras mediúnicas que, se lhes fosse aplicado o juízo recomendado em O Livro dos Médiuns¹, não poderiam circular livremente, sequer serem editadas.

No entanto, por mais que saltem aos olhos as aberrações doutrinárias e outros inconvenientes notórios, levantados por analistas sóbrios e leais à causa espírita, os tais livros continuam circulando. Embora se comente a fascinação deste médium, a mistificação daquele e, como na Academia de Letras, se fale de interesses outros, tanto lá quanto nos arraiais espíritas, ninguém veste a carapuça nem se vê na situação apontada pelos críticos, entendendo que se trata dos outros e não dele.

Lá, como cá, talvez fosse melhor deixar como está?

E concluindo com Humberto de Campos na sua crônica sobre a Academia: O assunto é, como se vê, delicado de manejar. 
 

¹ Capítulo XX, para citar apenas um. Há conselhos aos médiuns espalhados por toda a obra de Allan Kardec. 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita