WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 473 - 10 de Julho de 2016

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 
Aperfeiçoando a capacidade
de percepção


É absolutamente inegável que estamos vivendo um momento singular e, para melhor entender o seu alcance e implicações, precisamos aguçar consideravelmente a nossa capacidade perceptiva. Destacados cientistas sociais sustentam, a propósito, que a percepção se dá através do esforço de abrir a mente para se compreender – isto é, buscar encontrar o sentido – os eventos que estão ocorrendo, bem como responder a eles.

Com efeito, os fatos e acontecimentos têm uma dinâmica peculiar e a nós compete assimilá-los apropriadamente, de modo a extrairmos as lições, ensinamentos e advertências que podem nos beneficiar. Mais ainda, o observador minimamente atento da realidade humana contemporânea pode descortinar, com relativa facilidade, que mudanças profundas estão sendo executadas em todo o planeta. Muitos devem estar compreensivelmente assustados com a avalanche de transformações e eventos – alguns devastadores, sem dúvida – ora em curso. Diante disso, cabe recordar a sábia advertência do apóstolo Paulo: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos, 8: 28).

O momento presente, portanto, nos incita ao esforço de confiar plenamente em Deus e nas suas deliberações celestiais. Analisando mais detidamente o versículo acima, observaremos que nele transborda o sentimento de otimismo. De fato, depreende-se que tudo que nos cerca está subordinado a uma instância maior que a tudo preside, isto é, a vontade de Deus. Há inquestionavelmente uma força superior que supervisiona todos os eventos que permeiam as nossas existências. Por mais que os indivíduos sejam refratários às coisas da fé, chega o momento da verdade para todos. Ou seja, aquele instante no qual o indivíduo percebe com clareza que o seu poder nada pode perante as didáticas determinações do Criador. 

Voltando à capacidade perceptiva, é evidente que todos indistintamente a possuem em maior ou menor grau. Ninguém está impedido ou impossibilitado de ampliá-la. Seja como for, o quadro atual demanda intensa utilização dessa habilidade para entendermos os acontecimentos, assim como mantermos a serenidade e confiança necessárias. Gradualmente, a humanidade vai percebendo as aberrações ainda presentes no mundo e, em consequência, se esforça por eliminá-las completamente ou pelo menos mitigá-las.

 Nesse sentido, nota-se, por exemplo, um sentimento generalizado de repúdio aos escândalos de corrupção. Salvo raras exceções, as nações do planeta estão desenvolvendo mecanismos que coíbem ações lesivas às pessoas, organizações e instituições. A corrupção tornou-se um comportamento inaceitável em nosso mundo e os seus perpetradores tornaram-se figuras estigmatizadas.

Desnecessário lembrar, aliás, os males gerados por esse comportamento nefando. Em nosso país, apenas para ilustrar o argumento, personagens proeminentes estão enfrentando – como nunca antes aconteceu – situações altamente embaraçosas. Empresários e políticos que agiam em conluio para a dilapidação do patrimônio público estão presos e muitos outros – ao que tudo indica – seguirão brevemente o mesmo caminho. 

Trata-se de algo impensável até o passado recente, mas que começou a ocorrer indicando transformação salutar para o seio da nossa sociedade. Os delinquentes que viveram anos e anos homiziados da justiça agora se defrontam com a advertência de Jesus: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?(Mateus, 16: 26).  Desse modo, muitos deles, tachados como vilões, e consoante as suas “obras nefastas”, estão deixando a vida pública, as suas carreiras profissionais ou atividades empresariais sob o signo do repúdio, críticas acerbas, amargor, arrependimento tardio e remorso. Estão passando aos anais da história como criminosos insensíveis, arrivistas, mentirosos, derrotados morais, enfim.

Por outro lado, os desperdícios de recursos, a improficiência crônica de certos setores, a indiferença pela dor dos semelhantes, entre outras distorções comportamentais, são coisas que indignam cada vez mais os corações humanos. Por isso, mudanças direcionadas à exaltação da capacidade, competência e valorização dos mais aptos são amplamente aplaudidas pelo conjunto da sociedade que espera sempre – e com razão – melhor serviço, maximização dos parcos recursos e desempenho otimizado.

Se olharmos bem, verificaremos que todos aqueles que não entenderam ainda que Jesus Cristo representa “a porta” estão colhendo amargas derrotas pessoais e espirituais. Particularmente nas últimas três décadas vimos inúmeros personagens de relevo no planeta que foram simplesmente varridos pelos ventos da transição espiritual que dá mostras de intenso vigor. Mesmo as pessoas pouco afeitas aos exercícios de introspecção e autoanálise já devem ter percebido que “o mal” vem sendo amplamente execrado pela humanidade. Aliás, tudo que evoca ou ressuma o mal vem sendo severamente punido ou criticado.

Refiro-me aqui às atitudes, comportamentos, ações, ideias, concepções ou mesmo omissões que, de alguma maneira, sinalizem a maldade intrínseca dos indivíduos ou instituições por eles dirigidas. Se ampliarmos a nossa percepção, observaremos que, a despeito dos obstáculos e adversidades, a humanidade caminha inexoravelmente para um futuro melhor. Por fim, tudo favorece ao despertamento e mudança interior das pessoas. Dentro desse contexto, os que não perceberam que a noção do bem se tornou um imperativo terão certamente muito a lamentar.

         

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita