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Um minuto com Chico Xavier

Ano 10 - N° 472 - 3 de Julho de 2016

REGINA STELLA SPAGNUOLO
rstella10@yahoo.com.br
Botucatu, SP (Brasil)
 

 

Durante uma visita que fez à Penitenciária de São Paulo, Chico Xavier narrou fatos interessantes aos amigos presentes.

No momento, comentava-se sobre o livro “Falou e Disse”, sua linguagem, colocação de recados etc., e com aquele seu modo simples de falar, sua humildade para colocar fatos e situações, ele começou:

– Sabem que na Penitenciária de São Paulo o livro está entrando muito? Já fui lá duas vezes, antes de ficar doente. A Diretoria da Casa pediu àqueles que quisessem ouvir a prece e a palestra se inscrevessem – 542 se inscreveram.

Eu estive com esses 542 companheiros. Foi um encontro tão agradável que tive vontade de passar férias na cadeia. Não para ficar descansando, mas para conversar toda noite com os que pudessem conversar, mesmo na cela, porque lá têm espíritos brilhantes, maravilhosos!

– Na cela, há espíritos maravilhosos?

– Ali dentro da Penitenciária.

– Na condição de preso, né?

– De presos. Desses 542, um me disse: “Pois é, Chico Xavier, nós somos tratados por números. Muitos são os presos e os cárceres, então têm que colocar número, n. 3, n. 14, isso dá muito desgosto.” Então eu disse assim: - Meu filho, quem é de nós hoje que não é tratado por número? É número de telefone, de carro, de casa, do CEP, não sei de quê, do CIC, nós ainda estamos com mais números que você. Só que agora estamos na cela ambulante e vocês estão na fixa. Eles riram muito. Há muita gente boa presa, nós temos que compreender a situação deles...

– Chico, os espíritos brilhantes que estão lá dentro têm a tarefa de ajudar a recuperar os outros que estão nessa situação, é por isso que estão lá dentro? Ou cometeram e estragaram a reencarnação?

– Absolutamente, e a gente tem que compreender a situação deles, porque eles todos estão com o coração na flor dos olhos, mas pedindo entendimento.

Terminada a reunião, na hora de sair da sala, eu disse ao Diretor: Eu quero sair daqui, mas, antes, eu quero beijar e abraçar a todos. Ele falou para mim: – Deus me livre. Não, senhor. Você não vai abraçar, nem beijar ninguém. Então eu disse a ele: - Não senhor doutor, eu não viria aqui fazer prece, para depois me distanciar dos nossos irmãos. Não está certo. Haverá tempo, o senhor disse que só precisará do salão daqui a uma hora e tanto... sendo assim... eu lhe peço licença para abraçar.

– Chico, nesse salão, no outro dia, mataram um guarda de 23 anos. Afiaram a colher até virar punhal. Mataram e não se soube quem matou. Aqui tem criminosos com sentenças de 200 a 300 anos, eles podem te matar...

– Pouco importa, vim aqui para o encontro e o senhor não me permite abraçar?

– Então você vai fazer o seguinte: você vai abraçar através da mesa.

– (Deus me livre!!).

– Tem que recuar esse povo que veio com você (umas 40 pessoas). Ficam só duas senhoras tomando nota porque seus encontros serão rápidos e nós vamos colocar 18 baionetas armadas em cima. Se houver qualquer coisa você morre também.

Eu fiquei na frente e comecei a abraçar os 542. Eu abraçava e beijava; muitos que falavam comigo, um segredinho, podia falar assim... meio minuto. Dos 542, só um, de uns 40 anos, chegou perto de mim e ficou impassível como uma estátua. O Diretor estava ali perto de mim e eu pedi às duas senhoras que dessem a cada um uma rosa; quando aquele chegou e ficou parado eu disse a ele:

– O senhor permite que eu o abrace?

– Perfeitamente – respondeu-me.

Então eu o abracei, mas ele estava ereto.

– O senhor deixa que eu o beije?

– Pode beijar.

Eu beijei de um lado, de outro, beijei quatro vezes, aí duas lágrimas rolaram dos olhos dele. Então ele disse:

– Muito obrigado.

E foi embora. Foi o único que ficou ereto, mas chorou... Mas todos receberam o abraço!


Do livro Entender Conversando, de Chico de Xavier/Emmanuel.
 



 


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