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Brasil
Ano 10 - N° 472 - 3 de Julho de 2016
DJAIR DE SOUZA RIBEIRO
djribeiro@uol.com.br
Santo André, SP (Brasil)
 


Divaldo Franco: “Nossos queridos que já voltaram à Pátria Espiritual vivem” 

Um público numeroso compareceu ao Ópera Cristal, em
Alphaville, para ouvir o conhecido médium e orador

O Instituto de Desenvolvimento Humanitário e Assistência Social O Semeador, da localidade paulista de Alphaville, escolheu o espaço Ópera Cristal para recepcionar Divaldo Franco e um público de 1.200 pessoas para o evento comemorativo de mais um aniversário da instituição. O evento realizou-se na noite de 24 de junho último.

Divaldo Franco iniciou a conferência recorrendo ao filósofo e crítico cultural alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900),

autor do seguinte pensamento: Toda vez quando surge uma ideia nova, ela passa por três períodos distintos:

1. Período em que é combatida tenazmente (negação).

2. Período em que passa a ser ridicularizada (zombaria).

3. Período no qual é finalmente aceita.

Com a Doutrina Espírita não foi diferente. Tão logo ela foi ganhando notoriedade pela seriedade de seus postulados, surgiram adversários gratuitos para combatê-la. Teve início, então, a fase dos combates e perseguições, não somente por parte das religiões dogmáticas cujos ataques eram previsíveis. As reações mais contundentes, porém, partiram dos meios científicos europeus.

Pierre-Marie-Félix Janet (1859-1947), psicólogo, psiquiatra e neurologista francês com importantes contribuições para o estudo moderno das desordens mentais e emocionais envolvendo ansiedade, fobias e outros comportamentos anormais, foi o mais destacado entre todos que assestaram seus ataques contra a Doutrina Espírita, buscando atingir a mediunidade e, por conseguinte, invalidar todo o arcabouço dos coerentes e lógicos postulados da doutrina libertadora. 

Equívocos de quem fala do que não sabe 

Em 1889, Pierre Janet publicou o livro L'automatisme psychologique: Essai de psychologie expérimentale sur les formes inférieures de l'activité humaine (O Automatismo Psicológico - Ensaio de Psicologia Experimental sobre as Formas Inferiores da Atividade Humana). A obra, em sua segunda parte, consagra inteiramente o capítulo 3 para apresentar os resultados dos estudos dos diversos fenômenos espíritas (mediúnicos), chegando mesmo a elaborar capítulos sobre o Espiritismo (Resumo Histórico do Espiritismo e Hipóteses Relativas ao Espiritismo).

É, porém, nos capítulos finais que Pierre Janet busca ferir de morte a mediunidade afirmando que o fenômeno mediúnico é uma desagregação psicológica e que se explica como sendo uma dualidade cerebral: “aquilo que sou versus aquilo que sonho ser”.

A conclusão do eminente cientista constitui um golpe terrível para os médiuns e para a mediunidade: ”Os fenômenos ditos mediúnicos eram, na verdade, manifestações patológicas, doentias, e se equiparavam aos distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia, a histeria e a epilepsia”.

Com a chancela da Ciência, os médiuns passaram a ser tidos como possuidores de alienação mental. Um rótulo amargo e terrível estava sendo, portanto, colocado nos médiuns: “A mediunidade é sinônimo de loucura”. O mais agravante, porém, é que Pierre Janet jamais houvera pesquisado e efetuado experiências com médiuns ou mesmo assistido a uma sessão mediúnica. Seus estudos e conclusões basearam-se em trabalhos divulgados por outros pesquisadores. 

Mediunidade causa loucura? 

Pierre Janet e outros que concordaram com essa tese sem sentido lógico nem sequer se deram ao trabalho de ler a questão que Allan Kardec formulou aos Bons Espíritos em O Livro dos Médiuns, capítulo XVIII - Dos inconvenientes e perigos da mediunidade - Influência do Exercício da Mediunidade sobre a Saúde, item 221, 5ª questão: “Poderia a mediunidade produzir a loucura?”

A resposta dada pelos instrutores espíritas é clara, lógica e taxativa: “A mediunidade não produzirá a loucura, quando esta já não exista em gérmen”.

Nesse ponto da conferência Divaldo Franco mirou a plateia, que o ouvia atentamente, e, esboçando um leve sorriso, fez um contraponto. A postura desses pseudossábios capazes de tal acinte contra algo que nunca estudaram com profundidade acabou por despertar o interesse de outros cientistas sérios, como Alexandre Aksakof (1832-1903), que publicou o livro Animismo e Espiritismo, comprovando a legitimidade da Mediunidade.

Ao mesmo tempo, por toda a Europa, corriam notícias da realização de fenômenos mediúnicos extraordinários como o do médium escocês Daniel Dunglas Home (1833- 1886), famoso por sua capacidade de mediunidade de efeitos físicos como a de levitar até várias alturas e a manipular fogo e carvões em brasa sem se machucar, entre outras inúmeras, ou ainda da médium italiana Eusápia Paladino (1854-1918), extraordinária médium de efeitos físicos cuja mediunidade foi objeto de pesquisas pelos mais renomados cientistas da época – Alexandre Aksakof, César Lombroso, Charles Richet, entre outros – e ainda a não menos célebre Hélène Smith, pseudônimo de Catherine-Elise Muller (1861-1929), que se tornou famosa pela publicação do livro “Des Indes à la Planete Mars” (Da Índia ao Planeta Marte), por Théodore Flournoy (1854-1920), médico e professor de Filosofia e Psicologia na Universidade de Genebra, o qual estudara por décadas sua mediunidade. 

Depois da negação, a zombaria 

Para não ficar somente nos eventos históricos do século XIX, Divaldo Franco compartilhou com os presentes o episódio da mensagem especular (escrita possível de ser lida pelo reflexo de um espelho) ditada em francês pelo espírito Léon Denis durante o 4° Congresso Internacional de Espiritismo, realizado em 2004 em Paris, França, e outro fato similar ocorrido na Alemanha nos anos 1980, quando a mentora Joanna de Ângelis, utilizando-se de sua faculdade mediúnica, enviou aos presentes mensagem, igualmente especular, em alemão clássico. E os fatos se seguiram em italiano e árabe.

Impossível que essas sejam ocorrências do subconsciente, pelo simples fato de que o médium desconhecia completamente os idiomas das mensagens psicografadas.

É falsa, evidentemente, a afirmação de que o fenômeno mediúnico é consequência da dualidade cerebral.

Há, no tocante ao assunto, apenas uma explicação: A imortalidade da alma e a possibilidade do intercâmbio entre ambos os planos da vida.

Passada o período da negação, a Doutrina Espírita experimentou a fase da zombaria, quando seus seguidores foram e ainda são tidos como pessoas menos esclarecidas, incultas, ralé e escória social, em manifestações preconceituosas e discriminatórias. Em verdade, quem assim se posiciona revela um comportamento fomentado pela ignorância e pelo profundo desconhecimento da Doutrina Espírita.

E finalmente o terceiro estágio: a aceitação, conquistada pela lógica irretorquível de seus postulados, pela proposta magna de que “fora da caridade não há salvação”, pela leveza das interpretações dos ensinamentos de Jesus e, acima de tudo, pela consolação misericordiosa que nos proporciona a todos pela certeza de que a morte não existe, pela convicção maravilhosa de que nossos queridos que já voltaram à Pátria Espiritual vivem. 

No final, muitas lágrimas... 

Bendita Doutrina que vem nos alertar para a importância de observarmos nosso próximo que transita ao nosso lado e que, no entanto, é, muitas vezes, “invisível” às percepções de nossos sentimentos, afeição e atenção.

Neste ponto da conferência, a emoção suscitada pelas palavras carregadas de vibrações dulçorosas de Divaldo foi abrindo passagem até chegar ao âmago de nossos corações. Lágrimas incontidas afloraram. E o motivo é que o mundo se nos afigura mais belo quando uma voz silenciosa repete amorosamente: “Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos e eu vos aliviarei”. 

 

Notas do Autor: 

1) As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Sandra Patrocínio. 

2) O Instituto de Desenvolvimento Humanitário e Assistência Social O Semeador foi fundado em 3 de janeiro de 1989 e tem por objetivo o incentivo e a prestação de serviços gratuitos às pessoas, instituições e a coletividade em geral, promovendo a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade de vida, de acordo com os preceitos da Doutrina Espírita. Para saber mais, consulte o site da instituição:  http://www.osemeador.org.br/index.php 

 


 


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