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Ano 10 - N° 472 - 3 de Julho de 2016

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 

 
Paulo Renato Ferreira: 

“Não somos donos de nada”

O estimado amigo fala-nos sobre sua experiência nas lides espíritas e conta como surgiu o “Paz e Amor”, de Americana-SP 

Paulo Renato Ferreira (foto), natural de São Simão e residente em Americana, ambas as cidades situadas no interior paulista, é espírita desde os 18 anos. Advogado e vinculado ao Centro Espírita Paz e Amor, em Americana-SP, ele é diretor de Patrimônio e coordenador das reuniões públicas realizadas pela instituição às terças-feiras.

Entrevistamo-lo sobre sua experiência nas lides espíritas. 

Como se tornou espírita?

Católico de berço, foi pelas conversações com minha tia Cidinha Del Moro, de Ribeirão Preto, hoje no mundo espiritual, e pela simpatia com a doutrina que passei a me interessar mais. Em face também de surgirem “sintomas” de mediunidade, um pouco pela dor e um pouco pelo amor, comecei a frequentar o “Paz e Amor”, de Americana.

Sua vinculação com a instituição como ocorreu?

Mudando para Americana em 1982, orientado para procurar uma casa espírita, fui ao “Paz e Amor”. Atendido pelo querido e saudoso José Rampazzo, que muito me ajudou, comecei a frequentar a casa.

Em Americana existem quantas instituições espíritas? 

Americana possui atualmente 25 casas espíritas. De alguns tempos para cá a integração tem-se fortalecido, já que a própria USE Intermunicipal de Americana, Nova Odessa e Sumaré tem objetivado essa integração.  Divulgação espírita por parte da USE não existe. Há na cidade uma rádio comunitária que abre espaço diário das 7h30 às 8h30 para a doutrina, sendo que, a cada dia, um representante das casas lá comparece e debate em torno do Pentateuco de Allan Kardec. 

Quando o “Paz e Amor” foi fundado?  

Ele foi legalmente constituído em 1º de março de 1944. Na década de 1930, Elvira Bengardini, sogra de José Rampazzo, tendo sido acometida de um mal que os médicos não conseguiram diagnosticar, foi aconselhada a procurar um Centro Espírita. Dada a dificuldade para se locomover até Limeira, pois ela morava no bairro Carioba em Americana, reuniu um grupo de interessados e passaram a fazer as reuniões mediúnicas em sua residência. Em 1938, José Rampazzo casou-se com Ilda Bengardini, filha de Elvira. Nessa época, residiam todos em São Paulo. Em seguida, D. Elvira retornou para Carioba e, em 1940, José Rampazzo, a esposa e o filho primogênito também mudaram-se para Americana. Por essa época continuavam as reuniões mediúnicas e, em certa   manhã, o filho de seu José, que já andava, parou de andar, não se firmava nas pernas e chorava muito. D. Ilda solicitou ao marido que levasse o menino para a mãe aplicar-lhe um passe; após o passe, o menino se acalmou, desceu do colo do pai e saiu andando. A partir daí ele quis saber como isso acontecera e passou a frequentar as reuniões mediúnicas. O único livro da codificação ao alcance era O Evangelho segundo o Espiritismo. Ele passou a estudá-lo e em 1944, por orientação dos Espíritos orientadores do grupo, José Rampazzo deu início à legalização do grupo, para conseguir seu registro, que era feito em Campinas-SP, no que encontrou muitas dificuldades. O dono do cartório, muito católico, colocou uma infinidade de dificuldades, para que desistissem do intento. Porém, com perseverança e o estímulo dos orientadores espirituais, o grupo logrou êxito. Em 1947 o centro passou a funcionar no porão da casa de José Rampazzo. Em 1951, com a mudança de Rampazzo para a Rua Luís Delben, 52, o Centro também mudou de endereço, funcionando em pequeno salão construído no quintal da casa. Mais tarde, Rampazzo adquiriu o terreno ao lado de sua residência e doou 240 metros quadrados, para construção da atual sede do Centro, com a colaboração dos frequentadores da época. Essa sede foi inaugurada em 17/07/1965. 

Há planos para a expansão física da instituição?

Sim. Nossa Casa luta para ter recursos, já que não temos mensalidades fixas e dependemos exclusivamente da venda de latinhas, de pizzas, do bazar, de massas prontas/congeladas. Estamos aguardando os cálculos do engenheiro para iniciarmos a ampliação da casa, o que esperamos que ocorra em pouco tempo.

Qual é sua visão atual do movimento espírita nacional?

Acredito que o movimento espírita nacional esteja bem atuante, todavia ainda falta consciência de alguns dirigentes de que dentro da doutrina, e especialmente dentro do centro espírita, não somos donos de nada e temos de ter em mente, com relação à Casa Espírita, que também passaremos e devemos, assim, procurar sempre dar oportunidade para que as outras pessoas cresçam, não nos eternizando na sua direção. Além disso, é preciso fortalecer a evangelização infantil e a mocidade espírita.

No empenho das palestras com oradores convidados de outras cidades e regiões, qual tem sido a experiência mais marcante?

Primeiro, a amizade e o conhecimento obtido, já que cada um tem sua maneira de expor seu estudo e fazer colocações que muitas vezes, mesmo estudando, não tivemos a mesma linha de raciocínio, o que nos faz refletir ainda mais. A cada palestra temos sempre um novo aprendizado.

Que conselhos você daria às pessoas que nos leem? 

Que é preciso sempre estudar, estudar, estudar; mudança interior; fé raciocinada; fazer o bem sem ver a quem e, principalmente, fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam. E, por fim, ter a certeza de que muito pouco sabemos e que a cada dia temos que aprender mais.

Suas palavras finais.

Sou agradecido a Deus, a Jesus e à espiritualidade maior por ter conhecido a doutrina espírita e estar conseguindo colocar em prática um pouco dos ensinamentos contidos n´O Evangelho segundo o Espiritismo.
 

Nota do autor:

Eis os endereços da instituição mencionada nesta entrevista:
Rua Luís Delben, n. 30, Vila Medon, Americana – SP
Tel. (19)  3462-3505
Site:
www.centropazeamor.com.br  

 


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