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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 471 - 26 de Junho de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 


 
Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 37)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. A incidência do distúrbio depressivo é maior no sexo feminino?

Sim. Segundo o conferencista convidado por Eurípedes Barsanulfo a falar sobre depressão, a incidência do distúrbio depressivo apresenta-se quantitativamente maior no sexo feminino. E ele inclui em tais casos as manifestações da depressão pré e post-partum, que se originam em disfunções hormonais, conduzindo as pacientes a estados de grave perda do equilíbrio emocional e mental. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.)

B. Qual é, na depressão, o fator de natureza preponderante?

O fator essencial, importante, preponderante é o próprio Espírito reencarnado, por nele se encontrarem ínsitas as condições indispensáveis para a instalação do distúrbio a que faz jus, em razão do seu comportamento no transcurso das experiências carnais sucessivas. O Espírito é o semeador espontâneo, que volve pelo mesmo caminho, a fim de proceder à colheita das atividades desenvolvidas através do tempo. Ao reencarnar, seu perispírito imprime no futuro programa genético do ser os requisitos depurativos que lhe são indispensáveis ao crescimento interior e à reparação dos gravames praticados. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.)

C. Pode o distúrbio depressivo ser acompanhado dos chamados transtornos obsessivos?

Sim. No tocante à síndrome depressiva, não podemos olvidar os Espíritos que foram vitimados pelo infrator, que agora retorna ao palco terrestre a fim de crescer interiormente. Quando permanecem em situação penosa, sem esquecimento do mal que padeceram, amargurados e fixados nas dores terrificantes que experimentaram, ou se demoram em regiões pungitivas, nas quais vivenciam sofrimentos incomuns, eles são atraídos psiquicamente aos antigos verdugos, com eles mantendo intercurso vibratório danoso, que a esses últimos conduz a transtornos obsessivos infelizes. O cérebro do hospedeiro, bombardeado pelas ondas mentais sucessivas do hóspede em desalinho, recebe as partículas mentais que podem ser consideradas como verdadeiros elétrons com alto poder desorganizador das conexões neuronais. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.) 

Texto para leitura 

191. Aspectos da depressão – Depois de pequena pausa, o conferencista prosseguiu: “A depressão é hoje classificada como sendo uma perturbação do humor, uma perturbação afetiva, um estado de mal-estar que se pode prolongar por tempo indeterminado. Foi o admirável Emil Kraepelin, o nobre psiquiatra alemão, quem apresentou melhores análises sobre a depressão no século passado, classificando-a como de natureza unipolar, quando é menos grave, mais simples e rápida, e bipolar, quando responsável pelas associações maníacas. Aprofundadas pesquisas ofereceram novas classificações nos anos sucessivos, incluindo as melancolias de involução, que se manifestam em forma de medo, de culpa e de vários distúrbios do pensamento. O eminente psicanalista Sigmund Freud sugeriu o luto como sendo responsável pela depressão, resultado de perda, de um ser amado ou de outra natureza. A perda, para o nobre mestre austríaco, produz dilacerações psicológicas muito graves, gerando distúrbios comportamentais que se prolongam por tempo indeterminado. Concomitantemente, outros pesquisadores estabeleceram que a depressão poderia ser endógena, quando originada em disfunções orgânicas, portanto, de natureza biológica, e reativa, como consequência de fatores psicossociais, socioeconômicos, sócio-morais, em razão das suas nefastas consequências emocionais. Outros observadores, no entanto, detiveram-se em analisar a depressão sob dois outros aspectos: a de natureza neurótica e a de natureza psicótica. A primeira é mais simples, com melhores possibilidades terapêuticas, enquanto que a segunda, por se caracterizar pelas alucinações e ilusões perturbadoras, exige procedimentos mais cuidadosos e prolongados”. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.) 

192. Um distúrbio angustiante – Conforme o que foi dito pelo palestrante, a depressão é sempre um distúrbio muito angustiante pelos danos que proporciona ao paciente: dores físicas, taquicardias, problemas gástricos, inapetência, cefalalgia, sentimento de inutilidade, vazio existencial, desespero, isolamento, ausência total de esperança, pensamentos negativos, ansiedade, tendência ao suicídio etc. O enfermo tem a sensação de que todas as suas energias se encontram em desfalecimento e as forças morais se diluem ante a sua injunção dolorosa. A perturbação depressiva ainda pode apresentar-se como grave e menos grave, crônica ou distímica, cuja fronteira é muito difícil de ser estabelecida. Asseverou o expositor: “Somente através dos sintomas é que se pode defini-las, tendo-se em vista as perturbações que produz nos pacientes. Nesse sentido, a somatização, decorrente de estigmas e constrangimentos que lhe facultam a instalação, pode dar lugar ao que Freud denominou perturbação de conversão, graças à qual um conflito emocional se converte em cegueira, mudez, paralisia ou equivalentes, enquanto outros psicoterapeutas, discordando da tese, acreditam que esses fenômenos resultem de perturbações físicas não identificadas... Por outro lado, a fadiga tem sido analisada como responsável por vários estados depressivos, especialmente a de natureza crônica, que se apresenta acima do nível tolerável de gravidade. Não obstante, a depressão também se manifesta em crianças e jovens, estruturada em fatores endógenos e outros de natureza sociológica, decorrentes do relacionamento entre pais e filhos, do convívio familiar e comunitário conflitivo. A mania, por outro lado, é mais severa em razão das alterações manifestadas no humor, que se fazem mui amiúde em proporções gravemente elevadas. Em determinado paciente pode expressar-se como um estado de excessivo bom humor, de exaltação da emotividade, em contraste com os acontecimentos vivenciados no momento, logo regredindo com rapidez para a depressão, as lágrimas, envolvendo sentimentos contraditórios, que passam dos risos excitados aos prantos pungentes. No momento de exacerbação o enfermo delira, acreditando-se messias, gênio da política, da arte, com demasiada valorização das próprias possibilidades. Vezes outras, experimenta estados de temor, por acreditar que existe conspiração contra sua vida e seus desejos, seus valores especiais”. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.) 

193. A síndrome depressiva e suas causas – Explicou o nobre conferencista que o indivíduo depressivo apresenta-se em determinado momento palrador, mudando de conduta com muita frequência, ou então deixa-se ao abandono, sem higiene, aparecendo, noutras vezes, de maneira extravagante e vulgar. Nessa fase, torna-se sexualmente excitado, exótico, irresponsável, negando-se a aceitar a enfermidade e mesmo a submeter-se ao tratamento adequado. Continuou o palestrante: “A incidência do distúrbio depressivo apresenta-se quantitativamente maior no sexo feminino. Nesse caso, podemos aduzir ao quadro geral as manifestações da depressão pré e post-partum, que se originam em disfunções hormonais, conduzindo as pacientes a estados de grave perda do equilíbrio emocional e mental”. O expositor calou-se por um pouco, enquanto o público, atento, acompanhava-lhe o raciocínio rico de ensinamentos oportunos. Em seguida, falou: “As influências básicas para a síndrome depressiva são muitas, e podem ser encontradas nas crenças religiosas, nos comportamentos sociais, políticos, artísticos, culturais e nas mudanças sazonais. Por outro lado, a hereditariedade é fator decisivo na ocorrência inquietante, tanto quanto diversos outros de natureza ambiental e social, como guerras, fome, abandono, sequelas de enfermidades dilaceradoras... Pode-se, portanto, informar que é também multifatorial. Do ponto de vista psicanalítico, conforme eminentes estudiosos quais Freud, Abraham e outros, a depressão oculta uma agressão contra a pessoa ou o objeto oculto. Numa análise biológica, podemos considerar como fatores responsáveis pelo desencadear do distúrbio depressivo as alterações do quimismo cerebral, no que diz respeito aos neurotransmissores como a serotonina e a noradrenalina. Em uma análise mais cuidadosa, além dos agentes que produzem stress, incluímos entre os geradores da depressão os hormônios esteroides, estrênios e androgênios, relacionados com o sexo, que desempenham papel fundamental no humor e no comportamento mental”. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.) 

194. Fatores de natureza preponderante e predisponente – O conferencista explicou que não estava relacionando ali todas as causas que predispõem ou que dão origem à depressão, mas somente, e de modo superficial, algumas das que desencadeiam esse processo alienante. “Nosso objetivo essencial neste momento – disse ele – é identificar o fator de natureza preponderante para depois concluirmos pelo de natureza predisponente. E esse, essencial, importante, é o próprio Espírito reencarnado, por nele se encontrarem ínsitas as condições indispensáveis para a instalação do distúrbio a que faz jus, em razão do seu comportamento no transcurso das experiências carnais sucessivas. O Espírito é sempre o semeador espontâneo, que volve pelo mesmo caminho, a fim de proceder à colheita das atividades desenvolvidas através do tempo. Não bastassem as suas próprias realizações negativas para propiciar o conflito depressivo e as suas ramificações decorrentes, que geraram animosidades, mágoas e revoltas em outros seres que conviveram ao seu lado e foram lesados nos sentimentos, transformando-se em outro tipo de razão fundamental para a ocorrência nefasta.” Ao reencarnar, seu perispírito imprime no futuro programa genético do ser os requisitos depurativos que lhe são indispensáveis ao crescimento interior e à reparação dos gravames praticados. Os genes registram o desconserto vibratório produzido pelas ações incorretas no futuro reencarnante, passando a constituir-se um campo no qual se apresentarão os distúrbios do futuro quimismo cerebral. Quando se apresentam as circunstâncias predisponentes, manifesta-se o quadro já existente nas intrincadas conexões neuronais, produzindo por fenômenos de vibração eletroquímica o transtorno, que necessitará de cuidadosa terapia específica e moral. Não apenas se fará imprescindível o acompanhamento do terapeuta especializado, mas também a psicoterapia da renovação moral e espiritual através da mudança de comportamento e da compreensão dos deveres que devem ser aceitos e praticados. Nesse processo, no qual o indivíduo é responsável direto pelo distúrbio psicológico, devido aos erros cometidos, às perdas e ao luto que lhe permanecem no inconsciente e agora ressumam, o distúrbio faz-se inevitável, exceto se, adotando nova conduta, adquire recursos positivos que eliminam o componente cármico que lhe dorme interiormente. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.) 

195. Transtornos obsessivos – Dando curso à sua exposição, o conferencista afirmou: “Não são da Lei Divina a punição, o castigo, a vingança, mas são impostas a necessidade da reparação do erro, da renovação do equivocado, da reconstituição daquilo que foi danificado... O Espírito reflete o amor de Deus nele insculpido, razão pela qual está fadado à perfeição relativa, que alcançará mediante o esforço empreendido na busca da meta que lhe está reservada. São, portanto, valiosas, as modernas contribuições das ciências da psique, auxiliando os alienados e depressivos a reencontrar a paz, a alegria interior, a fim de prosseguirem no desiderato da evolução”. Novamente o lúcido orador fez uma pausa oportuna e, em seguida, prosseguiu: “Nesse capítulo, não podemos olvidar aqueles outros Espíritos que foram vitimados pelo infrator, que agora retorna ao palco terrestre a fim de crescer interiormente. Quando permanecem em situação penosa, sem olvido do mal que padeceram, amargurados e fixados nas dores terrificantes que experimentaram, ou se demoram em regiões pungitivas, nas quais vivenciam sofrimentos incomuns, face à pertinácia nos objetivos perversos do desforço pessoal, são atraídos psiquicamente aos antigos verdugos, com eles mantendo intercurso vibratório danoso, que a esses últimos conduz a transtornos obsessivos infelizes. O cérebro do hospedeiro bombardeado pelas ondas mentais sucessivas do hóspede em desalinho recebe as partículas mentais que podem ser consideradas como verdadeiros elétrons com alto poder desorganizador das conexões neuronais, afetando-lhe os neurotransmissores como a serotonina, a noradrenalina, a dopamina e outros mais, aos quais se encontra associado o equilíbrio emocional e o do pensamento. Instalado o plugue na tomada perispiritual, o intercâmbio doentio prosseguirá atingindo o paciente até o momento quando seja atendido por psicoterapia especial, qual seja a bioenergética, por intermédio dos passes, da água fluidificada, da oração, das vibrações favoráveis à sua restauração, à alteração da conduta mental e comportamental, que contribuirão para anular os efeitos morbosos da incidência alienadora. Simultaneamente, a desobsessão, mediante cujo contributo o perseguidor desperta para as próprias responsabilidades, modifica a visão espiritual, ajudando-o a resolver-se pela mudança de atitude perante aquele que lhe foi adversário, entregando-o, e a si mesmo também se oferecendo, aos desígnios insondáveis do Pai Criador”. (Tormentos da Obsessão, cap. 19 – Distúrbio depressivo.)  (Continua no próximo número.)



 


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