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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 470 - 19 de Junho de 2016

ARNALDO RAMOS DE OLIVEIRA
cienciadeluzsrs@gmail.com
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)

 

 

 

Religião é religar-se a Deus?


 
“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mateus – Cap. 18 v. 20.) (Bíblia de Jerusalém página 1737 – 2011.) – (Optamos por essa tradução porque não existe a condicional de pessoas, isso nos permite ter uma visão espírita, sejam encarnados e/ou desencarnados.)

Se assim é, dir-se-á, o Espiritismo é, pois, uma religião? Pois bem, sim! Sem dúvida, Senhores; no sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, (...).

Por que, pois, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Pela razão de que não há senão uma palavra para expressar duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; que ela desperta exclusivamente uma ideia de forma, e que o Espiritismo não a tem. Se o Espiritismo se dissesse religião, o público não veria nele senão uma nova edição, uma variante, querendo-se, dos princípios absolutos em matéria de fé, uma casta sacerdotal com um cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo, e dos abusos contra os quais a opinião frequentemente é levantada.

Em sendo assim, como não temos outra palavra para expressar, podemos, sem problemas maiores, dizer sim, Espiritismo é Religião.

(...) O Espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não se poderia, nem deveria se ornar de um título sobre o valor do qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral.

(...) enquanto ficarmos presos às formas da acepção das palavras, das atitudes que na maioria das vezes são inconvenientes; presos ao exterior e, presos a mandatários que de uma ou outra inexorável maneira se impõem e se põem a fazer da Doutrina um trampolim para uso “abusivo” de sua tola vaidade. (Sessão Anual Comemorativa do dia dos Mortos, Sociedade de Paris, 1º de novembro de 1868- Revista Espírita de dez.1868.) 

Vamos combinar? De ordinário, muito vem acontecendo isso no movimento espírita – O paralelo de hierarquias? Sem falar na tentativa de engessar espíritas com minúsculas apostilas disso ou daquilo. Aí pergunto: – Esta prática não tem induzido o principiante espírita a considerar-se como conhecedor da Doutrina Espírita? Qualquer apostila por mais bem elaborada que seja é o resumo; o resumo de uma doutrina completa pelos seus inegáveis princípios cristãos – Doutrina que deve ser estudada e compreendida analiticamente (no dizer de Kardec: - de forma metódica, longa e séria) e não sinteticamente, e que permite ao homem enriquecer-se de ensinamentos –, pelo dinamismo próprio da codificação na percepção de novos ensinamentos que jorram do alto de forma esplendorosa despida de preconceitos; pois a mesma é a Doutrina dos Espíritos, no dizer de Emmanuel, Religião dos Espíritos. Aliás, Religião dos Espíritos foi o primeiro nome dado a essa obra. Saudades de meu tempo de mocidade: usávamos o método de estudar O Livro dos Espíritos em consonância com outras obras, a saber: A Gênese – 1ª Parte; O Livro dos Médiuns – 2ª Parte; O Evangelho segundo o Espiritismo – 3ª Parte; O Céu e o Inferno – 4ª Parte, complementando com a Revista Espírita.

Esclareço que esse comentário está embasado no esvaziamento dos estudos após essa introdução do principiante no paradigma – Amai-vos e Instruí-vos.

Contudo, voltemos ao foco de nossas reflexões? Expositores há que divulgam que a palavra religião quer dizer religar-se a Deus. Duvido que alguém tenha conseguido essa façanha, desligar-se do Criador. E o tropismo Divino onde fica?

Com essa colocação (estranha no meu entendimento) somos indevidamente remetidos, a retornar à época de Lúcifer, o anjo decaído. Prestando atenção, esse artigo na Revista Espírita, tem como frontispício a mensagem de Mateus: – “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles”.

Busquemos em Kardec o entendimento:

(...) Jesus no-lo indica pelas palavras (...) resultado produzido pela comunhão de pensamentos que se estabelece entre pessoas reunidas com um mesmo objetivo.

Mas compreende-se bem toda a importância desta palavra: Comunhão de pensamentos? Seguramente, até este dia, poucas pessoas dela se fizeram uma ideia completa. O Espiritismo, que tantas coisas nos explica pelas leis que nos revela, vem ainda nos explicar a causa, os efeitos e o poder desta situação do Espírito. Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. (...)

Existem explicações em dicionários de etimologia de palavras a respeito de religião, contudo, conclui-se que

O termo Religare é utilizado como um ato de “voltar a unir” o humano com o que era considerado divino.

Outrossim, analisemos: voltar a unir o humano com o que era considerado divino; teria melhor forma de fazer isso que “Fora da Caridade não há Salvação”?

Nesse mesmo artigo Kardec aborda o pensamento e a comunhão de pensamentos no sentido de amar ao semelhante conectando-se com a divindade.

 “Religião, como se pode entender pelo que clarificou o codificador, não é religar-se a Deus, mas é a maneira que Deus proporciona ao homem religar-se ao homem”. Religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças. “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.” (Qual é a verdadeira religião? - Amar-vos uns aos outros. – Espiritismo em Cadiz – RE Nov. 1868.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita