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Um minuto com Chico Xavier

Ano 10 - N° 469 - 12 de Junho de 2016

REGINA STELLA SPAGNUOLO
rstella10@yahoo.com.br
Botucatu, SP (Brasil)
 

 

O menino mal-assombrado – infância de Chico (parte III)

Numa tarde, a "educadora" Rita de Cássia brindou o aluno com uma prova surpresa. Moacir, primo de Chico, apareceu com uma ferida na perna esquerda. Fleming ainda não tinha descoberto a penicilina e o machucado não cicatrizava.

A madrinha, preocupada com o sobrinho, mandou chamar dona Ana Batista, uma benzedeira de Matuto, hoje Santo Antônio da Barra, cidade vizinha de Pedro Leopoldo. A curandeira examinou o ferimento e aviou a receita. Só uma simpatia daria jeito.

Uma criança deve lamber a ferida três sextas-feiras seguidas, pela manhã, em jejum.

- Chico serve? perguntou a madrinha.

O garoto ficou em pânico. Correu para debaixo das bananeiras e ouviu o repetido conselho materno:

- Você deve obedecer. Mais vale lamber feridas que aborrecer os outros. Você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha.

- E isso vai curar o Moacir?

- Não, porque não é remédio. Mas dará bom resultado para você, porque a obediência acalmará sua madrinha.

Chico perdeu a paciência. Por que sua mãe não voltava para casa? Onde estava o tal anjo bom?

A aparição acalmou o menino:

- Seja humilde. Se você lamber a ferida, faremos o remédio para curá-la.

No dia seguinte, pela manhã e em jejum, Chico iniciou a missão. Fechava os olhos, pedia forças à mãe e lambia a perna do garoto. O gosto era amargo e ele só queria ter a língua maior para acabar logo com o suplício. Na terceira sexta-feira, o ferimento estava cicatrizado. Pela primeira vez, Rita de Cássia elogiou o afilhado:

- Muito bem, Chico. Você obedeceu direitinho. Louvado seja Deus.

O menino não sabia, mas passaria a vida lambendo feridas alheias.

As aulas na casa de Rita de Cássia terminaram dois meses depois, quando João Cândido Xavier se casou com Cidália Batista. A primeira medida da mulher foi recolher os nove filhos do primeiro casamento do marido, dispersos pelas casas de parentes e amigos.

Chico chegou por último. Quando apareceu, enfiado num camisolão, foi recebido com curiosidade por Cidália. Ela reparou na barriga inchada do menino e tentou levantar sua roupa para examinar o abdômen. Não conseguiu. Chico, então com sete anos, se desvencilhou, tímido. Havia gente demais em volta.

Cidália o pegou pela mão e o tirou da sala, a passos lentos, no ritmo de Maria João de Deus. A sós, a mulher de João Cândido levantou o camisolão do garoto e levou um susto ao deparar com a ferida aberta a garfadas.

- Enquanto eu viver, ninguém mais vai pôr as mãos em você.

Diante da promessa, Chico teve certeza: aquele era o tal anjo anunciado pela

Mãe!


Do livro: As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita