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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 469 - 12 de Junho de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
O leitor Marconi de Oliveira Miranda, em mensagem publicada na seção de Cartas desta edição, escreveu-nos o seguinte: 

Com relação ao tempo que permaneceremos encarnados na Terra, se é dito pela Doutrina Espírita que há um planejamento, já de antes de reencarnarmos, de quanto temos ficaremos encarnados, questiono: de que adianta cuidar da saúde praticando exercícios físicos, tendo uma dieta saudável e atitudes que prolongam a vida se já está tudo determinado? E o aumento da longevidade, como se explica a não ser pelo avanço da medicina e dos cuidados com o corpo?  Sendo a Doutrina Espírita fé raciocinada, gostaria de obter estes esclarecimentos. 

Com respeito ao momento da morte corpórea, repetimos o que escrevemos nesta mesma seção em 2 de maio de 2010, na edição 156 desta revista:  

A lição, relativamente ao momento da morte das pessoas, foi-nos dada na questão 853 de "O Livro dos Espíritos", na qual lemos o seguinte: "Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos".

Note-se que os Espíritos não falam em "hora", mas sim em momento, como o instrutor espiritual Jerônimo explica no livro "Obreiros da Vida Eterna", de André Luiz, ao reportar-se à desencarnação de Dimas: “Há tempo de morrer, como há tempo de nascer. Dimas alcançara o período de renovação e, por isso, seria subtraído à forma grosseira, de modo a transformar-se para o novo aprendizado”. “Não fora determinado dia exato. Atingira-se o tempo próprio.” 

A duração de uma existência corpórea, se fatos supervenientes não interferirem no seu processo, está, como já dissemos anteriormente, ligada à programação reencarnatória do indivíduo, mas o instante da morte pode ser adiado em determinados casos, como mostrado na obra de André Luiz acima citada. E pode, de igual modo, ser antecipado, em face do estilo de vida e dos abusos que a pessoa adote no curso de sua existência corpórea. Os excessos na mesa e o uso de alcoólicos podem, como sabemos, determinar o retorno mais cedo do indivíduo à vida espiritual.

Chamamos a atenção do leitor para a parte final do texto acima transcrito, em que é dito algo que ninguém certamente ignora, ou seja, que o momento da morte de uma pessoa pode ser antecipado em face do estilo de vida e dos abusos que ela cometa no curso da existência.

Fizeram a Chico Xavier, certa vez, em Goiânia a seguinte pergunta: 

Se determinadas enfermidades são provas para a regeneração dos espíritos reencarnados, por que permitem os mensageiros da Vida Superior o aparecimento de agentes medicamentosos que suprimem a dor? 

Eis o que o médium respondeu: 

Os Espíritos Amigos asseveram sempre que a dor não é filha da Lei Divina. A dor, dizem eles, é uma criação nossa. Explicam que toda a Ciência Médica procede da misericórdia de Deus, em favor de nós outros, neste mundo, quando infernizamos a própria consciência. Criamos o processo culposo, atingimos o Mais Além, encontramo-nos doentes, à feição de criaturas que transportam em si o purgatório, ou aquilo que podemos considerar como sendo o lado infernal da vida e Deus nos concede a Medicina para que, na Terra, possamos aliviar o mérito ou esforço que vamos adquirindo. Por isso mesmo, a anestesia é uma conquista da Ciência Médica em favor da Humanidade, demonstrando que o Senhor de Justiça e Misericórdia não nos quer sofredores, conquanto não possa exonerar-nos da autorredenção. (Chico Xavier em Goiânia, pergunta 6.) (Grifamos.) 

O pensamento de que a dor é uma criação nossa, mencionado pelo saudoso médium, é corroborado por Allan Kardec, que desfaz no texto abaixo reproduzido um equívoco, comum mesmo no meio espírita, segundo o qual tudo o que nos acontece na vida faz parte de um script previamente traçado.

Escreveu o codificador da doutrina espírita: 

Se em duas partes se dividem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, n. 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.

Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos.  Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 12.) (Grifamos.)

No cap. 12 do livro Missionários da Luz, de André Luiz, deparamos um vocábulo que passou desde então a fazer parte dos textos espíritas: completista, termo que, segundo André, designa os Espíritos que aproveitam todas as oportunidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferece. Esses casos são raros, ou pelo menos eram raros em 1945, quando o livro a que nos reportamos foi publicado.

Por que raros?

Raros, justamente porque os excessos na mesa, os alcoólicos, o tabagismo, a inexistência de exercícios físicos, a não observância de uma dieta saudável vão minando o corpo material, que poderia, eventualmente, chegar aos 90 anos e, todavia, não passa dos 60.

Cuidar do corpo não significa zelar somente pelo seu exterior, com cremes, xampus, botox, tintura, plásticas, bronzeamento etc. Significa também cuidar do seu interior, observando as medidas citadas pelo leitor em sua pergunta e, de modo especial, zelando pela saúde da alma, tendo em vista os efeitos maléficos que o desequilíbrio espiritual pode acarretar ao nosso veículo corpóreo.

Se quisermos, portanto, obter em nossa volta ao mundo espiritual o título de completista, é importante que saibamos que esse prêmio não nos será concedido gratuitamente, visto que é necessário colaboremos para conquistá-lo.

 


 
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