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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 469 - 12 de Junho de 2016

HUGO ALVARENGA NOVAES
hugonovaes64@gmail.com
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)

 

 
Morrer e progredir


"Considerada em si mesma, a morte não é uma calamidade verdadeira, mas um benefício de Deus que, rompendo os hábitos estreitíssimos que havíamos contraído com nossa vida presente, transporta-nos a novas condições e dá lugar, desse modo, a que nos elevemos mais livremente a novos progressos.” (Allan Kardec - Revista Espírita, abril de 1858.)

“Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultarem os seus próprios mortos.” (Jesus – Mt., 8:22)


Dezoito séculos após o advento d’aquele que dividiu a história em dois períodos, o Emérito Lionês, “Pai do Espiritismo”, concorde com o Mestre dos Mestres, nos ensina que a verdadeira vida é a espiritual[1]. Ele, o Ínclito Codificador da 3ª Revelação, nos mostra que a vida do Espírito é eterna[2]. Assim, inferimos que, atinente ao nosso envoltório carnal, o mesmo é temporário, e que a morte está para este, como a reencarnação está para aquele[3]. Destarte depreendemos, então, que o nosso invólucro corporal se assemelha à vestidura do corpo etéreo[4][5]

Falemos de nosso decesso: a humilde opinião desse articulista que lhes escreve essas parcas linhas é idêntica ao julgamento do “Apóstolo dos Gentios” que na Bíblia assinala: “... Se há corpo animal, há também corpo espiritual”.[6] A ciência “prova-nos por A + B”, que aquilo que chamamos “morte” é apenas a interrupção do funcionamento da vitalidade orgânica de nosso invólucro corporal. O apóstolo João, em seu Evangelho, no sexto capítulo, no sexagésimo terceiro versículo, nos informa que a carne, vestimenta primeira de nosso corpo, para nada vale; o Espírito é que vivifica. No citado livro, o mesmo evangelista fala-nos claramente que Deus é Espírito[7]. Eis aí nossa similitude entre o Supremo Artífice e nós; estejamos encarnados ou desencarnados.  

Portentosa e claramente, narra “o médico de homens e de almas”, em seu Evangelho, que o Excelso Mestre, respondendo a alguns saduceus sobre a situação de uma mulher que teria contraído núpcias com sete irmãos: de qual deles ela seria esposa quando acontecesse a ressurreição dos corpos?[8], disse-lhes, claramente, que apenas se casam aqueles que ainda estão vinculados a um envoltório físico. Aqueles que já se situam na erraticidade não se unem maritalmente, por ser esta junção algo que acontece estritamente entre seres jungidos à matéria. Ademais, se Deus é Deus de vivos (São Lucas, 20:37-38), então, todos os que passaram fisicamente para o outro lado da vida continuam vivos. Foi o que o Amado Nazareno quis nos dizer nessa passagem, citando Abraão, Isaac e Jacó, que já haviam morrido, como sendo plenamente vivos. Isto fica claro quando Jesus fala-nos em São Lucas, 20:38: “Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos”. Ou seja, todos aqueles que estão na carne ou fora dela. 

Caro leitor amigo, se você meditar bem sobre essa passagem bíblica que está em “São Lucas, 20:27-38, constatará que o célebre Livro Sagrado nos afirma categoricamente que a libitina é unicamente do envoltório externo. Ao contrário, a sua individualidade, a sua personalidade, que são os principais requisitos do corpo perispirítico, se mantêm intactos. 

Nesse instante, lembramos a famosa frase: “Nascer, crescer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei[9]”. 

Um fragmento da referida expressão chama-me a atenção; ei-lo: “... e progredir sempre”. 

Constantemente falo aos meus filhos: “O Altíssimo nos concede o LIVRE-ARBÍTRIO para que nós aprendamos determinada coisa. Continuamente podemos escolher a estrada que desejamos seguir: se queremos trilhar o caminho do amor ou a via da dor. Mas, que aprenderemos, isso não resta dúvida. 

Minha finada genitora enunciava: “uns aprendem de manhã, outros à tarde e os retardatários à noite”, ou seja: uns aprendem nessa vida, outros na erraticidade e os retardatários somente na próxima existência. Mas que aprendem, aprendem.

Eu quero aprender de manhã!... E vocês?


 

[1] ESE, cap. 23, it. 8, FEB.

[2] LE, qs. 153 e 225, FEB.

[3] LE, q. 330-a), FEB.

[4] LE, q. 367, FEB.

[5] São Paulo - 1Cor 15:44, 46.

[6] São Paulo - 1Cor 15:44

[7] São João 4:24.

[8] São Lucas 20:27-38.

[9] Sentença inscrita no dólmen de Kardec.

 

 


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