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Internacional
Ano 10 - N° 468 - 5 de Junho de 2016
JÚLIO ZACARCHENCO
juliokachenco@gmail.com
Sumaré, SP (Brasil)
 


Divaldo Franco:
“Deus não pune”

Um público numeroso assistiu em Dublin, Irlanda, à conferência do conhecido orador sobre o tema “Esquizofrenia e Obsessões” 


O médium e orador espírita Divaldo Franco realizou na tarde do dia 7 de maio, um sábado, uma palestra na cidade de Dublin, Irlanda.

O evento foi realizado no auditório do Carlton Hotel Dublin, com a presença de um público de 320 pessoas. Anne Sinclair foi a intérprete.

Para tratar sobre o tema “Esquizofrenia e Obsessões”, foi abordado o conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde, que define saúde como sendo o perfeito bem-estar físico, psicológico e social. Conforme esclarecido pelo orador, estudiosos teriam, recentemente, adicionado mais um elemento determinante do estado de saúde: o bem-estar espiritual.

Por isso, o indivíduo valeria por aquilo que é e nunca por aquilo que possui ou, ainda, por sua personalidade, pelas aparências. As condições decisivas para a saúde somente seriam alcançadas mediante a autorrealização.

Nesse sentido, ressaltou Divaldo, o psiquiatra Carl Gustav Jung afirmaria que é imprescindível à criatura humana eleger uma meta psicológica profunda para sua vida e vivê-la, de maneira a evitar a queda no vazio existencial. Esse sentido profundo conduziria o ser a um estado de plenitude. Para o médico suíço, o modelo ideal para encontrar-se a plenitude seria Jesus, sobretudo por causa de sua mensagem psicoterapêutica em torno do amor, portanto, em caráter perfeitamente concorde com o que fora apontado pelos Espíritos superiores na resposta à questão de número 625 de O Livro dos Espíritos.

Divaldo afirmou que a Ciência Espírita, que estuda a origem, a natureza e o destino dos Espíritos e as relações existentes entre o

Público presente

Divaldo Franco e sua intérprete

Momento de autógrafos

Os livros tiveram, como vemos, grande procura

mundo físico e o espiritual, estabeleceu verdadeira ponte entre as doutrinas Materialista e Determinista. Com os postulados da imortalidade da alma, da reencarnação e da lei de causa e efeito, o Espiritismo fez luz sobre os pontos obscuros, inexplicados, do Determinismo, fazendo-nos compreender que somos, hoje, o resultado de todas as nossas experiências reencarnatórias. Ademais, a prova obtida com as comunicações dos Espíritos demoliu o fundamento do Materialismo, por demonstrar que a vida nunca cessa. 

No passado está a causa da esquizofrenia – A mente - ou o Espírito - seria a causa a comandar as funções do corpo espiritual e, por via de consequência, do corpo físico, o qual apresentaria em si os efeitos do pensamento. Sendo estes de teor negativo, o perispírito desajustar-se-ia, passando a atuar desordenadamente sobre o cérebro humano, cujas funções, notadamente no campo das neurocomunicações, ficariam prejudicadas, abrindo espaço para a instalação de transtornos psiquiátricos.

Os transtornos psiquiátricos e psicológicos teriam, dessa forma, uma compreensão muito mais ampla e profunda se o ser humano fosse considerado no seu tríplice aspecto: Espírito imortal, perispírito e corpo físico, perfeitamente integrados.

Recordando que a esquizofrenia, até o ano de 1792, era considerada uma punição divina ou manifestação demoníaca, Divaldo esclareceu que, sob a ótica espírita, Deus não pune. Ele teria criado leis perfeitas de equilíbrio que, quando defraudadas, gerariam, como reação, desarmonias espirituais, psicológicas e, por fim, físicas naquele que desrespeitou os códigos divinos. Foi, ainda, elucidado que por manifestação demoníaca deveríamos entender a ação persistente e negativa de Espíritos inferiores sobre os encarnados.

Com base nesse conhecimento espírita, explicou que a esquizofrenia, assim como a depressão, o autismo e outros transtornos teriam sua causa, quase que invariavelmente, em reencarnações anteriores. As ações negativas do passado, correspondendo a infrações às leis divinas, gerariam desequilíbrios espirituais, psicológicos e perispirituais no ser, que, ao reencarnar, imprimiria em seu corpo físico as matrizes do transtorno psiquiátrico, abrindo campo de ação dos Espíritos inferiores sobre si, nos processos obsessivos.

Na atualidade, a esquizofrenia não seria mais uma doença incurável, do ponto de vista médico, conforme asseverou o palestrante, necessitando de tratamento de ampla abordagem, psiquiátrica, psicológica e espiritual, uma vez que, além das causas endógenas (hereditariedade, doenças infectocontagiosas etc.) e exógenas (eventos da vida, conflitos da infância, conflitos sexuais, narcisismo etc.), haveria as causas espirituais. 

Que é preciso para viver em plenitude – Divaldo apresentou vários casos de pacientes esquizofrênicos e depressivos que, apesar da brilhante inteligência e dos talentos que possuíam, tiveram de enfrentar o sofrimento imposto a eles pelos transtornos psiquiátricos, tais como Padre William Doyle, Johann W. Goethe, Franz Liszt e outros.

Afirmou, ainda, que até o início do século XX, os métodos de tratamento da esquizofrenia eram cruéis. Com o progresso da Ciência, novas terapêuticas teriam surgido, como a convulsoterapia com uso de metrazol, a insulina, desenvolvida pelo Dr. Manfred Sakel; ou a terapia do eletrochoque, proposta pelos Drs. Bini, Cerlletti e Kalinowski.

Além dos métodos físicos, começariam a ser utilizadas abordagens psicoterápicas para os tratamentos desses pacientes, e, na sequência, substâncias químicas desenvolvidas em laboratórios (os chamados barbitúricos) seriam usadas nos esquizofrênicos, para suprir as deficiências dos neurocomunicadores naturais.

No encerramento da conferência, ele narrou o episódio do Evangelho de Marcos, no qual Jesus, após curar um homem que sofria de um processo obsessivo por subjugação, vai falar aos gadarenos para oferecer-lhes a sua mensagem de libertação, de paz e de amor, sendo, contudo, por eles expulso de sua região. Divaldo, então, enfatizou que Jesus tem algo muito melhor a nos oferecer de tudo o que a Terra poderia nos dar (poder, posse, prazer). Ele nos tem a ofertar a própria paz, que nos faria sentir a verdadeira felicidade. Mas temos, repetidamente, expulsado Jesus de nossas vidas, sendo este o momento, decisivo para todos nós, de vincular-nos à proposta do Cristo, reabilitando-nos perante a nossa própria consciência para, enfim, vivermos em plenitude.


Nota do Autor:

As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Lucas Milagre.

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita