WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Especial Inglês Espanhol    

Ano 10 - N° 466 - 22 de Maio de 2016

GIOVANA CAMPOS 
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP 
(Brasil)

 
 

Vicente Pessoa Júnior

A microcefalia e algumas implicações espirituais

A epidemia do Zika vírus no Brasil está sendo relacionada ao estrondoso aumento dos casos de microcefalia no país. De acordo com o Ministério da Saúde, 2.401 casos já foram confirmados até o dia 12/12/2015 em 19 estados e no Distrito Federal, o que tem deixado toda a população em estado de alerta.

O Governo tem anunciado esforços no trabalho de investigação, monitoramento e combate ao surgimento de novos casos de microcefalia provocados pelo vírus, que é transmitido pelo Aedes aegypti – mosquito responsável também pela transmissão da dengue. No entanto, enquanto ainda não se chega a uma fórmula de imunidade ao vírus, o melhor remédio contra a contaminação ainda é a prevenção.  

Confira a entrevista com o infectologista Vicente Pessoa Júnior, vice-presidente da AME-Goiânia sobre estes casos que assolam o país: 

Qual a relação entre o Zika vírus e a microcefalia?
O fato é que informações dos serviços de vigilância epidemiológica mostram que em outubro de 2015 foi detectado um grande aumento no número de casos de microcefalia. A frequência dessa malformação passou de 5,5 casos em cada 100 mil crianças nascidas vivas para 99,7 em 100 mil. Um aumento de quase 20 vezes. Ao estudar as gestações de mães que tiveram filhos microcefálicos, foi possível perceber que muitas apresentaram um quadro de exantema (manchas avermelhadas) na pele durante a gestação. A disseminação do vírus zika e o aumento dos casos de microcefalia são fenômenos que estão acontecendo simultaneamente. Isso não quer dizer que um seja a causa do outro. Mas, então, por que se acredita que existe uma associação entre esses fenômenos? São duas as razões. A primeira é que, ao estudar as gestações de mães que tiveram filhos microcefálicos, foi possível perceber que muitas apresentaram um quadro de exantema (manchas avermelhadas) na pele durante a gestação, caracterizando uma infecção viral em que foram descartados os diagnósticos de dengue e chikungunya. Em três casos de gestantes cujo ultrassom mostrava que seus bebês tinham microcefalia ainda no útero, foi identificado o Zika vírus no líquido amniótico.  A segunda razão é geográfica, tanto o surgimento do vírus quanto os casos de microcefalia aconteceram na mesma região do País. Foi por essas razões que a OMS afirmou, corretamente, que existe uma associação entre os eventos.
 

Os sintomas relacionados a esse vírus são mais brandos que os relatados pela dengue ou mesmo a chikungunya, que também podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti que carrega este vírus. Por ser mais suave, é possível que a pessoa nem chegue a saber que teve a doença?

Cerca de 80% das pessoas que se infectam com o Zika vírus não apresentam qualquer sintoma. A doença passa despercebida nessas pessoas. Entretanto, mesmo assim, se for uma gestante, pode haver comprometimento fetal. Nas pessoas que não estão gestantes, a doença tende a ser mais branda que outras viroses exantemáticas.
 

Caso a grávida adquira o Zika vírus após o 1º trimestre de gestação, é possível eliminar o risco de microcefalia no feto? 

Ainda não há uma resposta segura para essa pergunta. Baseado no conhecimento sobre outras infecções virais na gestação, acredita-se que os casos infectados no primeiro trimestre tenham maior probabilidade de evoluírem com microcefalia. Mas nada garante ainda que a infecção no segundo ou terceiro trimestre da gestação seja segura. Outras viroses são capazes de causar alterações e malformações nos fetos nesses períodos da gestação, como surdez, alterações visuais, calcificações intracranianas e outras malformações. Nada impede que o Zika vírus também possa causar. Aprenderemos isso ao longo do tempo. 

Há um período de segurança para se engravidar após ter o diagnóstico de Zika vírus? 

O período de viremia (período em que o vírus circula no sangue antes de desaparecer ou ser eliminado) do Zika vírus dura em média cinco dias. Esse é o período crítico para o feto. Mesmo assim, ainda não há dados confiáveis e seguros para se dizer quanto tempo após a viremia é seguro engravidar. Teremos que esperar e aprender com o futuro estudo dessa nova doença. 

Como médico espírita, qual o seu olhar para esta geração de bebês que estão nascendo com microcefalia em todo o país? 

Durante um congresso recente, ouvi de um colega renomado a seguinte frase: "O Brasil terá a missão de contar ao mundo a história do Zika vírus". É muito difícil para todos nós especularmos sobre os desígnios divinos para um povo ou um país quando diante de algo assim. Acredito que não entendemos esses motivos. Por que há um tsunami na Ásia? Por que uma barragem se rompe em Minas Gerais? Por que um vulcão entra em erupção em algum lugar? Não sabemos! Conhecemos a lei de causa e efeito e a Justiça Divina e confiamos que, baseada nessas duas leis, alguma razão, alguma explicação deve existir. A partir daí, em minha opinião, toda e qualquer conclusão é precipitada e especulativa. Ao mesmo tempo, penso que o Criador proporciona os meios de lutarmos contra essas dificuldades, ajudando-nos uns aos outros e impulsionando a ciência adiante em benefício da humanidade. Assim é que temos ao nosso alcance a capacidade e a responsabilidade de cuidar dos criadouros do mosquito transmissor, diminuindo o número de casos e o sofrimento de nosso povo. É nossa obrigação.  

A propósito do assunto, a doutora Maria Carolina Porto (foto), médica pediatra e presidente da AME-Lagos-RJ, escreveu o texto abaixo: 
 

É importante cuidar e amar o Espírito que chega com o corpo físico debilitado


Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio das tribulações da existência corpórea, segue-se que a vida material seja uma espécie de crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição?

Sim, é exatamente isso. Eles se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem a finalidade para que tendem.” (O Livro dos Espíritos, questão 196.)

Passamos por um período de transição planetária; muitos Espíritos que chegam ao planeta estão desejosos por mudanças ou são impulsionados pela lei maior para a própria recuperação moral. Os que recebem o benefício de reencarnar em nosso país vivem com a liberdade da escolha religiosa, maior tolerância às diferenças e até com dificuldades sociais que possibilitam oportunidade do exercício da resignação, tolerância e opção pelo bem.

Nos últimos anos, vivenciamos alterações profundas nas leis brasileiras: a liberação do aborto para fetos com anencefalia, casos esporádicos de autorização de aborto a fetos com outras más formações e o acesso a métodos como a pílula do dia seguinte, amplamente liberada pelo Ministério da Saúde, que diminuem a possibilidade de que Espíritos comprometidos aqui renasçam e vivenciem suas expiações ou provas.

No livro Ação e Reação, ditado pelo Espírito André Luiz ao grande médium Chico Xavier, fomos informados que não somos vítimas de nós mesmos, tanto quanto todos somos beneficiários da Tolerância Divina a nos conceder infinitas oportunidades de correção e ressarcimento. Ao recebermos um reencarnante com deficiência mental-cerebral passaremos a ter um enfoque de lógica irretorquível, não espelhando castigo, mas sim, grande bênção.

Vemos essa epidemia de microcefalia que se associa a uma infecção prévia materna ao Zika vírus como uma forma de cumprir-se as Leis Divinas, possibilitando a essas famílias aprenderem a cuidar e amar o Espírito que chega com o corpo físico debilitado e necessitado de cuidados especiais e amor, permitindo ao Espírito a reparação junto às leis e à própria consciência como também que todos os cidadãos brasileiros aprendam a lutar por serviços dignos de saúde e direitos sociais para essa parcela significativa da população que precisará da atenção de todos nós.

Diante do exposto, é importante refletirmos um pouco sobre nossa existência e a de quem reencarna com essa grave restrição física e/ou intelectual, tendo a oportunidade de empregar todos os esforços para que a Lei da Reencarnação se faça de acordo com a vontade de Deus, mas sabendo que somente através dos nossos esforços morais conseguiremos vencer esse momento difícil pelo qual passamos.


 


 
Para expressar sua opinião a respeito desta matéria, preencha e envie o formulário abaixo.
Seu comentário poderá ser publicado na seção de cartas de uma de nossas futuras edições.
 
 

Nome:

E-mail:

Cidade e Estado:

Comentário:



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita