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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 463 - 1° de Maio de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 


Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 29)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. É verdade que a obsessão sutil é uma enfermidade que às vezes passa despercebida?

Sim. O envolvimento é com frequência tão sutil que ninguém consegue perceber. A essa ação nefasta se devem muitos distúrbios no comportamento terrestre e muitas quedas ante os compromissos morais e espirituais que deveriam ser realizados com mais elevada nobreza. Somente a constante vigilância da consciência reta constitui mecanismo de defesa contra essas surtidas do mundo espiritual inferior, ao lado do envolvimento nos compromissos íntimos, com a simplicidade do coração e da ação, e perseverança no cumprimento dos deveres. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.)

B. Por que, segundo os ensinos espíritas, o processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil?

O processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil porque, vencida uma etapa, outra se apresenta, de modo que são superadas as deficiências anteriores mediante conquistas novas. Aqueles que se mantêm na retaguarda e se acreditam incapacitados de prosseguir, só lentamente despertam para os valores nobres e os conquistam, alçando-se à plenitude que a todos nos aguarda. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.)

C. De que maneira a senhora Hildegarda decidiu combater em si a vaidade?  

Ciente de que a vaidade era o ponto vulnerável do seu caráter, ela adestrava-se no exercício da vera humildade executando atividades que lhe propiciassem maior entendimento do significado profundo da reencarnação. Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das enfermarias do Sanatório Esperança para autoeducar-se. No trato mais direto com a dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapidava assim as imperfeições morais e alargava os sentimentos da afetividade, para retornar ao Lar que planejara com excessivos cuidados em relação à forma e à aparência. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

Texto para leitura 

151. Obsessão sutil: enfermidade que grassa desordenadamente – Dialogando com Alberto, Miranda concluiu que a nobre Senhora se tornara vítima da interferência de mentes desencarnadas interessadas em manter a sombra na Terra e de impedir que os Espíritos afeiçoados à Verdade se desembaracem dos liames negativos a que se vincularam antes. Sutilmente, mas com firmeza, esses Espíritos enfermos movimentam-se nos mais significativos programas de dignificação humana, tentando enredar aqueles que se encontram envolvidos na sua realização, inspirando pensamentos equivocados, mas com aparência de elevação. Induzem-nos a práticas exóticas, como destaque no grupo onde mourejam, à usança de indumentárias com esta ou aquela tonalidade, dando um toque de pureza externa aos seus atos, sem a correspondente pulcritude interna, enquanto lhes insuflam a vaidade desmedida, atraindo-os para posturas não condizentes com a atividade que realizam... O fato é que a obsessão sutil é enfermidade que grassa desordenadamente entre as criaturas humanas passando quase despercebida. A sua ação nefasta se devem muitos distúrbios no comportamento terrestre e muitas quedas ante os compromissos morais e espirituais que deveriam ser realizados com mais elevada nobreza. Somente a constante vigilância da consciência reta constitui mecanismo de defesa contra essas surtidas do mundo espiritual inferior, ao lado do envolvimento nos compromissos íntimos com a simplicidade do coração e da ação, perseverando-se nos deveres, sem qualquer extravagância até o momento da libertação carnal. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.) 

152. O processo de crescimento espiritual não é fácil – A um observador inexperiente pareceria que as forças identificadas como sendo o Mal conseguem operar livremente em toda parte, sem que haja controle superior limitando o seu campo de ação. No entanto, a realidade é bem diversa; isto porque esses Espíritos que se creem poderosos na preservação dos objetivos vis, estão apenas doentes, necessitados de amor e de misericórdia que nunca lhes faltarão. A sua permanência nesses objetivos é de breve duração, porque serão atraídos para a Grande Luz, e se libertarão no momento próprio dos impositivos inferiores a que se afervoram momentaneamente. O processo de crescimento espiritual, porém, nem sempre é fácil, porquanto vencida uma etapa outra se apresenta, de modo que são superadas as deficiências anteriores mediante conquistas novas. Aqueles que se mantêm na retaguarda e se acreditam incapacitados de prosseguir, só lentamente despertam para os valores nobres e os conquistam, alçando-se à plenitude que a todos nos aguarda. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.) 

153. Como combater a vaidade – A entrevista proveitosa com a nobre senhora Hildegarda ensejou a Miranda reflexões complexas em torno das oportunidades de iluminação de que dispomos durante a existência carnal e das situações que nos conduzem aos desvios, aos insucessos. Impressionado com a tranquilidade e confiança que dela se irradiavam naquela noite, Miranda perguntou ao Dr. Inácio: “Quais as perspectivas que se desenham para esse Espírito que, integrado no programa do Bem, considera-se, no entanto, em débito para com o dever não cumprido, e de que aparentemente não é responsável?” O Diretor, conhecendo a experiência da Senhora, respondeu: “O caro Miranda sabe que as Leis Divinas, inscritas na consciência de cada ser, estabelecem as diretrizes da felicidade ou da necessidade de reparação do erro conforme a pauta de valores vivenciados durante a oportunidade existencial. Nossa gentil irmã, despertando para a consciência responsável, deu-se conta da mais grave imperfeição que lhe dificultou a execução da tarefa, e sem permitir-se autocompaixão ou remorso desnecessário, trabalha com afã e com diferentes propósitos dos experienciados anteriormente, anelando por granjear méritos para retornar oportunamente ao palco terrestre, a fim de realizar o mister que a desencarnação lhe interrompera. Sendo-lhe a vaidade, a excessiva autoconfiança, o ponto vulnerável do seu caráter, adestra-se, neste momento, no exercício da vera humildade, executando atividades que lhe propiciem maior entendimento do significado profundo da reencarnação. Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das nossas enfermarias para autoeducar-se. No trato mais direto com a dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapida as imperfeições morais e alarga os sentimentos da afetividade, para retornar ao Lar que planejou com excessivos cuidados em relação à forma, à aparência, vivendo-lhe a essência dos objetivos e da realização da caridade sem jaça”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

154. A Lei é sempre de amor, jamais de punição – O Orientador calou-se por um pouco e, de imediato, alongou-se: ”Tenho conhecimento que a dedicada senhora Hildegarda requereu às Entidades Superiores a oportunidade de reencarnar-se em região de muita pobreza, na cidade onde levantou a Instituição dedicada à caridade, a fim de ser recolhida em plena orfandade, naquele mesmo ninho, de modo que, ao alcançar a idade adulta, afeiçoada e reconhecida pelo domicílio que a favoreceu, possa dedicar-se ao prosseguimento da tarefa, lá mesmo, em benefício de algumas gerações de necessitados que virão para os seus braços. Verificamos, dessa forma, que o compromisso não realizado é transferido de ocasião, mas nunca deixado de ser executado. Face aos esforços envidados para a vivência da fé racional que abraçou, à solidariedade bem vivenciada na Associação que frequentava, a conduta moral saudável e severamente mantida, conquistou méritos que a tornam um exemplo de vida espiritual enobrecida. A deficiência que lhe dificultou a execução plena do programa que deveria realizar, é problema íntimo, que ela está procurando ultrapassar. A Lei é sempre de amor, nunca de punição, no sentido castrador e perverso. Jamais faltam ensejos de iluminação para quem deseja realmente a palma da vitória, bastando-lhe não olhar para trás, mas prosseguir com devotamento, utilizando-se de todas as oportunidades para tornar-se melhor. Por isso mesmo, o grande desempenho é sempre de natureza interna, nas paisagens dos sentimentos onde ninguém passeia para os observar, exceto o próprio indivíduo”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

155. Pacientes com transtornos psíquicos – Depois da conversa com Dr. Inácio, Miranda e Alberto foram visitar as enfermarias reservadas aos pacientes portadores de transtornos psíquicos. Ali, os enfermos mais agitados permaneciam em ambientes restritos, enquanto os outros, em processo de recuperação, desfrutavam da convivência geral com diversos companheiros, a fim de readquirirem a autoconfiança e a sociabilização. Um deles chamava-se Gustavo Ribeiro, que fora recolhido naquela Clínica após dois anos da desencarnação, quando recambiado do lar e da família a que se fixava em terrível perturbação psíquica. Sob tratamento especializado, havia mais de seis meses, ela se reajustava e readquiria, mui lentamente, o equilíbrio da consciência. Quando Alberto e Miranda adentraram seu apartamento, ele se encontrava sob a carinhosa vigilância de dois enfermeiros, que os saudaram jovialmente. Gustavo, com aproximadamente cinquenta e cinco anos, com as cãs embranquecidas e acentuado desgaste orgânico de que fora vítima na Terra, tinha a fácies desfigurada e macilenta. O olhar desvairado fitava um ponto vago, enquanto se agitava com regularidade, bracejando no ar e chorando copiosamente. Os dedicados assistentes acalmavam-no com palavras repassadas de carinho e de lucidez, auxiliando-o a retornar à postura anterior. Observando-o com cuidado, Miranda não detectou vinculação direta com qualquer Entidade perversa, que fosse responsável pelo seu desequilíbrio, o que o surpreendeu, sobremaneira. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

156. O caso Gustavo Ribeiro – Dr. Inácio explicou o que ocorria: “Não se trata de perturbação obsessiva, mas de transtorno mental, ocasionado pela rebeldia e insensatez do próprio paciente. O nosso caro Gustavo é o protótipo do indivíduo que, da Vida, somente se atribui méritos, tomado sempre de altas doses de presunção e rico de cultura vazia. Atraído ao Espiritismo, faz mais de vinte anos, quando contava pouco mais de trinta e cinco janeiros, portador então de delicado problema de saúde, pareceu descobrir as respostas para os enigmas teológicos e existenciais que o aturdiam. Advogado de profissão, com família constituída, abraçou as ideias novas com o entusiasmo que resultava também da recuperação da saúde. Beneficiado pela fluidoterapia, enquanto recebia conveniente ajuda médica, seus mentores trabalharam com afinco para auxiliá-lo na liberação de altas cargas de energia deletéria que absorvia dos inimigos desencarnados, que o perseguiam com crueldade e pertinácia. Havia, portanto, no seu problema orgânico significativa contribuição espiritual negativa, que o ameaçava no transcurso dos dias. Lentamente, graças aos recursos combinados da Ciência médica e do auxílio espiritual, o amigo recompôs o quadro da saúde, tornando-se um entusiasta simpatizante do Espiritismo. Possuidor de temperamento forte e autoritário, logo começou a discordar da administração da Entidade, apresentando sugestões descabidas e referindo-se desagradavelmente, com a arrogância que lhe era habitual, a algumas atividades que ali se desenvolviam”. São comuns nos comportamentos humanos atitudes dessa natureza. Acrescentou, então, o Diretor: “Os indivíduos são atraídos a qualquer tipo de realização, e, sem estrutura nem experiência, imaturos e um tanto irresponsáveis, começam a atirar petardos destruidores em todas as direções, acreditando-se detentores do conhecimento pleno, que pode ser muito expressivo na teoria mas inoperante na prática”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) (Continua no próximo número.)



 


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