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Brasil
Ano 10 - N° 463 - 1° de Maio de 2016
MARIA RACHEL COELHO PEREIRA
justicaecidadania@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 


 

Divaldo Franco: “Nunca nos arrependeremos do bem que fizermos”

Divaldo Franco foi o destaque do 12º Seminário Beneficente do MAP – Movimento de Amor ao Próximo, realizado na Casa de Espetáculos Metropolitan, no Rio de Janeiro

 
No dia 17 de abril último realizou-se o 12º Seminário Beneficente do MAP – Movimento de Amor ao Próximo, que teve por local a Casa de Espetáculos Metropolitan, no Rio de Janeiro, com presença de um público de mais de 4.300 pessoas, além dos que acompanharam o evento pela TV FEB e pela Rádio Rio de Janeiro.

O Seminário também teve uma especial importância porque deu início às comemorações do centenário do nosso irmão Dr. Jorge Andréa. Foi anunciado um grande Encontro no dia 13 de agosto do corrente ano com o CEJA-Barra, quando se fará oficialmente a comemoração desses 100 anos e o lançamento do livro “O Outro Lado da Matéria” desse grande cientista e pioneiro da Medicina do futuro.

No início do Seminário foi transmitido um vídeo em homenagem aos irmãos recém-desencarnados Jorge Viana e Heráclito.

Com o tema: “Conquista da Imortalidade”, o médium e orador Divaldo Pereira Franco abriu o Seminário, dividido em dois módulos. 

Referindo-se ao professor e doutor Harry Price, de Oxford, que estabeleceu a Parapsicologia como sendo a maior obra de pesquisa da humanidade, pela audácia de penetrar nos escaninhos da vida transcendental, um dos mais notáveis pesquisadores na área dos fenômenos parapsíquicos, a humanidade estava saindo inevitavelmente das doutrinas mais avançadas para aquela que diz respeito ao ser verdadeiramente integral. “Poderíamos dizer que o ser contemporâneo está saindo da astronáutica para a psiconáutica, através do nosso pensamento, na fonte geradora diretriz da vida, que é o cérebro, o grande decodificador”, afirmou Divaldo. 

A morte mata a vida? 

Ele recordou, então, que desde os tempos mais remotos a criatura humana se pergunta: A morte mata a vida? Num período remoto, quando a vida se apresentava apenas no seu aspecto biológico e a criatura humana vivia em razão dos três instintos básicos: comer, dormir e procriar, até passarmos pelo nascimento da emoção e o medo que acercou o cérebro humano, para estabelecer os paradigmas da melhor maneira de viver, a interrogação procurava uma resposta que ainda não se adequava à realidade. E hoje, graças às doutrinas mais avançadas das neurociências vamos constatar que o ser humano é, por natureza, imortal.

Divaldo lembrou que a Organização Mundial de Saúde, que definia a saúde como estado de bem-estar fisiológico, emocional e mental, acrescentou a esse conceito o bem-estar espiritual. Ao mesmo tempo, faz dois anos, a Academia de Psiquiatria dos EUA, fazendo uma revisão no Código das doenças internacionalmente reconhecidas, constatou que o transe, até então considerado de natureza patológica, na esquizofrenia, na epilepsia e em outros estados traumáticos, merece hoje estudos apurados da ciência, porque a vida não se restringe à massa cerebral.

O mesmo Dr. Price estabeleceu que a matéria não é tudo. Que muito do que nós constatamos não é de natureza material e que a maioria das coisas em que nós acreditamos não é visível. Desta forma, existe um grande enigma entre a apresentação material e a realidade transcendente do ser.  

Creso e o primeiro fato paranormal da história 

Divaldo citou, então, o pensamento do notável filósofo latino Cícero: “A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”, o que levaria, dezessete séculos depois, o notável cientista Lord Bacon a afirmar que uma filosofia superficial leva a mente humana ao materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana à verdadeira religião.

Elucidando diversos fatos mediúnicos ocorridos na História, Divaldo demonstrou que em todas as épocas da humanidade os Espíritos se comunicaram com os que se encontravam reencarnados. Recorrendo a Heródoto de Halicarnasso, narrou a primeira pesquisa parapsicológica a respeito da imortalidade da alma, no século VII a.C. na Lídia, país que hoje corresponde à Turquia. O homem mais rico do mundo, Creso, teve a ideia de reunir os embaixadores no palácio e mandá-los a diferentes países para que entrassem nos templos, adquirissem intimidade com os sacerdotes e dentro de 100 dias, a partir da data da saída de Sardes, consultassem os deuses. A consulta tinha por fim saber se aqueles deuses eram autênticos ou não e tinha por base uma prática exótica realizada por Creso, impossível de se adivinhar. Os embaixadores foram voltando e narrando ao rei as respostas dos deuses. Somente os que voltaram do Templo de Delfos lograram obter dos deuses a resposta certa, coincidindo com o que fez o rei. Esse foi o primeiro fato paranormal da história. 

Divaldo, continuando a discorrer sobre a mediunidade, descreveu o assassinato do Imperador Tito Lívio Domiciano, em Roma, e o desencarne de Dante Alighieri, em 1321. Apresentou um pequeno histórico sobre fatos mediúnicos ocorridos com relação à obra “A Divina Comédia”. 

O sonho profético de Lincoln 

Outra ocorrência mediúnica destacada pelo emérito orador foi a previsão do Papa Pio V no dia 5 de outubro de 1571 sobre a Batalha de Lepanto, considerada a mais notável batalha de toda a humanidade até a 1ª Guerra Mundial.

Se a causa é boa, o efeito é edificante, mas aquilo que fez o Papa Pio V gerou um carma do Ocidente em relação ao Oriente. Roma entra em festa e só chegam notícias da vitória, vinte dias depois. A Batalha de Lepanto ocorreu no porto de Corinto, na Grécia, e o papa estava em Roma. A Igreja Católica Apostólica Romana é que nos deu notícia do fato, demonstrando com ele a imortalidade da alma e a paranormalidade da criatura humana.

Em setembro de 1756, Emanuel Swedenborg, cientista sueco, vê um incêndio devorando Estocolmo e as multidões desesperadas gritando em chamas. E ele estava na cidade de Gotemburgo, distante de Estocolmo 508 km. O fato foi confirmado dois dias depois, quando a notícia chegou pelos correios. A partir desse e outros fatos de natureza transcendental, Swedenborg transforma-se em clarividente e fundou uma religião, a Nova Jerusalém.

Divaldo lembra, ainda, que o Presidente americano Abraham Lincoln teve um sonho sobre sua própria morte. E mencionou também a visão que teve o cardeal Eugênio Pacelli do Papa Pio X, que lhe disse: Venho em nome de Deus dizer-lhe que você vai ser papa dentro de alguns dias. 

A dor é a bênção que Deus reserva aos seus eleitos 

Divaldo passou, na sequência, a analisar a importância das crises e da dor, necessárias para as grandes transformações, para que sobre elas se edifiquem novos prédios de esperanças. Recordou-se dos danos que seu pai sofreu da grande crise de Wall Street, de 1929. Seu era exportador da folha de tabaco e, vítima da crise de Nova York, de uma hora para outra foi quase reduzido à miséria, gerando, porém, uma família de lutadores: ”Aqui estou há 88 anos, lutando, porque a luta fortalece! O coqueiro que não quer ser arrancado pela ventania, dobra-se, a ventania passa e ele recupera a postura! É necessário sabermos dobrar-nos para permanecermos vivos!”

Concluindo o 1º módulo do Seminário, Divaldo destacou que no dia 18 de abril de 1857 nasceu a nova aurora do mundo novo, graças aos esforços de Allan Kardec, cientista emérito, porque realizou experiências com aproximadamente mais de mil médiuns, que não dispunham de wattsapp, telefone celular, nenhum meio de comunicação.

Nascia assim a Filosofia Espírita, que vai além da parapsicologia, que não tem uma filosofia de comportamento ético. A Filosofia Espírita diz: ao analisarmos o fato e constatarmos a origem, nós temos uma consequência filosófica, ética e moral do que é a vida. Qual é o seu sentido? Por que estamos aqui?

Como escreveu o notável Dostoievski, na sua obra “O Idiota”, “A beleza salvará o mundo!” Então Allan Kardec trouxe a beleza para o mundo colocando esta mensagem n´O Evangelho segundo o Espiritismo: A dor é a bênção que Deus reserva aos seus eleitos! Temos que agradecer as dores, as noites não dormidas, a incompreensão, o desgaste material do dia a dia, porque viver é desgastar o combustível, é gastar esse fluido cósmico que nos dá beleza e, sem qualquer masoquismo, nos faz feliz na dor! 

Nossa meta é a imortalidade 

Divaldo terminou sua fala contando ao público que semana passada estava aplicando um passe numa senhora portadora de neoplasia maligna com metástase e ela chorava de dor, quando lhe apareceu o filho desencarnado, pedindo-lhe: “Fale para mamãe que seja feliz agora sem os cravos da cruz, os cravos da cruz pertenceram a Jesus por nós e nós vamos nos encontrar”. Divaldo lhe disse: “A senhora chorou tanto pelo filho que viajou, e agora que ele a espera com um ramalhete de flores, por que os cravos da cruz? Retire-os. E parta, alegre, pois que ele está aqui esperando pela senhora. Seja feliz!” E ela desencarnou, ele lhe estendeu as mãos e feliz ela foi com o filho.

“Não deixemos que os cravos da cruz, as recordações negativas, perturbem a beleza da nossa dor. Que soframos integralmente, que nos alegremos integralmente, que tenhamos altivez de viver integralmente, porque é nisso que consiste a vida”, asseverou Divaldo. A dor é um fenômeno de desgaste. O mal que fizemos a outrem, a nós próprios nos fizemos. E esse mal está vivo em nós como culpa que nos faz reencarnar com timidez, melancolia, transtorno do pânico que são os mecanismos expurgatórios. Quem de nós ignora que a Lei é de amor? Então, para que o ressentimento? Para que valorizar quem não nos quer bem? Nós nascemos para sermos felizes, então a proposta do Espiritismo é a proposta do Cristianismo primitivo, a volta do Homem de Nazaré, esse homem extraordinário que dividiu a história. A nossa meta não é ganhar dinheiro; isso é um meio de chegar à nossa meta. A nossa meta é a imortalidade. Aqueles que nos anteciparam voltam, vêm ter conosco, esperam-nos, choram com nossas lágrimas, sorriem com o nosso bem-estar e, acima de tudo, interferem junto a Deus para que a plenitude tome conta de nossas vidas.

O ponto de Deus no cérebro

Na segunda parte do Seminário, o Semeador de Estrelas iniciou mencionando as experiências do Dr. Michael Persinger com tomografias computadorizadas, emissões de ondas eletromagnéticas, de pósitrons, nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido “visões” e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger descobriu a existência de peculiar luminosidade, de um ponto de luz, no interior do cérebro. O investigador resolveu, então, convidar o Dr. Vilayanur Ramachandran, pesquisador indiano, radicado nos EUA, para fazer suas experiências visando confirmar e ampliar o conhecimento até aquele momento sobre o ponto luminoso. Constatou o Dr. Ramachandran que ao pronunciar a frase "Oh, my God", no idioma que fosse, aquele ponto luminoso fazia-se mais expressivo. Existe no cérebro humano, numa área próxima à glândula pineal, uma certa luminosidade que oscila. Ele deu, então, a essa área o nome de “O ponto de Deus” ou “O ponto de luz no cérebro”.

Nesse momento do Seminário, Divaldo convida a todos a sonhar e menciona momentos emocionantes da vida de Francisco de Assis, destacando sua abnegação, seu amor ao próximo e à natureza, sua autoiluminação, suas dores. Francisco comoveu o mundo com palavras simples: “Senhor, faze de mim um instrumento da tua paz...” e mudou os séculos XII e XIII e a humanidade até hoje.

Ao falar da Úmbria, Divaldo fez a ternura tomar todo o auditório: ”Oh, irmãs aves, não vedes que estou falando sobre Jesus...” E diz a tradição que as aves se calaram...  

O reino de Deus está dentro de nós 

Ao final do Seminário, o palestrante discorreu sobre a busca do estado numinoso, que Jesus colocou de outra forma: “O reino de Deus está dentro de vós!” A solução do problema está dentro e não fora e não adianta fugir, mas amarmos, abrir-nos, vivermos intensamente, mesmo diante da dor. Desenvolvermos o Cristo interno.

Abordando a empatia, sugeriu-nos que devemos realizar o bem ao próximo. Nós, cristãos, que sabemos da imortalidade da alma, devemos buscar e enxergar nossos irmãos invisíveis, aqueles que são desconsiderados e marginalizados pelos outros, para os tornarmos socialmente visíveis e dignificados. Devemos cuidar dos doentes e dos convalescentes. E a imortalidade da alma nos convida a todos a vivermos este mundo novo, de uma nova Úmbria, da solidariedade, do respeito humano e do amor. É por isso que a Doutrina Espírita é uma religião, porque religa a criatura ao Criador de quem está momentaneamente afastada. Não precisamos abandonar nossos postos para amarmos uns aos outros sempre e em qualquer circunstância. Nunca nos arrependeremos do bem que fizermos, mas nos arrependeremos do bem que deixarmos de fazer e que não nos custa fazer.

Chegava ao fim o Seminário. Após recitar o Poema da Gratidão, Divaldo Franco foi ovacionado de pé pelo público presente. 


Nota da Autora:
 

As fotos desta reportagem foram feitas por Luismar Ornelas de Lima.

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita