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Ano 10 - N° 463 - 1° de Maio de 2016

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA (Brasil)

 

 
Cláudia Majdalani: 

“Os centros espíritas estão recebendo uma demanda grande e necessitam estar preparados para esse público”

Natural da capital da Bahia, onde reside, a jovem palestrante fala de suas atividades na seara espírita e sobre literatura espírita
 

Cláudia Majdalani (foto) nasceu há 49 anos na cidade de Salvador e na capital baiana reside até os dias atuais. Graduada em Administração de Empresas, mãe, avó e profissional – trabalha na livraria espírita da COBEM – Casa de Oração Bezerra de Menezes e no Centro Espírita Estrela da Seara, e ainda encontra tempo para dedicar-se a

diversas atividades na seara espírita, como palestrante, passista e coordenadora de cursos. Foi para falar de suas atividades na seara espírita e também sobre literatura espírita que Cláudia gentilmente concedeu-nos a entrevista que segue: 

Como conheceu o Espiritismo? 

A doutrina chegou a mim pelo caminho da dor há 15 anos, quando fui ao centro chamado Pronto Socorro Maria Angélica, em Dias d'Ávila (BA), com sério problema de coluna. Entrei como paciente e saí como trabalhadora do Cristo. Encantei-me com a sensação que senti e esse encantamento provocou uma sede de saber que até hoje não saciei; quanto mais leio, menos sei; quanto mais trabalho, tenho a sensação de que nada faço, mesmo tendo em mim a certeza de que estou melhor hoje do que ontem. 

Você desenvolve muitos trabalhos na seara espírita, como passista, palestrante e coordenadora de cursos. Qual dessas atividades mais lhe agrada? 

Embora as três funções me tragam aprendizado e prazer, é no grupo de estudos que aprimoro os meus conhecimentos e descubro, nas explanações e nos debates sadios, o enriquecimento do saber e o fortalecimento das amizades. Logo, na sala de aula obtenho experiências indescritíveis. 

Sua atividade profissional também está ligada ao Espiritismo, pois você trabalha na livraria da Casa de Oração Bezerra de Menezes. Isso auxilia em seu trabalho no centro?  

Com certeza, auxilia e muito. Ao lidar com o público tenho a oportunidade de exemplificar o que aprendemos na literatura espírita. As pessoas que frequentam a nossa livraria, embora tenham objetivos similares, que é o de “instruírem-se”, tem a questão da diversificação do motivo que as levaram a esse objetivo. Umas vieram pela dor, muitas vezes estampada em lágrimas correntes, outras disfarçadas sob olhos tristes e sorriso acanhado (a sensibilidade do passista ajuda muito nesses momentos), outros pela curiosidade e, na sua grande maioria, pelo desejo de mais saber (função de oradora auxilia neste caso). Apresentando o nosso estoque literário, reforço o que já li e muitas vezes desperto a pessoa para argumentos ainda não elaborados de um determinado tema. 

A livraria espírita costuma receber apenas leitores espíritas, ou simpatizantes também comparecem para conferir as obras?  

A maioria do nosso público é espírita, mas recebemos muitos simpatizantes e iniciantes na doutrina. Os livros que indico para os iniciantes são: O Evangelho segundo o Espiritismo (Allan Kardec), O Livro dos Espíritos (Allan Kardec), Jesus no Lar (Neio Lúcio-Chico Xavier). Para aqueles que são acostumados a romance indico os livros de Emmanuel-Chico Xavier: Há 2.000 anos, Cinquenta anos depois, Ave Cristo, Renúncia e Paulo e Estêvão.

Quando percebo que o leitor deseja realmente estudar a doutrina, indico os livros de André Luiz-Chico Xavier. Agora, para aqueles que já são detentores de conhecimento doutrinário,  identifico qual a área que eles desejam, se filosófico, científico ou emocional. 

A propósito disso, quais as suas obras prediletas? 

Boa Nova (Humberto de Campos-Chico Xavier), Missionários da Luz (André Luiz-Chico Xavier), Paulo e Estêvão (Emmanuel-Chico Xavier), Jesus no Lar (Neio Lucio-Chico Xavier),

Constelação Familiar (Joanna de Ângelis-Divaldo Franco) e O problema do ser, do destino e da dor (Léon Denis), que é meu livro de cabeceira. 

Você tem visto muita gente como você, que conheceu o Espiritismo pela dor e que, ao entrar em contato com a mensagem de Jesus, transformou-se em trabalhador? 

Sim. Tenho presenciado algumas transformações, mas não tanto quanto gostaria e quanto as Casas necessitam. Quando nossas lágrimas secam, geralmente achamos que o nosso cotidiano é mais importante que o servir. 

Qual a sua visão do movimento espírita de Salvador? 

Não me sinto apta a falar do macro, pois ainda me situo no micro, e as atividades que exerço não permitem meu aprofundamento nas questões gerais da doutrina, em virtude da carga horária. O que percebo é que há uma movimentação intensa para unificação da doutrina, objetivo de Bezerra de Menezes. A Federação Espírita do Estado da Bahia promove congresso, seminários, cursos e encontros com a finalidade de divulgar e qualificar os adeptos desta doutrina.

Os centros espíritas estão recebendo uma demanda grande e necessitam estar preparados para esse público. A dificuldade encontrada talvez seja a falta de conscientização dos trabalhadores para despertar para o aprimoramento no desempenho das funções que exercem. 

Como pessoa formada em Administração de Empresas, você tem alguma sugestão ou alguma ideia que considera interessante passar aos dirigentes espíritas no que concerne à administração do centro espírita? 

Gosto muito do termo usado em Administração chamado benchmarking, que consiste em aprender com outros e aplicar apenas o que lhe cabe. Para isso, é importante visitar outros centros com a proposta de colher informações e trocar experiências visando melhorar o andamento dos processos que envolvem o centro.

A sucessão de cargos dentro do centro deveria ser algo pensado para longo prazo, com o intuito de preparar a nova direção de forma prudente, para que não haja uma disputa acirrada de poder.

É importante nesse sentido observar as qualificações de cada indivíduo para aproveitar suas habilidades nas funções específicas.  

Uma das dificuldades que alguns centros espíritas enfrentam é a escassez de voluntários.  Qual sua opinião sobre isso? 

Diversos fatores contribuem para isso. O mais fácil seria dizer que as pessoas são imediatistas (e o são), mas acredito que o fato ocorre em virtude do apego de alguns trabalhadores aos seus postos, os quais não se mostram receptivos com os novatos. Outra questão é que muitos buscam o lado do fenômeno na doutrina e só desejam trabalhar nessa área, mesmo sem ter conhecimento algum e sem se preparar para isso.

Outra coisa que acredito que afasta possíveis colaboradores é eles perceberem a carga horária extensa e com isso pensar que com eles será da mesma forma, ideia que os assusta, ignorando que, se mais trabalhadores chegarem, essa carga horária diminui e quem ganha somos todos nós, trabalhadores da seara espírita. 

Suas palavras finais. 

Sou uma pessoa em busca constante do saber. A espiritualidade me concedeu um trabalho com o qual levo para a mesa o alimento do corpo e adquiro conhecimento para alimentar o espírito. A cada atividade que exerço percebo quanto somos regidos por leis que favorecem o nosso crescimento. Tenho necessidade de aprender amorosidade para retribuir ao Universo o que tem feito por mim e gostaria de ter o poder especial de internalizar nas pessoas as palavras de Jesus: "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas necessidades vos serão dadas por acréscimo". Ler um livro que lhe traga um conhecimento doutrinário é, também, uma busca pelo Reino de Deus.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita