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Joias da poesia contemporânea
Ano 10 - N° 462 - 24 de Abril de 2016

 
 


A lenda da rosa

Maria Dolores

 

Dizem que quando a Terra começava

A ser habitação de forças vivas,

Nas telas primitivas,

Tudo passara a ser agitação de festa;

As cidades nasciam

Em singelas aldeias na floresta...

A beleza imperava,

O verde resplendia,

Toda a vegetação se espalhava e crescia,

Dando refúgio e proteção

Aos animais,

Do mais fraco ao mais forte...

O progresso ganhava as marcas de alto porte.

 

No campo, as plantas todas

Respiravam felizes,

Da folhagem no vento à calma das raízes;

Era um mundo de belos resplendores,

Adornado de flores,

Com uma estranha exceção.

Tão somente, o espinheiro

Era triste e sozinho,

Uma espécie de monstro no caminho,

De que ninguém se aproximava,

Todo feito de pontas agressivas,

Recordando punhais de traiçoeiro corte,

Que anunciavam dor e feridas de morte.

 

De tanto padecer desprezo e solidão,

Um dia o espinheiral

Fitou o Azul Imenso e disse em oração:

- Senhor, que fiz de mal

Para ser espancado e escarnecido?

Todos me evitam cautelosamente

Como se eu não devesse haver nascido...

Compadece-te, oh! Pai, da penúria que trago,

Terei culpa das garras que me deste?

Acendes astros mil para a noite celeste,

Vestes a madrugada em mantilhas vermelhas,

Dás lã para as ovelhas,

Inteligência aos cães, cântico às neves,

Estendeste no chão a bondade das fontes

Que deslizam suaves

Na força universal com que desdobras,

A amplitude sem-fim dos horizontes,

Em cujo místico esplendor

Falas de majestade, paz e amor...

Não me abandones, Pai, às pedras dos caminhos,

Se posso, não desejo

Oferecer somente espinhos...

Quero servir-te à obra, aspiro a ser perfume,

Inspiração e cor, harmonia e beleza,

Para falar de ti nas leis da Natureza.

 

Dizem que Deus ouviu a inesperada prece

E notando a humildade e a contrição do espinheiral,

Mandou que, à noite, o orvalho lhe trouxesse

Um prodígio imortal.

Na seguinte manhã, logo após a alvorada,

Por entre exalações maravilhosas,

O homem descobriu, de alma encantada,

Que Deus para mostrar-se o Pai e o Companheiro,

Atendendo a oração pusera no espinheiro

A primeira das rosas.

 

 

Do livro Maria Dolores, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita