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Editorial Inglês Espanhol    
Ano 10 - N° 462 - 24 de Abril de 2016
 
 

 
 

A função psicoterápica
das palestras


Dois dos principais destaques da presente edição focalizam temas bastante frequentes nas atividades de uma Casa Espírita – a música elevada e a palestra bem conduzida. Ninguém nas lides espíritas ignora, certamente, a importância de uma e de outra.

A respeito da palestra e das atividades doutrinárias em geral, a advertência feita pelo confrade Marcelo Teixeira no Especial “Onomatopeias incômodas” deveria merecer a atenção de todos nós que prezamos pela boa prática espírita.

Realmente, como diz o confrade, não cabem na atividade doutrinária ou artística os buás, glá-glá-glás, cof-cofs, ti-ti-tis e trim-trins: é onomatopeia demais atrapalhando a tarefa.

Diferentemente da boa música, sempre importante na preparação da atividade espírita, os ruídos e a conversações paralelas não concorrem para a harmonia necessária à realização do trabalho.

Sempre que a palestra é o foco de nossa reflexão, lembramo-nos de dois fatos anotados por Manoel Philomeno de Miranda a respeito do que significa uma palestra e qual é, em verdade, sua importância.

Em primeiro lugar, focalizemos a chamada palestra privativa, essa que cultivamos em casa ou nos grupos de que participamos.

Segundo o autor do livro Grilhões Partidos, cap. 18, finda a sessão mediúnica, Dr. Bezerra de Menezes e outros Espíritos acompanhavam a conversa entre os participantes da reunião. Reportando-se ao fato, Manoel Philomeno, após destacar a importância da palestra sadia em torno da reunião, observou que, no sentido oposto, a conversação vulgar, o comentário ácido, os apontamentos irrelevantes perturbam a psicosfera em que as entidades em tratamento se demoram, permitindo a quebra das defesas especiais e a invasão dos Espíritos infelizes a cuja convivência mental os membros do grupo se acostumaram, dando prosseguimento às inditosas obsessões de que não desejam libertar-se.

O término da reunião de desobsessão – observou o autor espiritual – não encerra os serviços de socorro e enfermagem espiritual. Por isso, é conveniente que os lidadores encarnados cuidem da preservação psíquica superior do recinto, quanto da própria, demorando-se em reflexões e conotações sadias, aplicando em si mesmos as lições ouvidas.

Vejamos agora uma faceta geralmente ignorada quando tratamos das chamadas palestras públicas, nas quais o silêncio, a harmonia e a atenção são fatores indispensáveis, como observou Marcelo Teixeira no Especial publicado nesta mesma edição, ao qual nos reportamos no início deste texto.

No livro Trilhas da Libertação, no capítulo “Sexo e Responsabilidade”, Manoel Philomeno de Miranda, referindo-se ao que se verifica normalmente em uma palestra pública, atividade bastante comum nos Centros Espíritas, notou que naquela noite o Mentor havia convidado para a palestra expressivo número de trabalhadores desencarnados, lúcidos e joviais, que cooperavam com o Grupo, durante as explanações públicas, esclarecendo as companhias espirituais infelizes dos encarnados, afastando as mais rebeldes e encaminhando aquelas que se encontravam predispostas à renovação.

Tanto a palestra como o estudo – informa o autor espiritual – funcionavam na condição de psicoterapia coletiva para os indivíduos e os Espíritos. Em razão de os encarnados raramente manterem sintonia elevada e interesse superior por muito tempo, eles se utilizavam da palavra do expositor para centralizar-lhes a atenção e fazê-los concentrar-se. Agiam então com dedicação e, ao término, ainda sob a psicosfera saudável, realizavam algumas cirurgias perispirituais, separando mentes parasitas dos seus hospedeiros, refundindo o ânimo nos lutadores, apoiando as intenções saudáveis dos que despertavam, auxiliando, enfim, em todas as direções, mediante os recursos terapêuticos dos passes.

À vista disso, cientes da importância transcendental de uma atividade que alguns consideram rotineira e sem valia, cabe-nos valorizar as palestras espíritas e, caso sejamos impotentes para dar a elas o nosso contributo, que pelo menos não as atrapalhemos com a desatenção, a falta de respeito e os ruídos tão bem lembrados por Marcelo Teixeira no seu artigo. 


Nota da Redação: 

Eis o link que remete ao artigo de Marcelo Teixeira, intitulado “Onomatopeias incômodas”: http://www.oconsolador.com.br/ano10/462/especial.html



 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita