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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 461 - 17 de Abril de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 



Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 27)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. A situação de Agenor, um dos pacientes da ala dos sonâmbulos, foi agravada pelo seu comportamento sexual irresponsável?

Sim. Segundo Dr. Inácio, as perturbações do sexo insaciável conduziram Agenor ao desrespeito pelo santuário genésico, corrompendo diversas pacientes que lhe buscavam o apoio terapêutico, porquanto fora médico. Com avidez incomum para amealhar moedas e açodado no comportamento sexual pela mente transtornada, seduzia as pacientes que o buscavam aflitas, mantendo conúbios infelizes sob a justificativa de que, através desse relacionamento, se lhes tornava mais fácil a recuperação da saúde. Hábil na conversação, e sedutor, iludiu algumas mulheres que lhe caíram nas teias ardilosas, e quando algumas se apresentaram grávidas, não trepidou em propiciar-lhes o aborto criminoso com que se evadia da responsabilidade paterna. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.)

B. Apesar de todos os lances trágicos de sua infeliz existência, por que motivo Agenor mereceu ser acolhido no Sanatório Esperança?

Segundo Dr. Inácio, Agenor ali se encontrava porque, apesar de todas as coisas erradas que fez, momentos houve, no início de suas experiências, em que procurou auxiliar desinteressadamente a diversas pessoas, quando socorreu como médico muitos enfermos pobres, e esse concurso no Bem não ficou desconhecido pelos Códigos soberanos. O Senhor continua desejando o desaparecimento do pecado, do erro, do mal, não o do pecador, do equivocado, havendo sempre a bênção para o recomeço, jamais uma punição eterna ou um castigo sem remissão. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.)

C. Um Espírito como Agenor, que tantas vítimas fez com suas atitudes, necessita de quanto tempo para despertar da condição de sonâmbulo em que se encontra?

Em face de uma pergunta semelhante, Dr. Inácio explicou: “Não existe pressa no relógio da Eternidade... O tempo é dimensão muito especial em nossa Comunidade, apesar de aqui nos encontrarmos sob as vibrações e o magnetismo do Sol. Nesse caso, muitos fatores estão no acontecimento em si mesmo, aguardando solução adequada... O certo é que, estando amparado em nosso pavilhão, isso já lhe constitui uma bênção de reconforto e de esperança após os longos anos de martírio em região particular para onde foi empurrado pelos seus algozes e comparsas espirituais”. Resumindo: não existe um prazo definido; tudo dependerá do próprio paciente. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.)

Texto para leitura 

141. Uma vítima do sexo insaciável – Prosseguindo em suas explicações relativas ao caso Agenor, o Diretor informou que as perturbações do sexo insaciável conduziram-no ao desrespeito pelo santuário genésico, corrompendo diversas pacientes que lhe buscavam o apoio terapêutico, porquanto se apresentava como portador de valores dessa natureza. Médico que era, percebera ele que, na raiz de muitos transtornos psicológicos e distúrbios orgânicos, existem razões anteriores à concepção, face às consequências de condutas equivocadas em outras existências e subsequentes perturbações espirituais, concebendo estranho método de atendimento, e conseguindo, às vezes, dialogar com os desencarnados em perturbação, sensibilizando-os, em algumas ocasiões. Com avidez incomum para amealhar moedas e açodado no comportamento sexual pela mente transtornada, seduzia as pacientes que o buscavam aflitas, mantendo conúbios infelizes sob a justificativa de que, através desse relacionamento, se lhes tornava mais fácil a recuperação da saúde. Hábil na conversação, e sedutor, iludiu algumas mulheres que lhe caíram nas teias ardilosas, e quando algumas se apresentaram grávidas, não trepidou em propiciar-lhes o aborto criminoso com que se evadia da responsabilidade paterna. Como ninguém consegue desrespeitar as Leis da Vida sem sofrer-lhes as imediatas consequências, uma jovem se lhe afeiçoou apaixonadamente, transformando-se em fardo desagradável. Havendo concebido dele um filho, e sendo obrigada a abortá-lo no quarto mês de gestação, ao ser desprezada com indiferença apelou para o suicídio, em que sucumbiu martirizada e desditosa... (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.) 

142. Não existe punição eterna – Despertando em profunda desolação e vigiada por verdugos impenitentes, a suicida foi arrebanhada por um dos perversos inspiradores do ato insensato, que a conduziu ao campo vibratório do desarvorado, ampliando-lhe os tormentos mentais que já o sitiavam interiormente. Vencido pela consciência de culpa, passou Agenor a recordar-se da jovem obsessivamente, a ouvi-la na tela mental e a desejá-la como anteriormente, enquanto prosseguia nos desatinos a que se entregava cada vez mais ávido e alucinado. Concluído o relato, Dr. Inácio acercou-se do leito e, a seu convite, Miranda pôde observar profundamente o que existia além da camada externa que envolvia o Espírito, detectando a deformidade que o assinalava, fazendo recordar-se do estado de larva que precede à forma definitiva. A diferença é que ali ocorria o oposto: as desvairadas aspirações que o dominavam perturbaram-lhe em demasia a mente, e a hipnose bem urdida pelos inimigos produziu na plasticidade do perispírito a degenerescência chocante que agora se manifestava. Miranda percebeu também que, mentalmente, Agenor continuava ligado à suicida que se lhe imantava ao pensamento embora estando distante, enquanto vozes desesperadas e acusadoras ressoavam na acústica mental, recordando-o dos crimes cometidos. O Diretor explicou então que Agenor ali estava porque, apesar de todos os lances trágicos da sua infeliz existência, momentos houve, no início das experiências, em que procurou auxiliar desinteressadamente a diversas pessoas, quando socorreu como médico muitos enfermos pobres, e esse concurso no Bem não ficou desconhecido pelos Códigos soberanos. O Senhor continua desejando o desaparecimento do pecado, do erro, do mal, não o do pecador, do equivocado, do doente que ficou mau, havendo sempre a bênção para o recomeço, jamais uma punição eterna ou um castigo sem remissão. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.) 

143. Não há pressa no relógio da Eternidade – O caso Agenor era, como se vê, bastante complexo. De quanto tempo necessitaria ele para o despertar? A essa pergunta de Miranda, o Diretor respondeu: “Não existe pressa no relógio da Eternidade... O tempo é dimensão muito especial em nossa Comunidade, apesar de aqui nos encontrarmos sob as vibrações e o magnetismo do Sol. Nesse caso, muitos fatores estão no acontecimento em si mesmo, aguardando solução adequada... O certo é que, estando amparado em nosso pavilhão, isso já lhe constitui uma bênção de reconforto e de esperança após os longos anos de martírio em região particular para onde foi empurrado pelos seus algozes e comparsas espirituais”. Ao ouvir tais palavras, Miranda alongou os olhos pelo ambiente repleto de leitos ocupados e sentiu-se estremecer de preocupação em relação a si mesmo, bem como a todos aqueles que deambulam anestesiados pela ilusão, mantendo-se longe dos compromissos espirituais, ou mesmo quando tomam contato com as lições de vida eterna em quaisquer das doutrinas religiosas do planeta, mas, ao invés de adaptarem o comportamento às suas diretrizes moralizadoras, submetem-nas ao seu talante, continuando irresponsáveis e fingindo-se autossuficientes. Toda uma existência carnal, realmente, nada significa para o Espírito que deve crescer no rumo do infinito, ampliando a capacidade de entendimento da realidade. (Tormentos da Obsessão, cap. 14 – Impressões marcantes.) 

144. Uma nobre Senhora – De volta à enfermaria onde Ambrósio continuava seu tratamento, Miranda ficou conhecendo uma nobre Senhora, portadora de expressiva beleza, que havia conhecido o médium durante a vilegiatura carnal e mantinha por ele devotamento fraternal. Feitas as apresentações por Alberto, que explicou a ela os objetivos da presença de Miranda naquele Sanatório espiritual, ela externou simpatia pelo projeto no qual se encontrava envolvido o autor da obra em exame e ofereceu-se a narrar sua experiência na derradeira existência. Narrou ela: “Conheci a provação da facilidade econômica, havendo nascido em uma família paulistana possuidora de largos tratos de terras e abundantes bens de vária natureza. Experimentei a ternura de pais devotados e generosos, que me mimaram por demorados anos, enriquecendo-me de carinho e falando-me dos deveres da consciência perante a vida e a humanidade. Pude estudar em escolas requintadas, embora não me houvesse interessado por adquirir um diploma de qualquer especialidade. Senti, desde muito cedo, que havia nascido para o lar, anelando por uma família que pudesse contribuir favoravelmente para a sociedade. Muito sensível, passei a identificar fenômenos mediúnicos que me alegravam, ensejando-me convivência com os Espíritos, que passei a amar. Nesse ínterim, travei conhecimento com o Espiritismo, e confesso que me fascinei com os romances mediúnicos, firmados por Entidades nobres através de seareiros dignos. As histórias, repassadas de sabedoria, fundamentadas nos postulados kardequianos, me tocavam profundamente. Procurei introjetar algumas daquelas vidas, de forma que me servissem de modelo para o cotidiano existencial. Porque essas mensagens fossem reveladoras, participando de experiências práticas em um grupo familiar, comecei a psicografar breves páginas, que me constituíram verdadeiras bênçãos. Muito bem relacionada socialmente, não temi informar às amigas e aos familiares as descobertas preciosas da Doutrina dos Imortais. Na minha ingenuidade supunha que todos estivessem amadurecidos para as reflexões profundas da vida após o túmulo, esquecendo-me de que muitos são chamados, mas somente poucos serão escolhidos. Compreensivelmente, minhas palavras e entusiasmo foram mal interpretados, e mesmo censurados, levando-me ao retraimento em torno das ideias que abraçava”. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.) 

145. Colhemos conforme plantamos – A nobre Senhora, enquanto recordava, demonstrou forte emoção que a fez parar por um momento, mas logo prosseguiu: “Foi naquele pequeno grupo que conheci o homem honrado e brilhante com quem me casei posteriormente. Exercendo um alto cargo em respeitável Empresa, tornara-se espírita premido pela lógica dos postulados doutrinários e pelos esclarecimentos que oferecia em torno dos ensinamentos de Jesus, porquanto, estudioso do Evangelho, não podia concordar com as peias dogmáticas e as interpretações absurdas que eram oferecidas pela Igreja de Roma. O nosso foi um reencontro, porquanto as afinidades que nos vinculavam eram numerosas, ensejando-nos um relacionamento afetivo, profundo e sério. Consorciamo-nos, para júbilo dos meus pais, que ainda se encontravam reencarnados, e construímos a casa que deveria hospedar-nos, como se fosse um ninho encantado para a vivência do amor. À medida que os anos se passaram, relacionamo-nos com outras famílias espíritas e tornamo-nos membros ativos de respeitável Instituição devotada à divulgação do Espiritismo. Como a felicidade no mundo não é completa, constatamos com tristeza a impossibilidade de sermos pais, por impedimento orgânico de minha parte. Conseguimos, no entanto, sobrepor à tristeza e decepção a compreensão de que na Terra colhemos conforme a semeadura anterior, e resolvemo-nos por contribuir de maneira positiva em favor das crianças muito necessitadas que acorriam ao Departamento assistencial do Núcleo que frequentávamos.” (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita