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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 460 - 10 de Abril de 2016

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 


 
Os bons diabos

 

 
Quando criança, lia revistas em quadrinhos aos quilos. E lembro-me de uma entre as preferidas, que, infelizmente, não se sabe por qual razão, não se sustentou muito nas bancas de jornais, dentre outras que até hoje são achadas com facilidade: Satanésio. De autoria do desenhista e cineasta brasileiro Ruy Perotti, trazia quadrinhos coloridos com histórias sobre um diabo meio patético, sempre em disputa falida contra o Anjoca, um anjinho com a clássica roupa azul, que se comportava como o anjo tradicional, mas era um tanto atrapalhado.


As estórias eram divertidíssimas, e a conclusão a que se chegava, muitas vezes, era que aquele pobre diabo, solitário e fracassado, sempre alvo de chacotas e deboche, e com sua veia humorística nata, estava mais era para anjo! Pois diabo nenhum que se preze, ainda que existisse na velha tradição caricata, gostaria de saber que está divertindo os seres, antes de provocar malefícios.


Não tive como não me recordar daquele personagem lúdico esta semana, depois do começo da promoção, em enquete de sorteio do nosso livro em lançamento, o romance Os Cátaros, ditado pelo Espírito Iohan, na nossa página de palestras no Facebook. Porque tivemos que, às pressas, ditar regras bem estabelecidas para a participação na enquete, cujo tema é a importância do conhecimento da reencarnação para os tempos atuais, antes que o espaço para comentários se transformasse num ringue religioso, acerca de crenças ou descrenças daquilo que todo espírita, e mesmo cientista de ponta no mundo atual, reconhece tratar-se não mais do que lei natural, atuando nos nossos repertórios de vida, à revelia da capacidade ou incapacidade deste ou daquele de compreender o assunto.


A emergência, assim, se fez sentir tão logo o primeiro incauto postou, triunfante, o seu pretenso comentário doutrinário, acreditando estar prestando um grande benefício em local da internet, em absoluto, inadequado à sua presença e à sua percepção das coisas: – “Parem de seguir essas coisas do diabo!”...


Mais ou menos nestes termos, mas o diabo estava bem lá, nas palavras do visitante, como um Satanésio deslocado, totalmente disfuncional em suas atribuições em se tratando de assuntos relacionados à temática da reencarnação!


Em contrapartida, fixei imediatamente nota no começo da página, esclarecendo mais objetivamente os propósitos da enquete, e que qualquer comentário com pretensões às polêmicas religiosas seria retirado de um espaço cuja participação era destinada, exclusivamente, a quem já entende como pacífica a lei natural da Reencarnação, apenas opinando sobre sua indiscutível importância no nosso percurso evolutivo. Porque, àquela altura, já tivera que retirar mais de uma postagem inconveniente, nos mesmos termos inadequados e intencionais, que, repetidamente, metiam o infeliz diabo na história!


A partir desse episódio, reflitamos!


Papel patético, meus amigos, exerceria um tal diabo! Haveria de se sentir, antes, ofendido! A reencarnação, vejamos, bem como o intercâmbio mediúnico entre dimensões, mediante cartas ou livros psicografados – outro contexto com o qual lidamos, mas sobre o qual seria extenso se deter aqui – são fatos! Implicam, de resto, em mecanismos evolutivos e naturais da existência, atendendo, justamente, ao benefício de todos os seres em jornada nas múltiplas dimensões da vida, o que, de saída, desqualificaria um tal diabo, atuante em autêntico desvio de funções!


Porque, ora, se a reencarnação favorece a evolução humana rumo à própria melhoria e aos patamares superiores do Espírito, na intimidade luminosa de Deus; se os Espíritos Benfeitores estão entre nós, em intercâmbio constante de auxílio aos reencarnados, e alguns entendem tais maravilhas dos desígnios divinos voltados ao acerto dos nossos percursos para a felicidade como obra de algum diabo..., bem desacreditado estaria este diabo ante os seus pares maléficos e devotados à danação da raça humana por toda a eternidade! Pois que obras diabólicas seriam estas, tão contraditórias para com as finalidades principais dos senhores dos infernos, apregoadas por determinadas vertentes religiosas, em absoluto, ainda medievais, anacrônicas para com os avanços indiscutíveis do próprio espírito humano ao longo dos séculos?!


Necessário se faria a revisão urgente de tais conceitos, em benefício mesmo da credibilidade do tal diabo, e dos seus propósitos no mundo, pois é de fácil reconhecimento o engodo. Porque, se todo infeliz Espírito errante que contata os médiuns, desde sempre existentes na face do orbe, em busca de reconforto e auxílio para a compreensão de sua situação atual nas dimensões astrais, e os benfeitores espirituais, por sua vez, também o intercambiam em tarefas esclarecedoras de auxílio, é de supor que muitos diabos andam “virando a casaca”! Trabalhando em favor do sucesso dos desígnios de Deus e seus anjos – antes, os maiores opositores dos seus planos infernais – e não contra eles!

 

Caríssimos, tais vivências é que nos autorizam relembrar, oportunamente, o que, desde há muito, o próprio Mestre Jesus nos alertava, acerca das falácias existentes na fala dos propagadores das falsas ideias que, ao contrário de ajudar e iluminar as almas, mergulham-nas, ainda mais profundamente, em desencanto e confusão:

 

"Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? Mateus 12:22-32.

 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita