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Brasil
Ano 9 - N° 433 - 27 de Setembro de 2015
GIOVANA CAMPOS
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP
(Brasil)
 
 

Caridade: salvando vidas e futuros em Moçambique

Dr. Andrei Moreira, médico voluntário da ONG Fraternidade sem Fronteiras (FSF), fala-nos sobre o trabalho realizado pela ONG

 
A Fraternidade sem Fronteiras (FSF) é uma Organização não Governamental (ONG), sem fins lucrativos, que tem por objetivo desenvolver projetos buscando a transformação da vida de pessoas, principalmente crianças e adolescentes que se encontrem em situação de risco ou de extrema pobreza.  

A caridade pode ser entendida como um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência do ser humano.

Conversamos com o Dr. Andrei Moreira (foto), médico voluntário deste projeto, que esteve no mês

de julho deste ano em Moçambique, realizando atendimento à população assistida pela ONG. 

Em que consiste o projeto Fraternidade sem Fronteiras?  

A ONG Fraternidade sem fronteiras foi criada há seis anos, em Campo Grande, por um homem bastante dedicado à assistência social em sua cidade, Wagner Moura, e que sentiu um chamado no coração para servir na África. Então, um dia, ele colocou uma mochila nas costas e foi até Moçambique, onde tinha contatos, para conhecer a realidade e ver no que poderia auxiliar. Lá chegando tomou conhecimento do enorme número de órfãos vulneráveis nas aldeias (1,6 milhão vítimas do HIV/AIDS), sem recursos, sem alimentos e sem amparo e decidiu criar um trabalho que socorresse essas crianças.

Moçambique é um país jovem, que só se libertou da dominação portuguesa em 1975, com alto índice de analfabetismo, desnutrição e infecção pelo HIV. Nas aldeias as fontes alimentares são muito escassas, costuma ser só uma fonte de carboidrato, a mandioca ou o milho, que são macerados e misturados com água e sal, formando a chima, uma espécie de angu, que eles comem puro ou com algum molho de ervas locais. Não há fonte proteica facilmente disponível, o que leva a muita desnutrição e deficiência vitamínica.   

Quantas pessoas são ajudadas e de que forma? 

A ONG, que se sustenta no ideal da fraternidade universal, sem vínculos políticos ou religiosos específicos com qualquer instituição, cria núcleos de acolhimento nas aldeias que amparam as crianças e jovens órfãos, de 1 a 18 anos. Eles passam a tarde no núcleo de acolhimento, onde recebem almoço, higiene pessoal, educação e trabalho cultural com a música, grande força do povo moçambicano para a expressão de emoções e sociabilidade.

As crianças são apadrinhadas no Brasil e todo o recurso é transferido para a África, com muita integridade. Com 50 reais mensais um padrinho ou madrinha muda o destino de uma criança em Moçambique.  Esse valor garante a permanência de uma criança no projeto durante um mês. Hoje já são mais de 1.500 crianças atendidas (e com a vida completamente mudada para melhor) em cinco núcleos de acolhimento nas aldeias de Muzumuia, Barragem, Chimbembe, Cuacuene e Mussenge, e o sexto núcleo está programado para ser inaugurado em outubro de 2015, com mais 250 crianças.

Além dos centros de acolhimento, a ONG constrói casas para famílias mais carentes, dentro dos modelos das casas da aldeia (em barro e madeira) e acolhe os jovens que estão em fase escolar, pois a partir do 8º ano os jovens devem pagar o transporte, material escolar, matrículas e uniforme e a grande maioria deixa a escola. O projeto jovem da ONG dá recursos e acompanha os jovens para que prossigam nos estudos até o final da faculdade, com doação de alguns padrinhos específicos.  

Quais os profissionais que se deslocam à África para participar deste programa? 

Todos aqueles que têm boa vontade e disposição para amar no coração, desinteressadamente. A ONG promove quatro caravanas anuais de serviço e voluntariado, que permanecem nas aldeias de 7 a 10 dias em doação de variada natureza. Duas destas caravanas são da área da saúde, em janeiro e julho, nas quais médicos, dentistas e outros profissionais e estudantes da saúde dão atenção às crianças e suas famílias no atendimento médico, palestras, orientação, curativos e encaminhamentos, com autorização da Ordem dos médicos e

dentistas de Moçambique.  

Em julho de 2015, iniciamos um projeto de detecção e diagnóstico da infecção pelo HIV nas crianças e seus pais (algumas têm mãe apenas ou avós) e também nos homens das aldeias. Na última caravana realizamos 543 testes e detectamos 33 crianças e adultos infectados, que foram acolhidos, orientados e encaminhados para tratamento, que existe no país. A ONG irá acompanhar e supervisionar o tratamento e cuidar da nutrição especial das crianças infectadas. 

Importante observar que todos os dirigentes e voluntários pagam todas as suas despesas. A ONG só remunera as secretarias de sua sede e os trabalhadores locais nas aldeias. Todo o trabalho tanto da coordenação geral local quanto nos núcleos de acolhimento é feito por moçambicanos, que são capacitados e bastante dedicados, com muito respeito à cultura, religião e política local. Os núcleos são erguidos em locais doados pelo líder da aldeia, que tem muito respeito pela ONG bem como a ONG por eles.

O governo de Moçambique reconheceu este trabalho como o mais significativo nas aldeias e recentemente a ONU ofereceu ao presidente da ONG um prêmio por este trabalho em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade moçambicana baseados nos princípios da fraternidade e do amor universal.

O povo moçambicano tem uma cultura e valores muito bonitos, são muito gratos e humildes, valorizam tudo que lhes é ofertado e não demandam nada, senão que o amparo não cesse e, ainda, cresça e se estenda para outros locais, pois são muitos os necessitados.

Quais os próximos passos deste projeto?

A ONG continua em seu incansável trabalho de criar estrutura para acolher um maior número de crianças, pois há centenas na fila de espera. Isto envolve a captação de mais padrinhos e madrinhas, bem como empresas, que apoiem a manutenção do projeto e sua expansão.

Na unidade modelo, na aldeia de Muzumuia, foi construída uma padaria de alvenaria e comprado todo o maquinário (enviado do Brasil para lá) para que seja estabelecida a primeira unidade produtora de pães e bolos na aldeia, que não possui um estabelecimento como este. Isto permitirá autonomia alimentar, pois oferecerá 5.000 pães diários à comunidade que os vai buscar longe atualmente, bem como serviço e capacitação profissional para os jovens do projeto. A ideia é que este seja um modelo reproduzível nas demais aldeias, com o auxílio de empresas que queiram associar-se à promoção social dessas comunidades, pois uma unidade fica em torno de 170 mil reais.  

Como as pessoas podem ajudar este movimento? E para quem quiser ajudar mais ativamente, é possível?

Sim, todos podem auxiliar, apadrinhando crianças, doando recursos, promovendo a divulgação e a captação de recursos para a ONG, bem como servindo voluntariamente. Hoje há muitos voluntários realizando eventos em todo o Brasil para captação de recursos, com bazares, jantares, ação entre amigos etc.

Para voluntariar-se basta enviar um e-mail para:
caravanasemfronteiras@gmail.com  e será orientado.

Para apadrinhar uma ou mais crianças basta acessar o site e se cadastrar: www.fraternidadesemfronteiras.org.br ou entrar em contato com a ONG por telefone ou e-mail abaixo.

À medida que um padrinho entra no projeto uma nova criança é acolhida e sua realidade modificada. Em 30 a 90 dias o padrinho recebe a foto da criança apadrinhada (embora ela passe a ser assistida imediatamente ao apadrinhamento) e pode acompanhar pelo site todas as iniciativas da ONG.

Para pagar o apadrinhamento mensal ou doar qualquer valor (as doações esporádicas são empregadas nos projetos em curso como construção de casa ou da estrutura dos núcleos) a pessoa pode fazer transferência ou depósito bancário para uma das contas do projeto. Não há convênio de débito automático, ainda. Então as pessoas têm que fazê-lo mensalmente e podem cadastrar a repetição da transferência para o ano todo ou solicitar ao banco o depósito continuado (no banco do Brasil chama-se mesada mensal). Há ainda a opção de pagar pelo cartão de crédito usando o paypal, o que é adequado para aqueles que estejam fora do Brasil. Para isto basta acessar o site da ONG e escolher esta opção.

 

COMO AJUDAR?

Organização Fraternidade Sem Fronteiras 

CNPJ 11.335.070/0001-17

Rua Joaquim Murtinho, 566 - Centro 

Campo Grande - MS - Brasil 

CEP 79002-100

Tel.:  67 30285429

contato@fraternidadesemfronteiras.org.br 

Contas: 

Banco do Brasil

Ag. 2959-9 cc 26224-2

Itaú

Ag. 0091 cc 53286-1 




 


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