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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 411 - 26 de Abril de 2015

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)   

 



Resgate da educação

 

 

                        “Na bárbara desavença,
                         A criança vem à vida
                         Muitas vezes esquecida
                         Em lúgubres escarcéus.
                         Hoje
Infância que não pensa,
                         Atirada à indisciplina;
                         Amanhã
queda e ruína
                        No abismo dos grandes réus.”
                       (Castro Alves, psicografia de Chico Xavier.)            

Retirada de uma poesia de 1979, que parecia uma previsão do que estava por vir. As pessoas se horrorizam por verem hoje notícias de crianças envolvidas em crimes terríveis. Escandalizam-se. O espírita, no entanto, tem o conhecimento da reencarnação e sabe que a criança de hoje é um Espírito milenar que vem numa nova vida, para um aprendizado de amor. Necessário, portanto, que seja educada com amor e disciplina. Fala-se muito hoje sobre a atual geração, de uma inteligência muito grande. É verdade. São muito inteligentes e precisam muito do aprendizado do amor, para usarem no futuro sua inteligência em prol de um mundo melhor, na vivência da mansidão e do respeito ao próximo.

O orgulho é fonte de grandes males e inteligências sem humildade são rebeldes e desobedientes. Mentes que brilham necessitam de corações luminosos. Mais que nunca se torna necessária a atenção para as crianças, num processo de educação incessante do respeito e da compaixão.

Há pais maravilhosos que conhecem sua responsabilidade e educam seus filhos e há pais que desconhecem como educar e tornam-se servos subservientes de seus filhos que, crianças, comandam seus pais e fazem o que querem. Temos visto demais pais ou avós que acham que a criança não pode chorar, não a deixam chorar. Como aprenderá a lidar com seus próprios sentimentos? Como aprenderá a lidar com as contrariedades se não permitem tê-las?

Temos atendido inumeráveis Espíritos na fase infantil em completa falta de comportamento, por não estarem sendo educados pela família! Dormem na hora que querem, comem apenas o que querem, fazem o que querem... Não é de espantar que quando precisam lidar com seus desejos. Se não atendidos, subvertem para conseguir seu intento, transgridem. Chegamos a conversar com crianças de sete anos com erro alimentar, comendo só salgadinhos, que nos confessou que os pais vão dormir às 21 horas e ela fica na frente da televisão assistindo ao que quer até às duas da manhã!

Um diálogo presenciado por uma mãe, com sua filha de 8 anos, com uma amiguinha da mesma idade, nos mostra que a criança pede limites. A mãe escutou sua filha se queixando à amiga que ela controlava seus horários, não podia sair sozinha, não podia fazer o que queria. A amiguinha então lhe relatou a conduta de sua mãe, que lhe permitia tudo, fazia o que queria. Sua filha, a ouvindo, disse-lhe: queria que minha mãe fosse igual à sua, me deixasse fazer tudo o que eu quero! Recebeu uma resposta de dor e maturidade. Pois eu, disse-lhe a amiga, gostaria que minha mãe fosse como a sua. A sua a ama, a educa, a protege. A minha nem liga para mim, não me ama, faço tudo o que quero, ela não liga!

Esse diálogo é para que aprendamos com ele. Nossa criança da atualidade precisa de socorro. Deram-lhe todos os direitos e a impedem de deveres. Como será esse adulto amanhã?

O Espírito traz consigo desde o berço a bagagem do pretérito. A criança, na sua pureza infantil, pela sua conduta já reflete o bem ou o mal que traz consigo. Compete aos pais educá-las, retirar delas as ervas daninhas e semear as flores que enfeitam.

Há pais excelentes e pais omissos, chamados, de modo duro, de negligentes. Negligenciam a educação de seus filhos e, no entanto, os amam! Não sabem como fazer. Não sabem que a religião é importante, que os exemplos são importantes, que a disciplina é importante. Jamais ao longo desses anos de trabalho no Espiritismo e na profissão vimos uma criança cuja mãe esteve presente a observar e corrigir, a levar para sua religião, seja qual for, que não se tenha tornado um adulto bom. As exceções foram para aqueles que sempre fizeram o que quiseram e ganharam tudo o que quiseram.

Há alguns dias encontramos um lindo menino de nove anos, que tinha uma vida difícil, pois seu pai, que lhe dava toda a assistência material, o escondia de sua família, que não sabia que esse menino existia. A mãe, solteira, respeitava, e nunca procurou a família dele. O menino vivia com ela e a avó materna, não convivia com o resto da família. É um menino muito bom, muito educado e gentil. Está obeso, ansiedade, hoje comum nas crianças. Comem sem parar e ficam na televisão ou computador, muito solitários. Mas ouve uma reviravolta divina, na vida dessa criança. Não se sabe como, a avó paterna descobriu que ele existe. Foi procurá-lo, encantada e ao mesmo tempo estarrecida, pois um neto que ela não sabia que existia, que ela podia ter acompanhado e amado durante todo esse tempo! Estava nove anos atrasada! Agora ele está acolhido pela família do pai, que tem posses, vai para a casa deles todo final de semana, convive com eles, brinca, corre com as primas, amado pelos tios e ainda mais, o único neto homem! Está feliz, agora corre e brinca, mas tivemos o cuidado de pedir à avó materna que transmita aos seus avós e parentes paternos que, no afã de agradá-lo, não façam tudo o que ele pedir, nem tentem agradá-lo com comida demais, porque ele tem que reduzir o peso e o conseguirá, pois está feliz e fazendo exercícios com as primas, correndo e brincando.

A criança pode ser feliz, se amada, mas nunca descuidada da educação. Cada pai e cada mãe no mundo espiritual responderá pelo que fez. Feliz esse menino de 9 anos, que encontrou uma avó e família paterna que o respeitam e amam, suprindo o erro de seu pai solteiro, que o ocultou tanto tempo! Hoje esse pai está casado e tem duas filhas. Que continue educado e gentil, nós pedimos a essa criança. Sua mãe o educou bem e ele conquistou, com o seu jeito bondoso, toda a família de seu pai!

Eduquemos com amor nossas crianças e seremos um mundo mais feliz no futuro!


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita