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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 411 - 26 de Abril de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 18)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. A simonia é considerada crime em face da lei natural?

Sim. A simonia é crime catalogado nos Códigos Divinos. Não se deve negociar com a faculdade mediúnica, cujos recursos são concedidos ao médium gratuitamente. Eis o que o dr. Carneiro de Campos disse, acerca do assunto, ao médium Davi: “A mediunidade é faculdade cujo exercício deve ser realizado santamente, com altas cargas de responsabilidade e respeito. Ninguém aplica uma função destinada à elevação do ser, de maneira irregular, que não venha a sofrer as funestas consequências da atitude leviana”. (Trilhas da Libertação. Advertências Salvadoras, pp. 144 a 146.)

B. Por que a tarefa mediúnica de Davi era considerada como de resgate?

O fato decorria do seu passado de erros. Depois das alucinações em França, ele reencarnara quase de imediato na Romênia, onde conheceu, mais tarde, o dr. Grass, ajudando-o em experiências nefastas com cobaias humanas, na condição de seu enfermeiro, aferrados ambos ao mais cruel materialismo. Passada a Primeira Grande Guerra e desencarnando em grande indigência espiritual, um e outro comprometeram-se a reparar os crimes auxiliando vidas, diminuindo-lhes a aflição e amparando os sofredores, o que hoje deveria ocorrer com amplitude, conforme foi a proposta inicial quando do despertar da faculdade. (Obra citada. Advertências Salvadoras, pp. 146 e 147.)

C. Antes de se extraviar no exercício de suas faculdades, como foi o trabalho no setor de curas desenvolvido por Davi e o dr. Grass?

O próprio Dr. Grass, em um momento de reflexões importantes, lembrou a David como foram os primeiros tempos do trabalho realizado, em que atendiam os infelizes mais desventurados, porque, além das dores que os dilaceravam, padeciam da injunção rude da miséria econômica. “Recebíamos – disse o cirurgião desencarnado – os seus sorrisos ingênuos e agradecidos, suas vibrações de amor e suas preces intercessórias por nós, ensejando-nos o equilíbrio e a saúde da alma. Como éramos felizes então!” Ao dizer isso, a emoção embargou-lhe a voz. Mas, em seguida, reconhecendo terem ambos perdido o rumo, dr. Grass explicou-lhe que, a continuar com a mesma conduta, em breve não haveria campo no seu psiquismo mediúnico para a continuidade do intercâmbio que até então mantinham. (Obra citada. Advertências Salvadoras, pp. 147 a 149.)

Texto para leitura

69. O exercício da mediunidade deve ser realizado santamente – Raulinda e Leonardo se haviam recomposto e chegara a vez de Francisco oferecer a instrumentação mediúnica à psicofonia atormentada. A mesma Entidade, que fora trazida pelo amigo Fernando, incorporou-o então, transpirando azedume. Davi, que se encontrava sob a assistência do dr. Grass, foi chamado nominalmente pelo sofredor espiritual, que informou ter sido orientado pelo Soberano das Trevas para influir-lhe na conduta, contribuindo para a sua desestruturação, assim como a do seu trabalho. O comunicante disse, ainda, que o enfrentamento da Entidade zombeteira com o dr. Grass era parte do esquema, tanto quanto o plano da expulsão do médium da Casa Espírita, em razão do seu comportamento rebelde e insensato. Surpreso e tomado de receios injustificáveis, Davi começou a chorar. O dr. Campos acercou-se e falou-lhe com ternura paternal, enquanto o irmão Almiro dialogava com o semeador de pânico. “Davi – disse-lhe o Mentor – é necessário despertar para os compromissos espirituais. A mediunidade é faculdade cujo exercício deve ser realizado santamente, com altas cargas de responsabilidade e respeito. Ninguém aplica uma função destinada à elevação do ser, de maneira irregular, que não venha a sofrer as funestas consequências da atitude leviana. Ademais, você não desconhece que exercitá-la para o Bem é um dever, e que a amplitude dos fenômenos que lhe proporciona tem por meta facultar-lhe a reabilitação moral. De leviandade em leviandade, você mais tem agravado os compromissos que lhe cumpre ressarcir. A oportunidade de edificação passa rapidamente e é necessário aproveitá-la.” Após ligeira pausa, o Mentor prosseguiu: “A simonia é crime catalogado nos Códigos Divinos. A vida é muito valiosa em todas as expressões da Natureza, particularmente a humana, que você tem cuidado de forma irresponsável. Você é saudável, conseguiu uma profissão invejável, tem um lar rico de bênçãos. Por que negocia com a faculdade mediúnica, cujos recursos lhe são concedidos gratuitamente? Que tem feito da consciência, além de anestesiá-la nas ilusões mundanas? Você assumiu graves obrigações com a Vida, no que tange à caridade, que deve esparzir com as mãos cheias de amor. Não pense que o apoio cirúrgico do dr. Hermann, nos atos negociados, significa anuência ao erro. Ele assim procede em respeito aos enfermos, ludibriados pelos métodos ignóbeis que você estabeleceu para chegarem até ele. Dando vazão ao seu mau procedimento, quanto ganha o Autor das atividades socorristas, sem cujo concurso você nada pode? Como se permite um comportamento execrando de tal porte, que leva a outros extremos morais, desrespeitando o lar, as concessões da saúde e a conduta mediúnica? Não pense que aqui estamos somente para exprobrar-lhe o comportamento. Nosso objetivo é ajudá-lo”. (Advertências Salvadoras, pp. 144 a 146.)

70. Ninguém consegue enganar-se a si mesmo por muito tempo – Dr. Campos explicou-lhe, então, que aquela reunião tinha, entre outros objetivos, a finalidade de despertá-lo para a verdade e o bem e desintoxicá-lo dos vapores morbíficos a que se permitira, quando transitava pelos antros morais de luxo, mas nem por isso menos perturbadores. A presença de Guillaume tinha o propósito de fazê-lo compreender os perigos que o rondavam. “Esta sua atual reencarnação – informou o Mentor – é de resgate, de formosas provações e não de licenças morais. Não está previsto para você o mediunato, por enquanto, mas sim, a estrada redentora que o levará a esse labor elevado, caso se submeta aos imperativos do dever. Hoje são muitos os adversários que você tem granjeado pelo caminho, em ambos os planos da Vida. Mentes encarnadas e desencarnadas maldizem-no, vibram violentas na sua direção, atingindo os sutis equipamentos da sua mediunidade, que dá os primeiros sinais de falhas, de erros lamentáveis. Não há médiuns irreprocháveis. A Terra é planeta ainda inferior, porque nós que lhe estamos vinculados somos Espíritos inferiores, salvo as exceções compreensíveis. Recomece o trabalho do Bem, nas bases ensinadas por Jesus e reconfirmadas por Allan Kardec. Volte à simplicidade. Reparta o excesso, que lhe chegou de forma equivocada, com os que padecem carência. Ninguém consegue enganar-se a si mesmo por muito tempo.” No apelo do Benfeitor havia a vibração de ternura, mas também de severidade, sem margem a interpretações errôneas. “Não esqueça – concluiu o Benfeitor – que depois das alucinações em França você desencarnou, vitimado pela negligência moral, reencarnando-se quase de imediato na Romênia... Lá conheceu, mais tarde, o dr. Grass, ajudando-o em experiências nefastas com cobaias humanas, na condição de seu enfermeiro, aferrados ambos ao mais cruel materialismo. Passada a Primeira Grande Guerra e desencarnando em grande indigência espiritual, um e outro comprometeram-se a reparar os crimes auxiliando vidas, diminuindo-lhes a aflição e amparando os sofredores, o que hoje deveria ocorrer com amplitude, conforme a proposta inicial, quando do despertar da faculdade. O futuro você o escreverá, conforme lhe aprouver.” Concluindo, dr. Campos abraçou-o com afeto, adindo, emocionado: “Que o Divino Médico nos cure interiormente!” O dr. Hermann Grass, visivelmente emocionado, abraçou então o Mentor e pediu licença para expressar-se, enquanto ao lado a palavra de Almiro havia acalmado o infeliz comunicante, que, desligado do médium Francisco, foi levado a sono profundo, para futuras terapias. (Advertências Salvadoras, pp. 146 e 147.)

71. Dois seres vinculados pelas ações negativas do passado – Dr. Grass aproveitou então o ensejo e falou assim ao seu comparsa do passado e médium no presente: “Davi, não há outra alternativa para nós, a partir deste momento, senão a da edificação moral. Aliás, nunca houve outra antes. Nós a tomamos com mãos incapazes e lhe alteramos o rumo no passado, e os efeitos danosos ainda remanescem em nosso mundo íntimo. Estamos vinculados pelas ações negativas, e o pranto, a dor, o desespero de muitas vidas que amarguramos, limitamos e ceifamos, permanecem clamando pela reparação. Jesus-Cristo nos convidou à retificação dos nossos delitos: a mim, pela condição de verdugo do próximo e a você, pela de comparsa igualmente cruel. Eu prossigo médico, utilizando-me dos seus órgãos físicos e manipulando-os, tendo-o como auxiliar, que me deve ser maleável, acessível...” (Dr. Grass lembrou-lhe então os primeiros tempos do trabalho realizado, em que atendiam os infelizes mais desventurados, porque, além das dores que os dilaceravam, padeciam da injunção rude da miséria econômica.) “Recebíamos – disse o cirurgião desencarnado – os seus sorrisos ingênuos e agradecidos, suas vibrações de amor e suas preces intercessórias por nós, ensejando-nos o equilíbrio e a saúde da alma. Como éramos felizes então!” A emoção embargou-lhe a voz. Conhecido pela forma rude com que tratava a clientela, o dr. Grass agora se desnudava. Certamente, sua habitual maneira de apresentar-se era um mecanismo de autodefesa, um cuidado para não revelar-se. Mesmo nos círculos espirituais, onde era respeitado, alguns o tinham como um companheiro áspero, desidentificado dos sentimentos fraternos e do Evangelho, e, todavia, ele ali tentava agora reerguer o amigo invigilante, argumentando com a lógica da razão e a vibração do afeto. Reconhecendo terem ambos perdido o rumo, dr. Grass explicou-lhe que, a continuar com a mesma conduta, em breve não haveria campo no seu psiquismo mediúnico para a continuidade do intercâmbio que até então mantinham. Neste caso, ele, Hermann Grass, seria constrangido a prosseguir com outros, onde, quando e conforme o Senhor lhe facultasse. Concluindo, dr. Grass asseverou: “Vejo-o, não poucas vezes, assessorado por seres malfazejos que já se utilizam de você fingindo tratar-se de mim... Porque a sua sensibilidade está ficando embotada, não se dá conta da diferença das energias deles e das minhas. A mistificação toma-lhe espaços largos e os sinais de alarme são detectados: os pacientes pioram; para alguns são receitados produtos inadequados ao pós-operatório, às ocultas; outros adquirem infecções depois da cirurgia; mais outros sofrem riscos de vida... Quando você vai parar? Agora é a sua existência física tornando-se exposta. Você quase nada conhece do mundo dos Espíritos onde estamos. Todo cuidado é pouco. Aproveite este momento, Gérard...” (Advertências Salvadoras, pp. 147 a 149.)

72. Em toda parte o trabalho e o movimento são incessantes – Seguiu-se um silêncio geral após a fala do dr. Grass, sendo até possível, segundo Miranda, ouvir-se as vibrações do Bem que pairavam no ar. Encerrada a reunião com prece proferida pelo irmão Almiro, dr. Hermann conduziu Davi ao corpo em sono profundo, e os demais companheiros encarnados foram, de igual modo, encaminhados aos respectivos lares. O relógio assinalava quatro horas da manhã. A reunião, além dos benefícios propiciados aos comunicantes desencarnados, ensejara a Miranda material excelente para estudos e reflexões. A primeira diz respeito ao amor de Deus por todos nós, facultando-nos o serviço de iluminação incessante, graças ao qual o processo de ascensão faz-se mais suave e enriquecedor, sem a aspereza das provas que elegemos em consequência da rebeldia sistemática. Como não existe repouso significando ausência de realização, o trabalho e a ação edificante permanecem constantes, proporcionando a conquista de recursos preciosos, o que é ignorado por grande parte de homens e mulheres, que avançam descuidados pela senda das lutas terrestres. Considerando a vida como sendo apenas o automatismo biológico e a fatalidade das ocorrências humanas, tais pessoas pensam exclusivamente em desfrutar das oportunidades, assinalados por terrível hedonismo. Mesmo entre muitos espiritualistas, persiste o desconhecimento das realizações fora do corpo, acreditando-se que as horas do sono são apenas de refazimento para o organismo e a alma. Os movimentos da vida, contudo, não cessam, do mesmo modo que não param os labores espirituais. O vácuo absoluto, o silêncio total e o repouso pleno resultam de percepções nossas, inadequadas, porque em toda parte o trabalho e o movimento são incessantes, impulsionando o progresso ilimitado. (Advertências Salvadoras, pp. 149 e 150; e Diálogos Esclarecedores, pp. 151 e 152.) (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita