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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 398 - 25 de Janeiro de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

A violência na França
 

“A violência de qualquer matiz é sempre responsável pelas tragédias do cotidiano.” – Joanna de Ângelis.
 

Noticia-se internacionalmente a violência ocorrida na França como se ela nunca tivesse ocorrido em outros locais e em outras épocas no planeta Terra. Segundo nos ensina Joanna, a violência é doença da alma, que a sociedade permitiu se contaminasse.

Retroagindo muito na história da vida sobre o planeta, veremos que a violência sempre existiu em outros reinos da natureza. Uma violência inconsciente evidentemente, e, por isso mesmo, inimputável. No reino hominal, ao se adquirir a consciência e a razão, essa violência passa a ser responsabilizada perante as leis dos homens e das Leis Divinas.

Mas, voltando ao assunto sobre a violência em outros reinos, encontramos a violência na erupção de um vulcão que lança aos ares suas lavas incandescentes que destroem tudo por onde passam como se fosse uma forma de protesto da natureza. Violência inconsciente, mas que é uma cena que traduz uma certa forma de agressividade evidente principalmente para quem está próximo da tragédia.

No reino vegetal também encontramos a violência não consciente. Por exemplo, a denominada erva de passarinho é um parasita que mata a outra planta sobre a qual é jogada ou vem a cair. As assim chamadas plantas carnívoras também demonstram atitudes de violência ao tragar através de seus mecanismos as vítimas que acabam por ser devoradas por elas.

No reino animal a violência não consciente persiste no animal que defende o seu território, no macho que disputa uma fêmea, na caçada para obter o alimento onde um animal abate e devora o outro de forma violenta. Da mesma forma poderíamos ir citando múltiplos exemplos para ilustrar que a violência não é uma característica do reino hominal. O grande problema, evidentemente, é que, ao atingir esse reino, o ser imortal passa a adquirir a consciência dos seus atos quando, então, a violência passa a ser imputável e profundamente lamentável.

Segundo novamente Joanna de Ângelis, “a violência encontra-se embutida nos instintos básicos do ser, ainda não superados, e além das suas manifestações patológicas, a falta de educação, ou o exemplo dos vícios com os quais convive, com a ausência absoluta do sentido ético, da dignidade moral, ficam insculpidas nos seus tecidos emocionais as condutas agressivas e violentas de que se nutrem”.

Exatamente por isso, a violência acompanha o ser humano a nível consciente, desde remotas eras, infelizmente. O que encontramos no histórico das conquistas dos diversos impérios existentes senão violência? E a famosa noite de São Bartolomeu, não é um exemplo lamentável de violência onde ocorreu um massacre de criaturas humanas por questões religiosas? Não aconteceu nessa ocorrência um fanatismo religioso? Como não enxergar a violência nas famosas Cruzadas onde, sob o pretexto de liberar as terras consideradas santas, incontáveis vítimas se fizeram? Que dizer da violência no período da denominada Santa Inquisição, onde, em nome de um Deus de amor, seres humanos condenavam à fogueira os seus semelhantes?

Será que não existe violência quando crianças são obrigadas a esmolar em sinaleiros de grandes cidades para manter a indolência ou os vícios dos pais que as observam a distância?

Como quantificar a violência quando um pai, no recinto do próprio lar, violenta a filha? E os aliciadores dos filhos alheios para o consumo das drogas, não estão exercendo uma violência que atinge toda uma família?

Não ocorre violência quando o dinheiro público arrecadado através de pesados impostos é desviado da sua finalidade nobre?

Quando um crime fique impune, não ocorre um ato de violência contra o direito do prejudicado?

Que dizer do comércio de mulheres sequestradas direta ou indiretamente para a prostituição? Que pensar sobre a prostituição infantil? Sobre a pedofilia?

Creio que não é necessário continuar para retornarmos sempre ao ensinamento de Joanna de que a violência encontra-se embutida nos instintos básicos do ser.

Somente o Amor é capaz de absorver e extinguir definitivamente toda e qualquer forma de violência.

Alguém já fez isso uma vez na história da Humanidade quando, do alto de uma cruz de ignomínia, um Ser celestial suplicou ao seu Pai, nosso Pai, que nos perdoasse porque não sabíamos o que fazíamos. E ainda, durante muito tempo, infelizmente, continuaremos a não saber e a gerar todas as formas de sofrimentos que batem à porta infalivelmente de toda consciência endividada perante si mesma. E se fôssemos comentar sobre a violência do indivíduo contra si mesmo no excesso de alimentação, no uso da bebida, no uso do tabaco, nos momentos de explosão pela cólera? Creio ser melhor pararmos por aqui para não nos tornarmos também violentos...



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita