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O Espiritismo responde
Ano 7 - N° 350 - 16 de Fevereiro de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta publicada nesta mesma edição, o leitor Manoel Goulart, de Serra (ES), diz-nos o seguinte:

Trabalho em reunião mediúnica e tem vezes que o Espírito se aproxima mas não fala. Ele é socorrido? Como?

O fato é conhecido de todas as pessoas que lidam com as sessões práticas do Espiritismo, mas é provável que nem todos saibam que dois importantes estudiosos da matéria já se manifestaram a respeito. Referimo-nos a Suely Caldas Schubert e Hermínio Corrêa de Miranda.

No livro Diálogo com as Sombras, Hermínio refere-se ao fato em várias oportunidades. Eis trechos do seu livro que focalizam o assunto:

Às vezes, o Espírito começa logo a falar, ou a esbravejar, mas, usualmente, ele precisa de alguns segundos para apossar-se dos controles psíquicos do médium, e não consegue falar senão depois de se ter acomodado bem à organização do seu instrumento; o doutrinador deve aproveitar esses momentos para uma palavra de boas-vindas, saudando-o com atenção, carinho e respeito. Em alguns casos o Espírito somente consegue expressar-se a muito custo, em virtude de seu estado de perturbação, de indignação, ou por estar com deformações perispirituais que o inibem. De outras vezes, usando de ardis, ou preparando ciladas, mantém-se em silêncio, para que o doutrinador se esgote, na tentativa de descobrir suas motivações, a fim de tentar ajudá-lo, com o que ele se diverte bastante. (Diálogo com as Sombras, cap. 29.)

Em uma oportunidade, tivemos também um caso, intensamente dramático, de um pobre sofredor, guilhotinado na França, durante a Revolução. Desde então — segundo apuramos em seguida — trazia a cabeça “destacada do corpo”, na mão direita, segura pelos cabelos. O diálogo inicial foi difícil, pois convicto de que estava sem cabeça, ele não tinha condições de falar. A custo, porém, o fui convencendo de que podia falar através do médium. Vivia apavorado ante a ideia de perder de vista a cabeça e nunca mais recuperá-la. Enquanto a tivesse ali, à mão, mesmo decepada, alimentava a esperança de “repô-la” no lugar. Isto foi possível fazer, com a graça de Deus. Oramos e lhe demos passes. Subitamente, ele sentiu que a cabeça voltara à sua posição correta. Louco de alegria, ele apalpava-se e só sabia repetir:
— Ela está aqui! Ela está aqui!...
E conferia, com a ponta dos dedos, toda a anatomia facial e craniana: os olhos, o nariz, a boca, as orelhas. Estava tudo lá. E dizia:
— Posso falar! Estou falando! (Obra citada, cap. 30.)

De outras vezes, apresentaram-se pobres infelizes, que não podiam expressar-se senão por gestos, porque a língua lhes tinha sido extirpada. Um destes, depois de reconstituída a sua condição, em vez de agradecer a Deus o benefício que acabava de receber, declarou que se vingaria daquele que, em antiga existência, mandara mutilá-lo. Foi-lhe mostrado, então, que, em existência anterior àquela, ele próprio mandara cortar a língua daquele mesmo que, depois, ordenou a sua mutilação. Nem assim ele se deu por achado: aquele a quem ele privara da língua não passava de um cão, pois era um mero escravo... Havia, porém, chegado a sua vez, e ele, não resistindo à realidade, entrou numa crise de arrependimento que o salvou.
Um dos casos mais dramáticos que presenciei foi o de um com­panheiro que havia sido reduzido, por métodos implacáveis de hipnose, à condição de um fauno. Estava de tal maneira preso à sua indução, que não podia falar, pois um fauno não fala. A despeito de tudo, porém, acabou falando inteligivelmente, para enorme surpresa sua. (Obra citada, cap. 12.)

Tivemos, certa ocasião, um doloroso caso de licantropia. Ao apresentar-se, incorporado no médium, o Espírito não consegue articular nenhuma palavra. Inteiramente animalizado, sabe apenas rosnar, esforçando-se por me morder. Embora o médium se mantenha sentado, ele investe contra mim, procurando atingir-me com as mãos, dobradas, como se fossem patas; de vez em quando, ameaça outro componente do grupo. Lembro-me de vagas cenas de atividades em desdobramento noturno, quando resgatamos, de sinistra região das trevas, um ser vivo que, em estado de vigília, não consegui caracterizar.
Como ele não tinha condições de falar, falei eu, tentando convencê-lo de que era um ser humano, e não um animal. A conversa foi longa e difícil. Sabia que, diretamente, ele ainda não tinha possibilidade de entender com clareza as palavras que eu dizia, mas estava certo de que, aos poucos, se tornaria sensível às vibrações de carinho e compreensão que sustentavam aquelas palavras. Falei-lhe, pois, continuamente, por longo tempo, procurando desimantá-lo, para libertá-lo do seu terrível condicionamento. Repetia-lhe que era um ser humano e não um animal; que tinha mãos, e não patas, unhas e não garras. (Obra citada, cap. 12.) 
(Os grifos são nossos.)

As situações referidas acima não esgotam o assunto, porque há outros motivos que podem levar determinado Espírito, numa sessão mediúnica, a não falar.

Segundo o que Suely Caldas Schubert expôs no cap. 12 da 3ª parte do livro Obsessão/Desobsessão, podem apresentar-se mais os seguintes motivos:

  • problemas de ordem mental que interferem no centro da fala
  • ódio intenso que oblitera a capacidade do Espírito de transmitir o que sente ou pensa
  • reflexo de doenças contraídas antes da desencarnação e que persistem no além-túmulo por algum tempo
  • desejo do Espírito de não revelar o que pensa, em uma atitude de defesa contra o trabalho que julga estar sendo feito junto dele.

Em face da mudez do Espírito, que deve fazer o doutrinador?

Não existe uma norma escrita que devamos seguir. O bom senso e a intuição exercem em casos assim um papel importante.

Suely Caldas Schubert, no mesmo capítulo da obra acima mencionada, diz que não existe necessidade real de insistir para que a entidade fale, forçando-a com perguntas, porque nem sempre isso é o melhor para o comunicante. O doutrinador deve, então, procurar sentir, sondar, captar os sentimentos que o Espírito revele, fato que não é tão difícil quanto parece, visto que os que sofrem ou os que se comprazem no ódio deixam transparecer seu estado íntimo. Necessitado do nosso amor e da nossa atenção, o doutrinador deve dizer-lhe palavras de reconforto, aguardando que responda espontaneamente.

Os Espíritos que tiverem realmente problema de mudez conseguirão, por meio de gestos, demonstrá-lo. O doutrinador irá, então, aos poucos, conscientizando-os de que esse problema pode ser resolvido, porque nada mais é que uma consequência da deficiência do corpo físico. Claro que, em condições como essas, o passe e a prece ajudarão de forma significativa na superação do obstáculo.


 


 
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