WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 320 - 14 de Julho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 20)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Há pacientes para os quais a melhor terapia é a permanência da doença? 

Sim. Obsidiados ou não, existem pacientes para os quais, graças à sua rebeldia sistemática e teimosa acomodação nas disposições inferiores, a melhor terapia é a permanência da doença, que os poupará de males maio­res. No campo das obsessões não são poucos os que, logo que se melhoram, abandonam o trabalho, para retornarem aos hábitos vulgares em que se compraziam. Logo que passe o sofrimento, a ilusão substitui a realidade, a volúpia do prazer estiola os desejos de servir e a pessoa cai na indife­rença, quando não ocorrem males piores. (Painéis da Obsessão, cap. 24, pp. 190 e 191.) 

B. Qual é, na essência, a função do Espiritismo?  

A fun­ção do Espiritismo é, essencialmente, a de iluminar a consciência, com a consequente orientação do comportamento, armando o aprendiz com os recur­sos que o capacitem a vencer-se, superando as paixões selvagens e subli­mando as tendências inferiores, com o que se elevará. Na terapia desob­sessiva, portanto, o contributo do enfermo é de vital importância, porque serão seus pensamentos e atos que responderão pela sua transformação mo­ral, para recuperar-se dos males praticados e repará-los. A evangelização do Espírito desencarnado é fundamental, mas igualmente o é a da criatura que se emaranhou na delinquência e ainda não se recuperou do delito pra­ticado. (Obra citada, cap. 24, pp. 190 e 191.) 

C. No atendimento a nós encarnados, até que ponto pode ir a ação dos Benfeitores espirituais?  

Os Benfeitores, como se sabe, auxiliam e esclarecem, mas não poupam ninguém aos compromissos próprios de elevação, às tarefas reparadoras, aos deveres imediatos. Eles inspiram, consolam, suavizam as asperezas da marcha; no entanto, cada qual terá  que caminhar com os pró­prios pés. (Obra citada, cap. 24 e 25, pp. 191 a 193.)

Texto para leitura 

90. Na terapia desobsessiva o contributo do enfermo é vital - A fun­ção da dor, nesses casos, reveste-se de um poder terapêutico de liberta­ção para quem a sabe aproveitar. É justo, pois, que o encarnado se modi­fique para melhor, com o que sensibilizará  seu opositor e adquirirá re­cursos de paz e títulos de trabalho para o seu crescimento espiritual. Há, no entanto, pacientes, obsidiados ou não, para os quais, graças à sua rebeldia sistemática e teimosa acomodação nas disposições inferiores, a melhor terapia é a permanência da doença, que os poupará de males maio­res. Há paralíticos que recuperam os movimentos e marcham para desastres que poderiam evitar, se o quisessem; portadores de micoses, chagas e pús­tulas que refazem a aparência física, curando-se das dermatoses mas in­fectando a mente e a alma com os contágios dos atos deprimentes; cegos que recobram a visão e a utilizam erradamente na observação dos fatos; viróticos e portadores de limitações que se restabelecem, atirando-se logo, lúbricos e desesperados, nos labirintos da insatisfação e da agres­sividade. No campo das obsessões não são poucos os que, logo que se melhoram, abandonam o trabalho, para retornarem aos hábitos vulgares em que se compraziam. Mesmo com Jesus o fenômeno era habitual; talvez por isso ele não os tenha curado a todos. E, dentre os curados, ficou memorá­vel a pergunta que ele dirigiu ao ex-hanseniano que lhe foi agradecer: "Não foram dez os curados? por que só este veio agradecer?" É comum fa­zer-se compromisso íntimo de renovação e trabalho, enquanto perdura a do­ença, negociando-se com Deus a saúde que se deseja pela promessa de trabalho. Logo que passe o sofrimento, a ilusão substitui a realidade, a vo­lúpia do prazer estiola os desejos de servir e a pessoa cai na indife­rença, quando não ocorrem males piores. Não basta, pois, frequentar a Casa Espírita, porque não é a visão do medicamento que propicia a saúde, mas a ingestão dele e a posterior dieta, ao lado de outros fatores que permitem o retorno ao bem-estar. Ademais, nem todos os males devem ser solucionados conforme a ótica de quem os padece, mas de acordo com os su­periores programas que estabelecem o que é melhor para a criatura. A fun­ção do Espiritismo é, essencialmente, a de iluminar a consciência, com a consequente orientação do comportamento, armando o aprendiz com os recur­sos que o capacitem a vencer-se, superando as paixões selvagens e subli­mando as tendências inferiores, com o que se elevará. Na terapia desob­sessiva, o contributo do enfermo é, pois, de vital importância, porquanto serão seus pensamentos e atos que responderão pela sua transformação mo­ral, para recuperar-se dos males praticados e repará-los. A evangelização do Espírito desencarnado é fundamental, mas igualmente o é a da criatura que se emaranhou na delinquência e ainda não se recuperou do delito pra­ticado. (Cap. 24, pp. 190 e 191) 

91. Cada indivíduo tem que caminhar com os próprios pés - Não raro é mais fácil obter-se resultados na terapia desobsessiva com pacientes de mente obnubilada, do que com aqueles que raciocinam e não se dispõem à tarefa de mudança interior, da ação dignificante, afogados em dúvidas que cultivam e indisposições que lhes agradam. Grande número de pacientes ob­sidiados transita por gabinetes de respeitáveis psiquiatras que lhes prescrevem drogas aditivas, de que se encharcam, viciando a vontade, que perde os comandos, demorando-se abúlicos e sofrendo dependências de demo­rada erradicação. Sem o controle da vontade, que sofre a ação barbitúrica da droga e a perniciosa interferência da mente perturbadora, o enfermo tem dificuldade de lutar, utilizando-se dos recursos desobsessivos cujos efeitos dele dependem.  É claro que esse procedimento psiquiátrico não deve ser censurado, tendo em vista que em determinados quadros da loucura a providência é salutar, especialmente nos muito agitados, nos catatôni­cos, nos psicóticos maníaco-depressivos, mesmo que estejam sob a indução de Espíritos, evitando-se, assim, a consumação do suicídio provocado. Deve-se evitar, contudo, o seu uso genérico.

Felipe valeu-se da fraqueza moral de Argos, para estabelecer contato telepático e prosseguir na indu­ção obsessiva, utilizando-se desse método, sutil e perigoso, pela estimu­lação das cargas negativas do comportamento de seu desafeto, com o fim de promover-lhe um quadro complexo de distúrbios da emoção e dominá-lo de­pois. Irmã Angélica, em contínuas advertências dirigidas aos trabalhado­res da Comunidade, esclarecia, reportando-se a Argos, as hábeis manobras de que os Espíritos vingativos se utilizam, e conclamava a todos à vigilância e à oração. Os Benfeitores, como se sabe, auxiliam e esclarecem, mas não poupam ninguém aos compromissos próprios de elevação, às tarefas reparadoras, aos deveres imediatos. Eles inspiram, consolam, suavizam as asperezas da marcha; no entanto, cada qual terá  que caminhar com os pró­prios pés. (Cap. 24 e 25, pp. 191 a 193) 

92. A Comunidade atendia a centenas de pessoas - Irmã Angélica per­cebia a sistemática rebeldia de Argos, que derrapava na ingratidão, uti­lizando mal a dadivosa oportunidade de trabalhar, sem integrar-se na ação da beneficência, método eficaz de granjear valores preciosos para sua re­alização interior. Numa Obra em que se movimentam muitas necessidades, a recreação é conseguida mediante a renovação das tarefas, sem desperdício de tempo nem demorados encontros de conversações sem utilidade. O inte­resse geral deve concentrar-se no bem de todos, no aprimoramento de cada um e no socorro aos menos aptos, e não no afastamento daqueles que têm necessidades... Na imaturidade que o assinalava, Argos esquecia-se de partilhar seu tempo e seus conhecimentos com os sofredores de origem hu­milde, para aplicá-los com os outros ao lado de quem se promovia. Natu­ralmente, ele dava-se conta de tal comportamento, porque, vez por outra, formulava propósito de mudança. Cessado, porém, o estado emocional, desa­bituado ao esforço contínuo, retornava depois aos mesmos hábitos frívo­los. A Comunidade era verdadeira colmeia-hospital, escola de aprendizagem e conquista da saúde espiritual, onde se movimentavam centenas de criatu­ras em superior intercâmbio de solidariedade e amor. Necessitados do corpo e da alma chegavam aos magotes, de todos os lados, cansados e espe­rançosos de amparo, que nunca se lhes negava, encaminhando-os aos vários setores de atendimentos sob a inspiração de Jesus. E Entidades enobreci­das aumentavam o plantel de servidores dedicados, em estágio de abnega­ção, em reconhecimento aos socorros oferecidos a seus afilhados e amores reencarnados ou convidados por Irmã Angélica. (Cap. 25, pp. 193 a 195) 

93. A Comunidade se inspirava na primitiva Casa do Caminho - O Ins­tituto tornou-se conhecido como um lar de bondade, um reduto de espe­rança; con­tudo, não escasseavam as surtidas da Treva, das Entidades ini­migas de muitos dos membros do clã espiritual, as quais se rebelavam por não os alcançarem mais amiúde, visto que se sentiam impedidas de se aden­trarem, ante as naturais defesas que resguardavam os residentes... A Ins­tituição lembrava a Casa do Caminho primitiva, onde foram plantadas as bases segu­ras do serviço social cristão, sob a inspiração e vivência da caridade. O que havia ali de superior fluía da presença psíquica do Cristo, através dos abnegados Mentores que ali operavam, impedindo que as pequenas áreas de natural atrito, decorrente das imperfeições dos seus membros, assumis­sem proporções agigantadas e os ressentimentos cresces­sem, sobrepondo-se ao dever da tolerância. Dirimiam-se incompreensões à luz do Evangelho e mágoas davam lugar à esperança sob a consolação da fé. Se alguém persis­tisse nas atitudes menos elevadas, ninguém lhe censurava a conduta. Cada um conhecia o seu dever e os dirigentes viviam suas res­ponsabilidades sem margem a censuras, o que, no entanto, não os isentava delas, em se consi­derando que os códigos de comportamento e as opiniões variam nos grupos humanos e, como é mais fácil condenar do que fazer, apontar defeitos do que corrigi-los, não faltavam os que lhes atirassem farpas. A Comunidade era uma tentativa de se criar, nos dias modernos, uma sociedade cristã pulsante, nos termos do pensamento primitivo dos apóstolos e sob as dire­trizes espíritas aneladas por Kardec, sem qualquer alienação dos grupos humanos vigentes, nem dos padrões culturais e histó­ricos do progresso so­cial da atualidade. Tratava-se de reviver a expe­riência comunitária dos discípulos de Jesus, no passado, com perspectivas para o futuro, inspi­rada, igualmente, nos Conglomerados existentes nas colônias espirituais. Um investimento espiritual de tal porte sustentava-se, sobretudo, na irrestrita confiança em Deus e no apoio do Cristo atra­vés dos seus Mensageiros encarregados da construção da nova humanidade. Apesar disso, seus membros não viviam em caráter de privilégio algum; aliás, os privilé­gios eram ali o serviço e a elevação moral. Era compre­ensível, pois, que aqueles que não se enquadrassem nas normas da ação elevada, mantendo os vícios mentais a que se aferravam, permanecessem em sintonia com seus afins espirituais. Eles recebiam auxílio da Institui­ção, mas, se insis­tiam no pessimismo, na revolta ou na leviandade, nova­mente se vinculavam aos parasitas que mantinham com eles o consórcio ex­travagante. (Cap. 25, pp. 196 e 197) (Continua no próximo número.) 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita