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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 283 - 21 de Outubro de 2012

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)

 

A constante proteção divina

“Nunca te deixarei, nem te desampararei.” (Paulo, Hebreus 13:5)
 

Vivemos num mundo de expiações e provas, onde o mal ainda é maior que o bem, e isso, obviamente, não é novidade para ninguém, no entanto, não podemos esquecer que cada criatura está no estágio evolutivo que construiu, contando sempre com a constante proteção divina.

Quando Paulo de Tarso sentenciou: “Nunca te deixarei, nem te desampararei”, estava informando que os recursos e mecanismos necessários para a nossa prosperidade espiritual sempre estiveram e estão à nossa inteira disposição. Utilizá-los com mais ou menos intensidade sempre foi uma deliberação exclusivamente nossa, dentro do livre-arbítrio de cada um.

Sendo criados por Deus, na simplicidade e na ignorância, mas com destino à perfeição, sempre tivemos a estrada aberta à nossa frente esperando por nossa vontade e esforço em trilhá-la na direção da felicidade, que nos aguarda mais adiante.

Somos hoje o que fizemos de nós ao longo do tempo, mas temos plenas condições de ser melhores se desejarmos, então, por certo, dentro da lógica divina, cada um receberá de acordo com as suas obras, no contexto fiel da lei do mérito.

O teor dos sábios e oportunos ensinamentos evangélicos nos aponta para uma vida atrelada aos preceitos morais, onde todas as metas e propostas humanas devam se dirigir para a edificação do bem-estar dos homens, pois Jesus Cristo, o modelo e guia da humanidade, ensinou que devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (Marcos 12:33). Qualquer outra direção que deliberarmos seguir será, sem dúvida, a contramão do bom senso.

E, diante do quadro aflitivo e desolador em que está mergulhada a humanidade, não é difícil compreender que ainda não entendemos a verdadeira mensagem cristã, mesmo estando ela clara e evidente diante dos nossos olhos e raciocínios.

O egoísmo e o orgulho continuam sendo nossos companheiros no quotidiano, quando nos achamos no direito de ter mais que os outros e que somos melhores do que aqueles que caminham conosco. Essas terríveis e nefastas chagas que enraizaram nos corações humanos têm impedido que vejamos no próximo um irmão de jornada, que também tem sonhos e aspira pela paz.

E não conseguindo ainda ou não querendo plantar a alegria e a felicidade nos corações alheios, pela lei de causa e efeito, também não temos tais benesses em nossos corações, daí, portanto, decorrer o nosso sofrimento e as nossas decepções.

“Ama o seu próximo como a si mesmo” – por que não amamos? “Faça ao seu irmão o que deseja para você mesmo” – por que, então, não fazemos? “Perdoe não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes” – por que não perdoamos? “Se baterem de um lado da sua face, oferece também a outra” – por que não oferecemos? “Se pedirem sua capa, dê também sua túnica” – por que não damos? “Se alguém te pedir que caminhes mil passos com ele, caminha dois mil” – por que não caminhamos? “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servidor de todos” – por que não somos?

A chave que tem plenas condições de abrir a porta para que encontremos o equilíbrio, serenidade e estabilidade moral está nas mãos de Jesus. Procurá-la em outras direções será retardar o nosso progresso espiritual e adiar o momento do nosso triunfo sobre a inferioridade que ainda nos domina.

Não existem culpados pelo que ainda somos. Ninguém tem o poder de impedir a nossa ascensão espiritual. Tudo depende exclusivamente da nossa perseverança e determinação em superar obstáculos e barreiras para seguir em busca dos nossos ideais de progresso e prosperidade.

A providência divina está à nossa inteira disposição, com todo o seu cabedal de dispositivos. Usá-la com mais ou menos proveito é atribuição própria de cada um.

Reflitamos...


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita