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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 276 - 2 de Setembro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 2)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. É certo dizer que a obsessão simples é parasitose comum em quase todas as criaturas? 

Sim. O fato decorre do natural intercurso psíquico vigente em todas as partes do Universo. Tendo-se em vista a in­finita variedade das posições vibratórias em que se demoram os homens, estes sofrem, do mesmo modo que influem em tais faixas, sintonizando, por pro­cesso normal, com os outros comensais aí situa­dos. Se são portadores de aspirações nobilitantes, haurem, onde se fi­xem, maior impulso para o crescimento. Permanecendo na construção do bem, dificilmente assimi­lam as induções perversas ou criminosas proce­dentes dos estagiários das regiões inferiores. Se in­teressados, porém, na vulgaridade e no prazer, na impiedade ou na pre­guiça, no vício ou na desordem, recebem maior influxo de ondas mentais equivalentes, resvalando para os despenhadei­ros da emoção aturdida e do desequilíbrio. Tais pacientes conduzem ao leito, antes do repouso físico, as apreensões angustiantes, as am­bições desenfreadas, as paixões perturbadoras, demorando-se em re­flexões que as vitalizam, vi­vendo-as pela mente, quando não encontram meios de fruí-las fisica­mente. (Nas Fronteiras da Loucura. Análise das Obsessões, pp. 11 e 12.)

B. Se a linha do equilíbrio psíquico é muito tênue, como prevenir-nos adequadamente? 

A prevenção natural consiste em manter uma atitude nobre diante da vida. Essa medida, além de fun­cionar como psicoterapia preventiva, constitui ótima dieta para o oti­mismo e a paz. (Obra citada. Análise das Obsessões, pp. 12 e 13.) 

C. Em que consiste a subjugação fisiopsíquica? 

A subjugação obsessional pode ser física, psíquica ou, simultaneamente, fisiopsíquica. A primeira não implica a perda da lucidez intelectual. No segundo caso, o paciente, dominado mentalmente, tomba em estado de passividade, não raro sob tortura emocional, che­gando a perder por completo a lucidez. No terceiro caso – a subjugação fisiopsíquica – o Espírito assenhoreia-se, simultaneamente, dos centros do co­mando motor e domina fisicamente a vítima, que lhe fica inerte, subju­gada, cometendo atrocidades sem nome. (Obra citada. Análise das Obsessões, pp. 15 a 17.)

Texto para leitura 

5. Recepção da ideia perturbadora - Vivendo em permanente inter­câmbio, nós Espíritos, encarnados e desencarnados, participamos das vivências no corpo e fora dele. Não apenas por pro­cessos de vingança pessoal, em que os desafetos se buscam, como por fatores de variada motivação, assimilam-se ideias e pensamentos pela simples sintonia da onda própria em que se situam as mentes. Assaltada por vibrações nega­tivas, a mente ociosa ou indisciplinada, viciada ou rebelde, logo re­gistra a interferência e – porque não se ajusta a um programa educa­tivo da vontade – recebe o impulso da ideia, permi­tindo-se aceitar a sugestão perturbadora, que agasalha e vitaliza sob a natural acomoda­ção dos complexos e recalques, dos comportamentos pessimistas ou exal­tados peculiares a cada um. Aceita a indução, forma-se uma tomada para a ligação com a sombra, em regime de inter­câmbio psíquico. (Análise das Obsessões, pp. 10 e 11) 

6. Intercâmbio mental - Fixada a ideia infeliz, os porões do inconsciente deixam transbordar as im­pressões angustiosas que dormem armazenadas, confundindo-se, na cons­ciência, com as informações atuais, ao tempo em que se encontra em de­sordem pela influência da parasitose externa que se vai assenhoreando do campo exposto, sem defesas. Por natural pro­cesso seletivo, e consi­derando as tendências, as preferências emocio­nais e intelectuais do paciente, a injunção produz melhor aceitação das recordações pernicio­sas, que servem de veículo e acesso ao pensa­mento do invasor. Em casos desta natureza, a polivalência mental tende ao monoideísmo, que produz os quadros da fascinação torturante e, por fim, da subjugação de difí­cil reversibilidade. A obsessão simples é, pois, parasitose comum em quase todas as criaturas, em se considerando o natural intercurso psí­quico vigente em todas as partes do Universo. Tendo-se em vista a in­finita variedade das posições vibratórias em que se demoram os homens, estes sofrem, quanto influem em tais faixas, sintonizando, por pro­cesso normal, com os outros comensais aí situa­dos. Se são portadores de aspirações nobilitantes, haurem, onde se fi­xem, maior impulso para o crescimento. Permanecendo na construção do bem, dificilmente assimi­lam as induções perversas ou criminosas proce­dentes dos estagiários das regiões inferiores, mas não ficam indenes à agressão temporária ou permanente de que se liberam em face dos obje­tivos morais que perse­guem, graças aos quais vibram em mais elevada escala psíquica. Se in­teressados, porém, na vulgaridade e no prazer, na impiedade ou na pre­guiça, no vício ou na desordem, recebem maior influxo de ondas mentais equivalentes, resvalando para os despenhadei­ros da emoção aturdida e do desequilíbrio. Tais pacientes conduzem ao leito, antes do repouso físico, as apreensões angustiantes, as am­bições desenfreadas, as paixões perturbadoras, demorando-se em re­flexões que as vitalizam, vi­vendo-as pela mente, quando não encontram meios de fruí-las fisica­mente. Ao se desdobrarem sob a ação do sono, encontram-se com os afins – encarnados ou não – com os quais se identificam... Quando desper­tam, trazem a mente atribulada, tarda, sob incômodo cansaço físico e psíquico, encontrando dificuldade para fixar os compromissos e as lições edificantes da vida. Nessa posição – a ideia obsidente fixada e a viciação estabelecida – dá-se o intercâm­bio mental. Já  não é o pensamento que busca acolhida, mas a atividade que tenta intercâmbio, mantendo diálogo, discutindo, analisando as questões em pauta, do que decorre a predominância do parasita espiri­tual, que mais se acerca psiquicamente da casa mental e da vontade do seu consorte. (Análise das Obsessões, pp. 11 e 12) 

7. Reflexos da interferência - Como efeito dessa interferência, surgem as síndromes da inquietação: as desconfianças, os estados de insegurança, as enfermidades de pequena monta, os insucessos em torno do obsidiado, dando campo a incertezas, a mais ampla perturbação inte­rior. Gera uma psicosfera perniciosa à própria volta pela eliminação dos fluidos deletérios de que é vítima e absorve-a mais condensada, por escusar-se a ouvir sadias questões, participar de convívios ame­nos, ler páginas edificantes, auxiliar o próximo, renovar-se pela ora­ção. Conforme a constituição de seu temperamento, se tende à depres­são, faz-se apático, adentrando-se pela melancolia, em razão da mensa­gem telepática deprimente e os clichês mentais pessimistas que ressu­mam do arquivo da inconsciência. Em sentido oposto, se é dotado de constituição nervosa excitada, torna-se agressivo, violento, em desar­monia de atitudes – explode por nonadas, e logo se arrepende –, ex­pondo a aparelhagem psíquica e os nervos a altas cargas de energias que danificam os sensores e condutores nervosos, com singulares pre­juízos para a organização fisiopsíquica. Nesse período podem-se per­ceber os estereótipos da obsessão, que facilmente se revelam pelas atitudes inusitadas, pelo comportamento ambivalente – equilíbrio e distonia, depressão e excitação – alienando a criatura. Aos hábitos salutares vão-se sucedendo as reações intempestivas, rotuladas como exóticas, a perda dos conceitos de critério e valor, que dão lugar a estranhas quão paradoxais formas de conduta. A linha do equilíbrio psíquico é muito tênue e delicada. As interferências de qualquer natu­reza sobre a faixa de movimentação da personalidade produzem, quase sempre, distúrbio, por empurrarem o indivíduo a procedimentos irregu­lares a princípio, que depois se fixam em delineamentos neuróticos. A ação fluídica dos desencarnados, pela sua insistência, interfere no mecanismo do hospedeiro, complicando o quadro com a indução inteli­gente, em telepatia espiritual, que facilita a simbiose com o anfi­trião. Nessa fase, e antes que o paciente assuma a interferência de que é vítima, a terapia espírita torna-se de resultado positivo, libe­rador. Ideal, no entanto, é a atitude nobre diante da vida, que fun­ciona como psicoterapia preventiva e que constitui dieta para o oti­mismo e a paz. (Análise das Obsessões, pp. 12 e 13) 

8. Obsessão por fascinação - Estabelecidos os liames da comunica­ção, o processo continua, no sentido de se firmarem os "plugs" do ca­nal obsessivo no recipiendário, que a partir daí comparte as suas ideias com as que lhe são insufladas. Na medida em que o campo mental da vítima cede área, esta assimila não apenas a indução telepática, mas também as atitudes e formas de ser do seu hóspede. A pessoa perde a noção do ridículo e das medidas habituais que caracterizam o discer­nimento, acatando sugestões que incorpora, aceitando inspirações como diretrizes que todos consideram disparatadas, mas que a ela são per­feitamente lógicas. Conhecendo as imperfeições morais, o caráter e a conduta daqueles a quem perturbam, os Espíritos inspiram e impõem ideias absurdas, com que objetivam isolar o paciente das pessoas que o podem auxiliar. Enquanto se barafustam na fascinação, de que se tornam fácil presa, desconectam-se as últimas defesas e arriam-se as compor­tas dos diques da lógica, dando oportunidade à incidência mais com­plexa da turbação mental. As dificuldades de tratamento se ampliam, por não se poder contar com o auxílio do obsidiado. Como em toda ob­sessão, como em qualquer sofrimento, estão em pauta os recursos dé­bito-crédito do indivíduo, a disposição deste contribui muito, e deci­sivamente, para os resultados do tentame. Os esforços que a pessoa em­preende, a par das ações que executa, constituem-lhe couraça contra o mal, conquistas capazes de alçá-lo às faixas vibratórias próprias que a defendem e liberam. Como a fascinação decorre da indolência moral e mental do paciente, os tentames para a sua libertação tornam-se mais complexos, exigindo abnegação, esforço, assistência contínua.  (Análise das Obsessões, pp. 14 e 15) 

9. Obsessão por subjugação - Em cada caso de alienação obsessiva encontram-se razões propelentes que caracterizam o processo. Por isso, apesar de a gênese serem as faltas morais do enfermo, sendo agente a Entidade desencarnada, os móveis predisponentes e preponderantes va­riam de acordo com cada pessoa. A terapêutica é genericamente a mesma, contudo seus resultados variam segundo os pacientes, suas fichas cár­micas e os esforços que empreendem para destrinçarem a trama em que se envolvem. Na obsessão, à medida que se agrava o quadro de interferên­cia, a vontade do hospedeiro perde os contatos de comando pessoal, na razão direta em que o invasor assume a governança, e isso é mais grave quando se trata de Espírito mais lúcido, técnica e intelectualmente, que se assenhoreia dos centros cerebrais com a imposição de uma deli­beração bem concentrada nos móveis que persegue, manipulando com habi­lidade os dispositivos mentais e físicos do alienado. A subjugação pode ser então física, psíquica ou, simultaneamente, fisiopsíquica. A primeira não implica a perda da lucidez intelectual, porquanto a ação se dá diretamente sobre os centros motores, obrigando o indivíduo a ceder à violência que o oprime, ainda que se negue a obedecer. Neste caso, podem irromper enfermidades orgânicas, por se criarem condições celulares próprias para a contaminação por vírus e bactérias, ou mesmo sob a vigorosa e contínua ação fluídica dilacerarem-se os tecidos fi­siológicos ou perturbar-se o metabolismo geral, com singulares prejuí­zos físicos... No segundo caso, o paciente, dominado mentalmente, tomba em estado de passividade, não raro sob tortura emocional, che­gando a perder por completo a lucidez, visto que perde temporária ou definitivamente, durante sua atual reencarnação, a  área da consciên­cia, não podendo livremente expressar-se. O Espírito encarnado movi­menta-se, então, num labirinto que o atemoriza, algemado a um adversá­rio que lhe é impenitente, maltratando-o, aterrando-o com ameaças cruéis, em parasitose firme na desconsertada casa mental. No terceiro caso, o Espírito assenhoreia-se, simultaneamente, dos centros do co­mando motor e domina fisicamente a vítima, que lhe fica inerte, subju­gada, cometendo atrocidades sem nome. Nos processos obsessivos estão incursas na Lei as pessoas que constituem o grupo familiar e o grupo social do paciente, situado aí por necessidade evolutiva e de resgate para todos. Não se podem evadir à responsabilidade os que foram cúm­plices ou co-autores dos delitos, quando os infratores mais comprome­tidos são alcançados pela justiça. A cruz da obsessão é peso que tomba sempre sobre os ombros das consciências comprometidas. (Análise das Obsessões, pp. 15 a 17) (Continua no próximo número.)
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita