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Correio Mediúnico
Ano 6 - N° 276 - 2 de Setembro de 2012
 

 

Cólera

Hilário Silva


Antônio Sobreira, a caminho da garagem onde mantinha pequena frota de caminhões, foi ver a mãezinha doente, que lhe pediu, logo após rápidos instantes de conversa:

— Meu filho, tenha cuidado contra a irritação. Em nossa reunião espírita de ontem à noite, nosso velho amigo Silvério Barcas, que desencarnou num ato de imprudência, conclamou a todos que trabalhassem contra a cólera. E você tem estado muito nervoso...

— Não se aflija, mãe — respondeu sorrindo.

Entretanto, mal dera alguns passos na rua, foi procurado por um motorista, que lhe disse:

— “Seu” Antônio, venha depressa. O Avelino, seu irmão, atropelou o seu filho.

Indignado, Sobreira entrou no veículo, como fera, e daí a minutos estava, de novo, à frente de casa.

Aglomerava-se o povo em torno de larga mancha de sangue.

Avelino, o seu irmão, dirigiu-se para ele e rogou, transtornado:

— Antônio, perdoe-me! Vinha passando em marcha regular, quando o Antoninho atravessou... Foi questão de um segundo...

— Onde está meu filho? — gritou Sobreira.

Uma senhora logo afirmou que o menino acidentado fora conduzido no colo materno para o hospital, junto de dois médicos que haviam passado, momentos antes.

— Você pagará tudo — falou Sobreira, aos berros para o irmão. — Arranjei o caminhão para você, a fim de matar a fome de sua família, e você mata o meu filho?! Mas você hoje me pagará tudo...

E sem ouvir mais nada, avançou para o pobre motorista, aos murros, deixando-o no chão com várias escoriações e equimoses.

Em seguida, cego de fúria, toma o automóvel, mas, atingindo o hospital, encontra na portaria a esposa sorridente, com o filhinho feliz.

— Graças a Deus — diz ela ao esposo —, nada aconteceu. Antoninho não teve um arranhão.

— E o sangue no asfalto? — pergunta Sobreira, varado de assombro e remorso.

Somente então veio a saber que o sangue pertencia ao cachorro de estimação — o Totó, que acompanhava o menino, e que os médicos que o haviam atendido, de passagem, eram ambos veterinários.

Naquele instante, Sobreira, recordando as palavras de sua mãe, não pôde sofrear as lágrimas de arrependimento...


Do cap. 12 do livro Almas em Desfile, de Hilário Silva, psicografado pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita