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O Espiritismo responde
Ano 5 - N° 249 - 26 de Fevereiro de 2012
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)



Uma leitora de Brasília-DF, em carta dirigida a esta revista, diz sentir-se confusa com a técnica seguida pela Casa Espírita de que participa, a qual encaminha as pessoas obsidiadas para passes "especiais" desobsessivos de níveis II e III. Os passes “normais”, que são ministrados após a palestra pública, são considerados “fracos” pela direção do Centro. Por isso, os que enfrentam processos obsessivos têm de receber aqueles outros.

As perguntas que a leitora nos faz são estas: No tocante aos passes, existe essa diferenciação a nível doutrinário? A obsessão, caso constatada, deve ser tratada através de passes diferenciados?

O tratamento espírita da obsessão é objeto de inúmeras obras espíritas, como O Livro dos Médiuns e O Evangelho segundo o Espiritismo, ambas de Allan Kardec.

É claro que, no tocante ao tema obsessão e a muitos outros temas, não podemos restringir-nos ao que Kardec ensinou, mas todos os autores, encarnados e desencarnados, que trataram até hoje do assunto confirmam o que o Codificador propôs, ou seja: 1.) a necessidade do tratamento magnético; 2.) a importância da chamada doutrinação do agente causador da obsessão; 3.) a renovação de suas atitudes por parte do enfermo.

Vê-se, pois, que no tratamento das obsessões o passe magnético é um dos elementos componentes da terapia, mas não é o único nem o mais importante.

Esse entendimento pode ser visto em diversas obras espíritas que tratam do assunto. Desobsessão, de André Luiz, e Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert, são duas delas. Há, ainda, os estudos de Hermínio C. Miranda e Manoel Philomeno de Miranda.

Este último entende que o melhor médico, em se tratando do tratamento da obsessão, será sempre o enfermo, como Suely Caldas Schubert mostra em sua obra, acima citada, da qual extraímos os seguintes apontamentos:

1.) Esclarecer o paciente é fazê-lo sentir quanto é essencial sua participação no tratamento; é orientá-lo, dando-lhe uma visão gradativa, cuidadosa, do que representa em sua existência aquele que é considerado o obsessor; é levantar-lhe as esperanças, se estiver deprimido; é transmitir-lhe a certeza de que existem dentro dele recursos imensos que precisam ser acionados pela vontade firme, para que venham a eclodir, revelando-lhe facetas da própria personalidade até então desconhecidas dele mesmo. É, enfim, ir aos poucos conscientizando-o das responsabilidades assumidas no passado e que agora são cobradas através do irmão infeliz que se erigiu em juiz, cobrador ou vingador. (Obsessão/Desobsessão, segunda parte, cap. 9, p. 114.)

2.) O obsidiado só se libertará quando ele mesmo se dispuser a promover a autodesobsessão. O Espiritismo não pode fazer por ele o que ele não fizer por si mesmo. Muito menos ainda os médiuns, ou alguém que lhe queira operar a cura. É preciso compreender que o tratamento da obsessão não consiste na expulsão do obsessor: alcançado isso, se fosse possível, ele depois voltaria, com forças redobradas, à obra interrompida. A terapia tem em vista a reconciliação; trata-se de uma conversão a ser feita, tarefa que requer do obsidiado uma ampla cooperação, grandes esforços e boa vontade. (Obra citada, segunda parte, cap. 2.)

3.) A renovação moral é, como já foi dito, fator essencial ao tratamento desobsessivo. Yvonne A. Pereira, em seu livro Recordações da Mediunidade, é incisiva a tal respeito: “O obsidiado, se não procurar renovar-se diariamente, num trabalho perseverante de autodomínio ou autoeducação, progredindo em moral e edificação espiritual, jamais deixará de se sentir obsidiado, ainda que o seu primitivo obsessor se regenere. Sua renovação moral, portanto, será a principal terapêutica, nos casos em que ele possa agir”. (Obra citada, segunda parte, cap. 2.) 

Com relação aos passes magnéticos é preciso entender que eles não resolvem tudo e apresentam limitações muito claras, conforme demonstra o Especial intitulado “O passe magnético e seus limitações”, publicado na edição 101 desta revista. Eis o link:
http://www.oconsolador.com.br/ano2/101/especial.html

A classificação dos passes a que a leitora se refere é algo superado na maioria das casas espíritas. A eficácia do passe não depende da fórmula exterior, pois está inteira na assistência espiritual da pessoa que o ministra.

José Herculano Pires foi enfático no tocante ao assunto ("Obsessão, o passe, a doutrinação", editora Paideia, págs. 35 a 37): "O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus. O passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje o envolveram alguns teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado há muito superado. Os Espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita, que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações”.

 


 
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