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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 245 - 29 de Janeiro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Grilhões Partidos

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 20)

Continuamos a apresentar o estudo do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada inicialmente no ano de 1974.

Questões preliminares

A. No dia em que a mãe de Matias foi visitada pelo Coronel Santamaria, fazia quantos anos que o ex-soldado morrera em combate?  

Quase dezessete anos fazia que Matias tombara em combate na Itália. (Grilhões Partidos, cap. 23, pp. 221 a 223.)

B. Que Espíritos estiveram presentes à reunião realizada à noite no lar da genitora de Matias e que resultado se obteve no encontro?  

Sob a direção do Dr. Bezerra de Menezes reuniram-se ali, naquela noite, os Espíritos de Josefa, Abigail, Coronel Santamaria e Ester, todos em desprendimento durante o sono. Dentre os desencarnados, participaram do encontro José Petitinga, Manoel Philomeno e Melquíades, além de muitos amigos espirituais de Josefa e D. Abigail, interessados na tranquilidade de ambas. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 226.) 

C. No dia seguinte ao da reunião, como foi o despertar de D. Abigail e de sua filha?  

D. Abigail despertara muito cedo e, embora não recordasse os pormenores, tinha em mente o sonho agradável. Josefa despertou, após o sonho ditoso, recordando-se com surpreendente niti­dez da ocorrência espiritual. O quarto exíguo, nauseante, sombrio e aba­fado, em contraste com o dia de sol claro, que convidava à vida, amar­gurou-a mais do que noutras vezes. A jovem tremia como varas verdes. Um terror dominou-a. Temia, com razão, o desforço dos comparsas de ilusão. Sentiu-se então desvairar, a cabeça rodopiou e as entidades desencarnadas que a vampirizavam tentaram agredi-la. Bezerra de Menezes e Manoel Philomeno, que a tudo assistiam, aguar­davam a decisão da jovem, em respeito ao livre-arbítrio de que todos somos titulares. Josefa, cercada dos malfeitores que escolhera por vontade própria, atônita, recordou-se do sonho novamente e começou a orar, apoiando-se ao portal do quarto. A prece ansiosa e confiante en­volveu-a em vibrações diferentes. A moça apelava, comovida, necessi­tada, e, como nenhum pedido aos Céus se demora sem resposta, o Benfei­tor Espiritual aproximou-se, expulsou os parasitas espirituais, con­centrou-se e falou-lhe enérgico: "Vem! Jesus está aguardando por ti. Vem! Agora, ou só muito tarde..." Josefa não registrou o chamado nos seus ouvidos carnais, mas na acústica da alma a voz vigorosa de Bezer­ra dava-lhe forças. "Valei-me, Mãe Santíssima! –  ela rogou, em lá­grimas. Socorrei-me, Senhora!" E, adquirindo novo alento, a jovem des­ceu a escada, passou pelo balcão da entrada e saiu, em direção ao lar materno, para nunca mais regressar. (Obra citada, cap. 24, pp. 227 a 230.)

Texto para leitura 

117. Um novo encontro durante o sono - Antes de regressar ao hotel em que se hospedara, o Coronel Santamaria deixou com D. Abigail um cartão do referido estabelecimento, prometendo retornar no dia seguinte, no mesmo horário. Ele seguia feliz e sensibilizado. Ao homem rígido suce­dera o coração afável que compreendia e se comovia, e ele, em sua tela mental, anteviu os dias em que o Evangelho conseguiria triunfar nas criaturas humanas... Durante a noite, no lar da genitora de Matias, Bezerra de Menezes fez com que se reunissem Josefa, Abigail, o Coronel Santamaria e Ester, todos em desprendimento durante o sono. Fazia quase dezessete anos que Matias tombara em combate e sua mãe, em suas reflexões, embevecida com o singular encontro com o antigo chefe de seu filho, via naquele fato o dedo do filho que vinha do além-túmulo para ajudá-la e à irmã. Bezerra de Menezes e Manoel Philomeno buscaram o Espírito de Josefa, desembaraçando-o, em caráter parcial, dos densos fluidos da organização física. Depois, amigos espirituais buscaram o Coronel Santamaria. José Petitinga formava também na equipe espiritual que ali trazia o Coronel. Pouco depois o irmão Melquíades chegou tra­zendo Ester. Tudo fora organizado com esmerada meticulosidade. No Mundo Espiritual –  anotou Manoel Philomeno –  são programadas as ocor­rências boas ou infelizes que irromperão mais tarde, entre as criaturas, em conexões ditas casuais... "Crimes, reabilitações, tragé­dias, sacrifícios são, inicialmente, concertados cá...", afirma Phi­lomeno. (Cap. 23, pp. 221 a 223) 

118. Eduardina se vê face a face com Maria do Socorro - Muitos amigos espirituais de Josefa e D. Abigail ali compareceram, interessados, por sua vez, na tranquilidade de ambas. Bezerra de Menezes, depois de ha­ver despertado os convidados, pediu a José Petitinga que fizesse a oração. Em seguida, o Benfeitor Espiritual dirigiu-se a todos, expli­cando o porquê daquele encontro. Era preciso, disse então, liberar a alma das reminiscências amargas e dos ódios injustificados. "O passado é algema para quem nele se fixa e asa de luz para quantos o transfor­mam em experiência bendita", asseverou Bezerra. "A aduana da consciên­cia cobra as taxas dos erros de todos, mas não dispõe de direitos para alcançar a bagagem moral do próximo, exigindo tributos... Assim, exa­minemo-nos para acertar e ajudemos para que nos ajudem...", acrescen­tou o amorável Instrutor. Referiu-se então ao Monsenhor Severo Augusto dos Mártires, arrependido dos erros do pretérito, na figura do Coronel Santamaria, que dava início à sua redenção, ao lado de D. Eduardina Rosa de Montalvão do Alcantilado, hoje sua filha Ester, de quem se fi­zera cúmplice em ardilosos crimes. "O amor que por ela nutria e o des­governava, santifica-o hoje, mediante o desvelo e a ternura que lhe tem dado", afirmou Bezerra. Josefa (Maria do Socorro) foi acometida de um riso histérico e daí passou ao desacato verbal, quando ouviu o nome de D. Eduardina e a descrição de seus sofrimentos atuais. Maria do So­corro re­cordava com nitidez o que lhe sucedera: "Tia infame e per­versa!" –  pôs-se a imprecar. –  "Roubou-me o amante e encarcerou-me, desterrando meu filho... Arrojou-me a uma `Casa de Deus', na qual a revolta e o desespero fizeram-me odiá-lo... Nunca soube do ser que eu carregava comigo; nem sequer me deixaram vê-lo... Alegro-me por saber que ela paga... E Casimiro, onde se encontra?... Diga-me, alguém... Como o amo!" (Cap. 23, pp. 223 e 224) 

119. O ódio se desintegra nas águas claras do amor - Bezerra de Menezes respondeu a Maria do Socorro: "Casimiro, filha, como tu mesma, retor­nou à Terra. Ouve: a Justiça de Deus não erra, nem tarda, manifesta-se, não con­forme nosso agrado, porém no mo­mento oportuno. Eduardina, conforme in­formei, ressurgiu no corpo da filha do Monsenhor dos Márti­res; Casi­miro envergou as roupagens físicas de Matias, teu irmão, a quem te apegavas e de quem recebias as santas carícias da fraterni­dade; tua filhinha, pois que fora uma menina o teu rebento, e que teve vida efê­mera, volveu na condição de tua mãe, que ora por ti se sacri­fica, qual tu mesma fizeste, a fim de conceder-lhe a bênção do corpo..."  E o Benfeitor continuou: "Observa a justeza e a sabedoria das Leis Divi­nas. Nosso Matias, em momento de exacerbação, ergueu-se como vingador, cobrando a dona Eduardina o débito que lhe não cabe exigir... Graças, no entanto, a essa circunstância de que o Celeste Amor se utilizou, aqui estão os algozes oferecendo proteção às víti­mas... Não lhes ne­gues o teu concurso..." Josefa se disse confusa, mas Bezerra lhe asse­gurou que o amor passaria à sua porta, mais tarde, sob outro aspecto. O desvario do sexo não aplaca a sede de quem aspira ao amor. Os que buscam na sofreguidão do corpo o lenitivo para a febre interior não sabem que o desespero mais produz ardência e desgaste, alucinando a razão. Pouco depois, Ester acercou-se de Josefa e abra­çou-a. Elas ti­nham praticamente a mesma idade. Ester então lhe disse: "Como te aban­donei na condição de tia, invigilante e perdida, ajuda-me a amparar-nos como irmãs arrependidas, em recuperação... Dá-me a mão que despre­zei... Eu estava louca e não sabia..." Josefa abraçou-a tam­bém, con­cordando com a proposta. D. Abigail aproveitou o ensejo e afa­gou ambas as moças, seguida pelo Coronel Santamaria, que estreitou as três per­sonagens em nobre gesto de carinho, informando: "Rogarei a Deus tor­nar-me digno da reabilitação a que nos propomos todos. Tudo farei por ser fiel ao Pai, a vocês e à santa fé que me infunde vida e forças ao espírito calceta". (Cap. 23, pp. 224 a 226) 

120. Josefa volta para casa - A referência evangélica que abre o último capítulo deste livro fala sobre o sacrifício mais agradável ao Senhor: antes de se apresentar a Deus para ser por ele perdoado, precisa o ho­mem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos ("O Evangelho segundo o Espiritismo", cap. X, item 8). Josefa despertou, após o sonho ditoso, recordando-se com surpreendente niti­dez da ocorrência espiritual. O quarto exíguo, nauseante, sombrio e aba­fado, em contraste com o dia de sol claro, que convidava à vida, amar­gurou-a mais do que noutras vezes. Teve súbito pavor pelo recinto e por si mesma, e, como estivesse eletrizada por uma decisão superior, reuniu os escassos pertences, saindo apressadamente. A jovem tremia como varas verdes. Um terror dominou-a. Temia, com razão, o desforço dos comparsas de ilusão. Sentiu-se então desvairar, a cabeça rodopiou e as entidades desencarnadas que a vampirizavam tentaram agredi-la. Bezerra de Menezes e Manoel Philomeno, que a tudo assistiam, aguar­davam a decisão da jovem, em respeito ao livre-arbítrio de que todos somos titulares. Josefa, cercada dos malfeitores que escolhera por vontade própria, atônita, recordou-se do sonho novamente e começou a orar, apoiando-se ao portal do quarto. A prece ansiosa e confiante en­volveu-a em vibrações diferentes. A moça apelava, comovida, necessi­tada, e, como nenhum pedido aos Céus se demora sem resposta, o Benfei­tor Espiritual aproximou-se, expulsou os parasitas espirituais, con­centrou-se e falou-lhe enérgico: "Vem! Jesus está aguardando por ti. Vem! Agora, ou só muito tarde..." Josefa não registrou o chamado nos seus ouvidos carnais, mas na acústica da alma a voz vigorosa de Bezer­ra dava-lhe forças. "Valei-me, Mãe Santíssima! –  ela rogou, em lá­grimas. Socorrei-me, Senhora!" E, adquirindo novo alento, a jovem des­ceu a escada, passou pelo balcão da entrada e saiu, em direção ao lar materno, para nunca mais regressar. (Cap. 24, pp. 227 e 228) 

121. Os fatos se precipitam - D. Abigail despertara também muito cedo. Embora não recordasse os pormenores, tinha em mente o sonho agradável. Quando Josefa chegou a casa, ela supôs que a filha tinha cometido al­gum delito. Depois que Josefa lhe narrou o sonho, a mãe ficou calma e contou-lhe sucintamente, com a clareza possível, a visita do Coronel Santamaria e seu desejo de ajudá-las. "Deus existe, minha menina e Ele nos irá ajudar!", falou confiante D. Abigail. Com receio do desforço dos seus exploradores, a filha disse-lhe que não poderia permanecer ali; era preciso sair para algum lugar onde não a encontrassem. A mãe deliberou então ir até ao Hotel, passando antes na casa de Teófilo, presi­dente do Centro Espírita, a quem pediriam ajuda. Depois de algu­mas providências rápidas, elas seguiram ao lar de Teófilo, que as re­cebeu eufórico e, após inteirar-se do caso, dispôs-se a ir até ao ho­tel à procura do Coronel. A vida do irmão Teófilo, já septuagenário, se transformara em viva lição de fé e amor. Os sofredores nele encontra­vam um irmão abnegado. Seu exemplo constituía sua força. Quando ele chegou ao hotel, encontrou o Coronel Santamaria que se pre­parava para sair em passeio pela orla marítima da cidade. (Cap. 24, pp. 229 e 230) (Continua no próximo número.)


 


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