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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 245 - 29 de Janeiro de 2012

 

Vontade de mudar

 

Apesar de tudo o que sua mãe lhe ensinava em casa e o que aprendia na escola, Juliano, de doze anos, era um garoto que não tinha controle das suas emoções.

Como ele não admitisse ser contrariado, qualquer coisa virava um grande problema para o menino. Sua vontade tinha que ser obedecida e seus desejos satisfeitos rapidamente.

Quando isso não acontecia, Juliano enchia-se de cólera, o sangue lhe subia à cabeça e ele punha-se a gritar, atirando na parede, ou onde fosse, o que tinha nas mãos.

Assim, seu quarto vivia em cacos, pois ele arremessava livros, brinquedos, cadeira, abajur, contra a parede. Quebrava espelho, vidraças e tudo o que lhe caísse nas mãos.

Quando a mãe ouvia o barulho, já sabia que algo tinha acontecido para deixar o filho furioso, e corria para o quarto tentando tranquilizá-lo e resolvendo o problema, que podia ser uma roupa que ele queria vestir, um brinquedo que não estivesse encontrando, um trabalho de escola, ou outra dificuldade qualquer.

Nesse dia, a mãe estava na sala quando ouviu os gritos do menino. Com vergonha dos vizinhos, que não poderiam deixar de escutar aquele barulho todo, ela correu até o quarto dele.

— Calma, meu filho! O que houve? — perguntou.

— É essa porcaria de brinquedo que não quer funcionar! 

E Juliano pegou o brinquedo, um carrinho de corridas com controle remoto que recebera de presente no Natal e que agora estava quebrado e arremessou-o na parede, cheio de raiva.

A mãe estremeceu! Era um brinquedo caro, e agora até a pista de corrida estava quebrada!   

Nesse momento, apareceu na porta uma carinha assustada. Era Diana, uma garota da sua idade, muito simpática, que havia se mudado para a casa ao lado e se tornaram amigos. Ao ouvir o barulho, preocupada, ela veio saber o que estava acontecendo.

Ao ver a menina no vão da porta, com os olhos arregalados e expressão de medo, Juliano tentou conter-se, respirando fundo.

— Oi, Juliano! Desculpe ir entrando assim sem bater, mas ouvi o barulho e achei que algo de muito sério estava acontecendo com você. Posso ajudar?

Ao ouvir sua voz meiga e mansa, ele serenou um pouco. Pegou o brinquedo que acabara de atirar contra a parede, e explicou:
 

— É este meu carrinho novo! Acabei de ganhar de presente e ele não funciona! Você acredita?!...

A menina olhou para o brinquedo, agora todo quebrado, que ele tinha na mão, e perguntou:

— E agora, você acha que ele vai funcionar?

Juliano baixou a cabeça, envergonhado, e Diana continuou:

— É uma pena, realmente! Deve ter custado muito caro. Neste caso, como o brinquedo é novo, bastaria ter procurado a loja que o vendeu e eles resolveriam a questão! Sabe, Juliano, aprendi com meus pais que, quando queremos alguma coisa, não adianta perder o controle. Só com calma conseguimos resolver nossos problemas.

O garoto tentou se justificar:

— É que não consigo me controlar, Diana! Eu sou assim, meu corpo é assim, entende? O sangue me sobe à cabeça e, quando percebo, já fiz.

— Mas não é seu corpo que é culpado, pois ele só obedece às ordens do espírito! Você culparia um cavalo mal dirigido, que obedece às ordens do cavaleiro, pelos estragos que causa? Assim também é o nosso corpo! Aprendi isso num texto do Evangelho. Mas... você já conseguiu resolver algo dessa maneira?

— Não. Nunca! Só perco o que tenho — reconheceu o menino, cheio de vergonha.

A garota olhou em torno, penalizada. O quarto parecia ter sido varrido por um vendaval que deixara tudo quebrado.

— E agora? O que vai fazer com essa sujeira? — ela perguntou.

— Ah! Vai para o lixo. Depois, meus pais compram tudo de novo!

A menina ficou pensativa por alguns segundos, depois murmurou:

— Acho que o problema é esse. Se acontecesse comigo, isto é, se eu quebrasse tudo em meu quarto, meus pais não teriam como repor o que quebrei, dando-me coisas novas. Assim, procuro conservar o que tenho com muito cuidado.

Ouvindo as palavras ponderadas da menina, a mãe de Juliano também estava envergonhada. Compreendeu que educara mal seu filho e, se hoje ele era assim, é porque nunca aprendera a ter disciplina.

Juliano prometeu a si mesmo que nunca mais agiria daquela forma, e perguntou à sua amiga:

— Será que eu consigo mudar, Diana?

— Claro que consegue! Basta usar a vontade!

— Então, vou tentar!     

                                                                  MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 26/12/2011.)
   



 


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