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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 230 - 9 de Outubro de 2011

 

O verdadeiro tesouro
 

Leonel nasceu num lar muito pobre. Seus pais, que não tiveram oportunidade de estudar, trabalhavam de sol a sol no campo. E, por terem mais três filhos, viviam com muita dificuldade, não raro até sem ter comida para alimentar os filhos.

Não aceitando essa situação de miséria, aos dez anos Leonel fugiu de casa e foi para a cidade, onde teve o amparo de um casal que, cheio de compaixão, resolveu ajudá-lo. Assim, o menino foi para a escola, beneficiando-se com a luz do conhecimento.  

Cresceu, fez-se homem. O casal, que o amava como filho do coração, morreu num acidente de carro. Como não tivesse outros descendentes, Leonel recebeu toda a herança, que não era grande, porém bem mais do que ele sonhara possuir.  

Agora, dono da sua vida e com algum dinheiro, Leonel multiplicou o que recebera, fazendo negócios, investindo em títulos, ouro e joias. Construiu um pequeno cômodo, embaixo da casa, que ele mantinha trancado e onde colocava todos os seus tesouros.  

Leonel casou-se com Alice e teve dois filhos. No entanto, tinha muito medo de perder o que conquistara com tanta

dificuldade. Desse modo, obrigava a família a levar uma vida miserável, onde a própria alimentação era regrada. A família passava necessidade de coisas básicas, material escolar, roupas, calçados. E sua esposa, reclamava a favor dos filhos: 

— Leonel, nossos filhos precisam de roupas novas e calçados! Não podem sair com roupas rasgadas! 

— Por que não as remenda? Meu dinheiro não é para gastar em futilidades. Se eles querem novas roupas, que as comprem! 

— Mas eles são pequenos, querido; precisam estudar. Não têm idade para trabalhar.    

— Pois com a idade deles, eu já trabalhava na lavoura. 

Cansada de argumentar em vão, a pobre mãe calava-se. E assim o tempo foi passando. 

Certo dia, Leonel precisou viajar a negócios por vários dias e não deixou dinheiro. Cansada daquela miséria, logo após a partida dele, Alice foi com os filhos para a casa de seus pais, em um bairro distante.  

Quando Leonel voltou, após uma semana, ficou apavorado. Viu que a casa havia sido completamente destruída pelo fogo. Ao vê-lo chegar, os vizinhos correram a encontrá-lo. 

— Leonel! Onde vocês estavam? Sua casa pegou fogo e tentamos apagá-lo, mas sem sucesso. Ninguém soube explicar o que aconteceu! Quando vimos, as chamas já tinham tomado conta da casa toda! 

Leonel chorou copiosamente, desesperado. Durante aqueles dias de ausência, sentira muita falta da esposa e dos filhinhos. Onde estariam eles? Com certeza estariam mortos! Deus o punira pela sua avareza, retirando o que ele tinha de mais valioso. Pôs-se a gritar: 

— Meu Deus, perdoe-me! Quero minha família de volta! Alice, meus filhos, perdoem-me! O que será de mim sem vocês? 

O vizinho acalmou-o, explicando-lhe que os bombeiros só encontraram destroços de coisas queimadas. E concluiu:   

— Ninguém viu sua família por aqui. Estranhei a ausência deles. Se tivéssemos a chave, os bombeiros ainda teriam conseguido salvar alguma coisa... 

Nesse momento, Alice e os filhos vinham chegando. Sabendo que era dia de Leonel retornar, voltavam para casa quando viram tudo destruído.  

Ao vê-los, Leonel abraçou-os em lágrimas, agradecendo a Deus por tê-los preservado. 

— O que houve Leonel?!... — indagou Alice. 

— Não sei, querida. Ninguém sabe a razão do incêndio. Mas... onde vocês estavam? 

— Como você não tinha deixado dinheiro e não tínhamos o que comer, nós fomos para a casa dos meus pais — explicou ela, temerosa da reação do marido. 

Leonel pediu-lhe perdão, envergonhado das suas atitudes, afirmando que, graças a isso, não tinham morrido. 

Depois, perplexo, Leonel fitava a casa destruída, onde tudo estava preto e o cheiro de coisas queimadas ainda era forte, pensando: onde teria começado o incêndio?  

De repente, ele se lembrou! Antes de viajar, tinha ido até seu esconderijo para apreciar mais uma vez seus tesouros. Como ele não tivesse feito ligação elétrica, acendia uma vela toda vez que queria iluminar o quartinho. Na pressa de viajar, esquecera a vela acesa! 

Com o coração amargurado, caminhou no meio dos destroços, preocupado com seu tesouro, mas nada encontrou. Certamente os títulos haviam queimado; o ouro e as joias, alguém já os havia encontrado e levado embora.    

Preocupada, Alice perguntou ao marido: 

— Leonel, o que vai ser de nós, agora sem nossa casa, sem recursos para viver?  

Pela primeira vez em todos aqueles anos de convívio, ele a abraçou, tranquilizando-a: 

— Querida, não se preocupe! Temos o suficiente para prover as necessidades da família, graças a Deus! 

Depois, envolvendo a esposa e os filhos num grande abraço, concluiu: 

—Tudo o que perdemos nada significa. Não há tesouro maior para mim do que vocês. Continuar com nossa família reunida é o que mais peço a Deus. A partir de hoje, começa uma nova vida para nós. Vocês terão tudo o que merecem, eu prometo!  

As crianças bateram palmas, contentes. O pai prosseguiu: 

— E tem mais! Tenho sentido saudade do sítio onde nasci. Quero que conheçam meus pais e irmãos. Iremos visitá-los e, se eles aceitarem, pretendo trazê-los para morar conosco.  

As crianças trocaram um grande sorriso, felizes pela oportunidade de conhecerem os avós paternos e os tios. E Alice sentiu seu coração se encher de novas esperanças diante daquelas palavras. Uma nova vida repleta de amor e felicidade começava para toda a família.      

                                                                  MEIMEI  


(Mensagem recebida por Célia X. de Camargo, Rolândia-PR, em 19/09/2011.)
 



 


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