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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 226 - 11 de Setembro de 2011

 

Visitando amigos
 

Joel era um menino muito arteiro e vivia se metendo em enrascadas. Certo dia, a mãe ouviu um barulho e, em seguida, os gritos de Joel: 

— Ai! Ai! Ai... Socorro! Socorro!... 

Ela correu ao quintal, assustada, e deparou com o filho estatelado no chão. 

— Eu caí da árvore, mãe! Ai! Ai... Minha perna dói muito! — gritava o menino chorando. 

A mãe telefonou pedindo socorro e logo uma ambulância levou Joel para o hospital. O médico, depois de examiná-lo e fazer uma radiografia, deu a notícia:  

— Joel, você fraturou um osso da perna, mas poderia ter sido bem pior!  

Após engessar-lhe a perna e receitar um remédio para a dor, o médico orientou a mãe: 

— Dona Ana, Joel deverá movimentar-se o menos possível, e, quando o fizer, será de muletas. Retorne daqui a trinta dias para vermos como ele está.  

Após agradecer ao médico, mãe e filho voltaram para casa. Joel só reclamava da vida:  

— Agora eu tenho que fazer repouso! Não posso correr, brincar, jogar futebol, nada! E ainda tenho de andar de muletas?...    

A mãezinha procurava acalmá-lo, carinhosa: 

— Tenha paciência, meu filho. Afinal, tudo isso é consequência dos seus atos. Se você não tivesse subido na mangueira, não teria caído. E as muletas não representam um mal, mas sim um bem! Afinal, é com elas que você

poderá se movimentar. Então, não reclame.  Tudo passa e logo você estará bom de novo. 

— Mas está doendo! O gesso pesa e está incomodando! Não aguento mais isso!... 

— Pois vai aguentar sim, meu filho. Não tem outro jeito! Tem pessoas em situações muito piores do que a sua, e que não reclamam.  

— Não acredito! Não há quem suporte a dor sem reclamar — dizia ele, inconformado.  

Aos poucos Joel adaptou-se ao auxílio das muletas, embora fosse cansativo. Reclamava de ir à escola, de ser obrigado a andar com muletas, de tudo. Certo dia, exausta de suas reclamações, a mãe convidou-o para sair.  

— Aonde vamos, mãe? 

— Vamos fazer uma visita. Quero que você conheça alguém. 

Como não tinha outro jeito, conformado, Joel acompanhou a mãe. Tomaram o carro e dirigiram-se a um bairro mais afastado. Ana estacionou defronte de uma pequena casa, tocou a campainha e simpática senhora atendeu sorridente: 

— Ana! Que bom vê-la! Estava com saudades. Ah! Este é Joel, seu filho? Muito prazer, Joel!  

Abraçando os recém-chegados, a dona da casa dirigiu-se ao garoto: 

— Vejo que está se recuperando, Joel. Entrem!... Márcia ficará muito feliz ao vê-los! 

Quem seria Márcia? Curioso, o rapazinho acompanhou as duas senhoras que conversavam como velhas amigas. Entraram num quarto pequeno, mas agradável, cheio de claridade e flores que exalavam delicioso perfume. 

No leito, estava uma mocinha de cabelos claros, olhos meigos e sorriso cativante. Adelaide apresentou Joel a sua filha Márcia e saíram, deixando-os sozinhos a conversar. 

— Vejo que andou se machucando, Joel, mas logo estará bem. Deus é pai bom e amoroso, e nos socorre sempre nas dificuldades — considerou ela com lindo sorriso. 
 

Joel, como de hábito, aproveitou para desfilar suas amarguras:

— Você fala assim porque não está na minha pele, Márcia. Tenho sofrido bastante. Para tudo sou obrigado a usar muletas, que são pesadas e deixam meus braços doloridos. 

— Ah!... Mas você vai à escola, vê seus amigos, pode conversar à vontade!...

— É..., mas não posso brincar, jogar bola, correr...  

— Tenha paciência. O tempo passa rápido! Aproveite-o para estudar, ler um bom livro, ouvir música, assistir a um bom filme. Existem tantas coisas que podemos fazer!...  

Para cada reclamação dele, Márcia tinha sempre uma resposta otimista, animadora, o que acabou por irritá-lo. Egoísta, ele respondeu: 

— Você é otimista porque não sabe o que estou passando.  

Ao dizer isso, caindo em si, deu-se conta de que ela estava deitada num lindo dia de sol, e perguntou: 

 — Mas por que está deitada, quando poderia estar aproveitando essa linda tarde?  

Com expressão séria, mas tranquila, Márcia lhe contou: 

— Há muitos anos eu brincava na calçada, quando um carro me atropelou, causando grave fratura na minha coluna. Assim, desde essa época, não pude mais andar, nem sentar. Só movimento os braços.  

Joel corou de vergonha por ter estado reclamando da vida para alguém como Márcia, que sequer podia sentar. Pediu-lhe desculpas e perguntou como podia ser tão conformada e otimista diante desse estado, ao que ela respondeu: 

— Ah, Joel! Não fui sempre assim, pode acreditar. No começo me revoltei. Depois, como sei que Deus é Pai amoroso e bom, entendi que deve haver uma razão para que eu tenha ficado assim. Sabendo que existem pessoas em piores condições do que a minha, que nascem cegas, sem pernas, sem braços, com deficiência mental, então passei a reconhecer como eu era feliz! Tenho uma casa boa, família amorosa, enxergo e escuto bem, tenho saúde perfeita e raciocínio lúcido. Posso ler livros maravilhosos, ouvir lindas músicas, conversar com meus amigos. O que mais posso pedir a Deus?...  

Joel baixou a cabeça, comovido. Depois, olhando para Márcia, disse: 

— Márcia, eu agradeço a Deus por ter conhecido você. Tenho certeza de que serei outra pessoa de hoje em diante. Gostaria também de ser seu amigo. Posso visitá-la de vez em quando? 

— Claro Joel, sempre que quiser. Ficarei muito feliz!  

Nesse momento, Adelaide e Ana que chegavam, trazendo uma bandeja com delicioso lanche, pararam e ficaram escutando a conversa. Depois, trocando um olhar, entraram no quarto. Cheios de alegria, os quatro tiveram uma tarde muito proveitosa e agradável.  

                                                                  MEIMEI        

  

(Recebida por Célia X. de Camargo em Rolândia-PR em 15/8/2011.)                                   



 


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