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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 126 - 27 de Setembro de 2009

ADILTON PUGLIESE
santospugliese@hotmail.com
Salvador, Bahia (Brasil)

Jesus: um Homem Inesquecível

 
Narram os evangelistas Mateus (26:6-13) e Marcos (14:3-9) que dias antes do episódio dramático do julgamento e da crucificação estava Jesus em Betânia, cidade que ficava a uma hora de Jerusalém, cercada por imensos campos de cevada e de pequenos bosques de olivedos e figueiras, que sombreavam a estrada de Jericó. Estava Ele em casa de Simão, o leproso, quando se aproximou uma mulher, trazendo um frasco de alabastro de perfume precioso e pôs-se a derramá-lo sobre a cabeça do Mestre, enquanto Ele estava à mesa. Ao verem isso, os discípulos ficaram indignados e disseram: “— Qual o motivo deste desperdício? Pois isso poderia ser vendido caro e distribuído aos pobres”.

Mas Jesus, ao perceber essas palavras, disse-lhes: “— Por que aborreceis a mulher? Ela, de fato, praticou uma boa ação para comigo. Na verdade, sempre tereis os pobres convosco, mas a mim, nem sempre tereis. Derramando esse perfume sobre meu corpo, ela o fez para me sepultar. Em verdade vos digo que, onde quer que venha a ser proclamado o Evangelho, em todo o mundo, este momento jamais será esquecido”. (1)

Fazendo-se uma analogia com essas lembranças da vida do Nazareno, podemos declarar, 2000 anos depois do Seu nascimento, que a Sua vida continua sendo proclamada em todo o mundo. O Espírito Amélia Rodrigues, por exemplo, ditou ao médium Divaldo Franco o livro Dias Venturosos e, na introdução, ela destaca: Hoje, tanto quanto ontem, todos necessitamos de Jesus descrucificado, do homem incomparável que arrostou todas as consequências pela coragem de amar, a ponto de dar a própria vida para que todos tivéssemos vida em abundância.

Esse esforço e essa proposta de manter vivos os exemplos da vida e da mensagem do fundador do Cristianismo, por parte de Amélia Rodrigues, Joanna de Ângelis e outros Espíritos, têm um significado e uma importância muito grande, porquanto não são poucos os que tentam passar a ideia de que Jesus foi um mito, uma alegoria.  No livro de sua autoria Cristianismo, a Mensagem Esquecida, o escritor espírita Hermínio Miranda escreveu 316 páginas para examinar essa questão, oferecendo no capítulo segundo uma profunda análise sobre a questão da indagação em torno da existência do Mestre. Em seu texto cita historiadores como Bruno Bauer, que destaca em uma de suas obras que o Cristo Histórico nunca existiu; outro, Binet–Sanglé, coloca Jesus na categoria dos alienados mentais, considerando-o um paranoico; Ernest Renan, historiador e filólogo francês (1823–1892), autor da conhecidíssima obra Vida de Jesus, declara que “os Evangelhos são em parte lendários”.

Li, alhures, sobre Jesus: Nenhum homem foi tão esperado antes de nascer; nenhum homem foi tão amado e tão odiado após nascer; nenhum homem tem sido tão lembrado após morrer.

Na revista Seleções do Reader’s Digest, de dezembro de 2000, o historiador Paul Johnson, indaga: “— Que pensamento mundial teria permanecido inabalável por 2.000 anos e caminhando para se concretizar no grande ideal transformador do próximo (atual) milênio?”. Ele lembra, por exemplo, que, ao aproximar-se o ano 1900, muitos pensadores seculares, tais como Bernard Shaw e H.G. Wells, argumentavam que o raiar do século XX marcaria o fim da fase religiosa da História. Entretanto, declara: “estamos no limiar de um novo milênio e o Cristianismo está bem vivo e forte no pensamento e no coração de incontáveis crentes. Qual seria o mistério do sucesso póstumo de Jesus e a permanência de Suas palavras durante 2.000 anos?”.

Paul Johnson considera que, em todas as sociedades, grandes massas de pessoas são atraídas pelos mansos e não pelos fortes, pelos sofredores e não pelos vencedores, lembrando que a essência da mensagem do Cristo é que o poder é efêmero e o sucesso mundano não passa de pó e cinzas, e que Jesus tocou no ponto sensível da Humanidade: a bondade e a compaixão que existem dentro de nós, e nisso fundou as bases do Cristianismo.

O historiador apresenta um exemplo interessante sobre a perenidade da mensagem de Jesus: se Ele voltasse neste alvorecer do Terceiro Milênio, encontraria vários fenômenos estranhos, uma Terra totalmente modificada, comparando-se com a época que Ele aqui esteve. Entretanto, observaria em várias partes do mundo fenômenos familiares a Ele: os ecos precisos de Suas próprias palavras. Observaria que Suas palavras não perderam a importância, e que em diversos templos religiosos do mundo continuam sendo pregadas: Perdoa setenta vezes sete; Onde estiver o teu tesouro, aí esteja o teu coração; Ora pelos que te perseguem; Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Allan Kardec, ao traçar os objetivos da terceira obra da Codificação, O Evangelho segundo o Espiritismo, lançada em 29.04.1864, em Paris, declara que as matérias do ensino moral, contidas nos Evangelhos, “conservaram-se constantemente inatacáveis” e que muitos pontos dos Evangelhos só são ininteligíveis “por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo”. (2).

Nós, os espíritas, temos a missão de praticar e proclamar o ensino moral do Cristo em toda a parte, para que um dia a Terra seja um permanente Natal, para sempre, então, impregnada das lembranças dos Seus ditos e dos Seus feitos, que jamais serão esquecidos.

 

Referências:

(1) Quéré, France. As Mulheres do Evangelho. Edições Paulinas, p. 106.

(2) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 110. ed., FEB, p.25 e 27.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita