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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 117 - 26 de Julho de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(6a Parte)

 
Damos prosseguimento nesta edição ao
estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A rainha Vitória foi médium?

Segundo Kardec, tudo indica que sim, o que não causa nenhuma surpresa, porquanto – afirma o Codificador – o Espiritismo tem adeptos até nos tronos. “Tratados como loucos, os espíritas devem consolar-se por estarem em tão boa companhia”, observou o Codificador. A explicação foi motivada pela notícia publicada nos jornais ingleses de fevereiro de 1864, os quais informaram que recentemente, num conselho privado, a rainha Vitória, reportando-se à questão dinamarquesa, declarou que nada faria sem consultar o príncipe Alberto, já falecido. Com efeito, retirando-se para o seu gabinete, logo retornou dizendo que o príncipe se pronunciara contra a guerra. (Revue Spirite de 1864, pág. 85.)

B. Que diz o Espiritismo sobre a feitiçaria e o maravilhoso?

A respeito desse assunto, Kardec foi categórico: o Espiritismo provou, por meio dos fatos, que não existem feiticeiros nem o maravilhoso, mas somente leis naturais. (Obra citada, pág. 88.)

C. Os Espíritos disseram algo a respeito da chamada revolução industrial?

Sim. Os Espíritos de Jacquard e Vaucanson examinaram em mensagens transcritas na Revue a questão do progresso da ciência e do aprimoramento das máquinas e utensílios fabris, bem como o seu efeito nas relações de emprego e trabalho. Em síntese, escreveu Vaucanson: I) O homem não foi feito para ficar como instrumento ininteligente de produção. II) Por suas aptidões, por seu destino e seu lugar na criação, é ele chamado a outra função, que não a da máquina, a um outro papel, que não a do cavalo de tiro. III) O operário é chamado a tornar-se engenheiro, a ver seus braços laboriosos substituídos por máquinas ativas, infatigáveis e mais precisas. IV) O artífice é chamado a tornar-se artista e conduzir o trabalho mecânico por um esforço do pensamento e não mais por um esforço dos braços. V) Eis aí a prova irrecusável da lei do progresso, que rege todas as humanidades. Na sequência, indagou Vaucanson: “Que importa que cem mil indivíduos sucumbam, quando uma máquina foi descoberta para fazer o trabalho desses cem mil?” “Para o filósofo, que se eleva sobre os preconceitos e interesses terrenos, o fato prova que o homem não estava mais em seu caminho, quando se consagrava a esse labor condenado pela Providência.” É no campo da inteligência – aduziu Vaucanson – “que, de agora em diante, o homem deve fazer passar a grade e a charrua que fecundam”. “Todas as nossas reflexões têm um só objetivo: demonstrar que ninguém deve gritar contra o progresso, que substitui braços humanos por dispositivos e engrenagens mecânicas. Além disso, é bom acrescentar que a humanidade pagou largo contributo à miséria e que, penetrando mais e mais em todas as camadas sociais, a instrução tornará cada indivíduo cada vez mais apto para funções inteligentemente chamadas liberais.” (Obra citada, pp. 89 a 94.)

Texto para leitura

66. Kardec observa que, embora seja censurável a inconveniência das palavras usadas pelos adversários do Espiritismo para combatê-lo, os espíritas não devem incorrer na mesma falta, porque é a moderação que fez a sua força. (P. 84)

67. Os jornais de fevereiro de 1864 divulgaram que recentemente, num conselho privado, a rainha Vitória, reportando-se à questão dinamarquesa, declarou que nada faria sem consultar o príncipe Alberto, já falecido. Com efeito, retirando-se para o seu gabinete, logo retornou dizendo que o príncipe se pronunciara contra a guerra. O fato surpreendeu a todos e, acrescido de outros semelhantes, deu origem à ideia de que seria oportuno estabelecer uma regência. (P. 85)

68. Seria médium a rainha Vitória? Tudo indica que sim, o que não causa nenhuma surpresa, porquanto - afirma Kardec - o Espiritismo tem adeptos até nos degraus dos tronos, ou melhor, até nos tronos. “Tratados como loucos, os espíritas devem consolar-se por estarem em tão boa companhia”, pondera o Codificador. (P. 85)

69. Analisando a influência que os Espíritos exercem sobre os homens, Kardec adverte que, em princípio, eles não nos vêm conduzir às andadeiras. O objetivo de suas instruções é tornar-nos melhores, dar fé aos que não a têm, e não o de poupar-nos o trabalho de pensar por nós mesmos. (P. 86)

70. Transcrevendo uma nota pertinente ao falecimento de uma pessoa do Havre, Kardec observa que, à exceção dos parentes próximos, poucas pessoas levam em conta o pedido que nos fazem de orar por alguém que acaba de morrer. Com os espíritas, as coisas se passam de forma diferente, porque eles sabem a importância da prece e a influência que ela exerce, no momento da morte, sobre o desprendimento da alma. (P. 88)

71. A Revue  revela que o médium Home teve de partir de Roma instantaneamente, sob acusação de feitiçaria. Ao divulgar o fato, os jornais trocistas fizeram questão de lamentar que em pleno século 19 ainda se acreditasse em feiticeiros; mas o mais surpreendente não é isto - afirma Kardec -: é tentarem reviver os feiticeiros nos espíritas, quando estes vêm provar, com as peças nas mãos, que não existem feiticeiros nem o maravilhoso, mas somente leis naturais. (P. 88)

72. Na seção dedicada às instruções dos Espíritos, a Revue  transcreve mensagem do Espírito de Jacquard, obtida psicograficamente pelo médium Leymarie, na qual é examinada a questão do progresso da ciência e do aprimoramento das máquinas e utensílios fabris, bem como o seu efeito nas relações de emprego e trabalho. (PP. 89 a 92)

73. Na mesma reunião, enquanto Jacquard transmitia a sua mensagem, outro médium, o Sr. d’ Ambel, obteve sobre o mesmo assunto uma comunicação assinada pelo Espírito de Vaucanson. (PP. 92 e 93)

74. Em síntese, ensina-nos Vaucanson: I) O homem não foi feito para ficar como instrumento ininteligente de produção. II) Por suas aptidões, por seu destino e seu lugar na criação, é ele chamado a outra função, que não a da máquina, a um outro papel, que não a do cavalo de tiro. III) O operário é chamado a tornar-se engenheiro, a ver seus braços laboriosos substituídos por máquinas ativas, infatigáveis e mais precisas. IV) O artífice é chamado a tornar-se artista e conduzir o trabalho mecânico por um esforço do pensamento e não mais por um esforço dos braços. V) Eis aí a prova irrecusável da lei do progresso, que rege todas as humanidades. (P. 93)

75. Na sequência, indaga Vaucanson: “Que importa que cem mil indivíduos sucumbam, quando uma máquina foi descoberta para fazer o trabalho desses cem mil?” “Para o filósofo, que se eleva sobre os preconceitos e interesses terrenos, o fato prova que o homem não estava mais em seu caminho, quando se consagrava a esse labor condenado pela Providência.” (P. 93)

76. É no campo da inteligência - prossegue Vaucanson - “que, de agora em diante, o homem deve fazer passar a grade e a charrua que fecundam”. “Todas as nossas reflexões têm um só objetivo: demonstrar que ninguém deve gritar contra o progresso, que substitui braços humanos por dispositivos e engrenagens mecânicas. Além disso, é bom acrescentar que a humanidade pagou largo contributo à miséria e que, penetrando mais e mais em todas as camadas sociais, a instrução tornará cada indivíduo cada vez mais apto para funções inteligentemente chamadas liberais.” (PP. 93 e 94)

77. Concluindo sua mensagem, adverte o instrutor espiritual: “O homem é um agente espiritual que deve chegar, em período não distante, a submeter ao seu serviço e para todas as operações materiais a própria matéria, dando-lhe como único motor a inteligência, que se expande nos cérebros humanos”. (P. 94)  (Continua no próximo número.)


 


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