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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 117 - 26 de Julho de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 28)

 
Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Outros comparsas de Gregório também pediram ajuda a Gúbio?

R.: Sim. Além de uma multidão que buscou a ajuda do Instrutor, antes que o dia expirasse começaram a surgir na casa vários elementos da equipe de Gregório afirmando-se dispostos à renovação de caminho. Um deles, bastante emocionado, suplicou socor­ro, dizendo não suportar mais as atrocidades que ele era constrangido a praticar, por ordem dos juízes cruéis e de Gregório. "Ajudem-me! As­piro à nova estrada, com o bem", rogou, após aludir à transformação de Sal­danha, de que tomara conhecimento. (Libertação, cap. XVII, pp. 216 e 217.)

B. Que relato fez a André a mulher que, por não suportar a morte do marido, se suicidara?

R.: Havia quinze anos que ela va­gueava sem pouso, como ave imprevidente que aniquilasse o ninho. Ima­ginara ela, antes da morte, que o suicídio a levaria a reencontrar o esposo querido, ou a desaparecer para sempre. Nem uma coisa nem outra aconteceu. Despertou no plano espiritual sob denso nevoeiro de lama e cinza e debalde clamou por socorro. Coberta de chagas, como se o ve­neno ingerido lhe atingisse a própria alma, gritou e lamentou, em vão. André indagou-lhe se ela conseguira retornar ao lar terreno. Sim, ela fora até lá; po­rém, quando tocou seus filhos amados, que ela confiara a parentes próximos, esse toque provocou neles aflição e doença. "As irradiações de minha dor lhes alcançavam os corpos tenros – disse a suicida –, envenenando-lhes a carne delicada, através da respiração." "Quando compreendi que a minha presença lhes inoculava pavoroso vírus fluídico, deles fugi aterrada." (Obra citada, cap. XVII, pp. 218 e 219.)

C. Quem magnetizava as pessoas para prejudicá-las pode valer-se do magnetismo para ajudar a outrem?

R.: Sim. Foi o que ocorreu com Leôncio, o ex-hipnotizador de Margarida. "Opera, aliviando", falou-lhe Gúbio. "Eu? eu?" – perguntou o convertido, semiapalermado – "merecerei a graça de transmitir alí­vio?" O Instru­tor asseverou, sem hesitar: "Serviço construtivo e ati­vidade destru­tiva constituem problema de direção. A corrente líquida, devastadora, que derruba e mata, pode sustentar uma usina de força edificante". "É imperioso reconhecer, contudo, que o bem é a nossa porta redentora. O maior criminoso pode abreviar longos anos de pena, entregando-se ao resgate próprio, através do serviço benéfico aos se­melhantes." Leôncio não mais vacilou, e magnetizou o enfermo dementado que, poucos minutos depois, silenciou, em profundo repouso. Desde esse instante, Leôncio passou a atuar ao lado de André, desempenhando as funções de excelente companheiro. (Obra citada, cap. XVII, pp. 222 e 223.)

Texto para leitura

114. A legião dos pedintes - O grupo de Gregório retirou-se, mas daí a pouco outros elementos assomaram à entrada, assustadiços e insolentes, com a repe­tição dos mesmos quadros. Gúbio colocou, então, sinais lumi­nosos nas janelas, indicando a nova posição daquele abrigo doméstico, e, naturalmente atraídos por eles, Espíritos sofredores e perseguidos, mas bem intencionados, apareceram em grande número. A primeira enti­dade a aproximar-se foi uma senhora que se ajoelhou, suplicando: "Benfeitores de Cima, que vos congregastes nesta casa, em serviço de luz, livrai-me da aflição!... Piedade! piedade!..." Gúbio permitiu-lhe a passagem. Ela relatou, aos prantos, que estava há muito tempo, em prédio próximo, segregada por verdugos impassíveis que lhe exploravam antigas disposições mórbidas para o vício. Pretendia, porém, outra vida, outro rumo. Implorava, por isso, asilo e socorro. Surgiram de­pois dois velhos, rogando pousada. Ambos haviam desencarnado em ex­trema indigência num hospital e estavam ainda aterrorizados, porque não se conformavam com a morte, temiam o desconhecido e padeciam de verdadeira loucura. A corrente dos pedintes não parou aí. Parecia que a missão de Gúbio se convertera, de repente, numa avançada instituição de pronto-socorro espiritual. Eram dezenas de criaturas desencarnadas que agora se alinhavam ao lado da casa de Margarida, aos cuidados do Instrutor. Aconteceu então que, antes que o dia expirasse, começaram a surgir vários elementos da equipe de Gregório, afirmando-se dispostos à renovação de caminho. Um deles, bastante emocionado, suplicou socor­ro, dizendo não suportar mais as atrocidades que ele era constrangido a praticar, por ordem dos juízes cruéis e de Gregório. "Ajudem-me! As­piro à nova estrada, com o bem", rogou, após aludir à transformação de Sal­danha, de que tomara conhecimento. (Cap. XVII, pp. 216 e 217)

115. O caso da mãe suicida - Elói e André foram incumbidos por Gúbio de prestar aos enfermos a assistência possível, a fim de se prepararem para as orações da noite. André organizou os irmãos que lhe cabia atender em uma assembleia fraternal, mas, como os necessitados conti­nuavam a chegar, era imperioso abrir novos lugares no extenso grupo de ouvintes. Lá fora, muitas entidades em desequilíbrio reclamavam acesso, mas só se permitia a entrada dos que se mostravam conscientes das próprias necessidades. André há muito aprendera "que uma dor maior sempre consola uma dor menor" e, por isso, limitou-se a pronunciar frases curtas, para que os infelizes ali congregados pudessem encon­trar reconforto, uns com os outros, sem necessidade de doutrinação de sua parte. Foi assim que uma das irmãs presentes, em deploráveis condições perispiríticas, expôs a todos a sua experiência. Era uma sui­cida, mãe de dois filhos, que não suportara a solidão que a vida lhe impusera com a morte do marido tuberculoso. Havia quinze anos que va­gueava sem pouso, como ave imprevidente que aniquilasse o ninho. Ima­ginara ela, antes da morte, que o suicídio a levaria a reencontrar o esposo querido, ou a desaparecer para sempre. Nem uma coisa nem outra aconteceu. Despertou no plano espiritual sob denso nevoeiro de lama e cinza e debalde clamou por socorro... Coberta de chagas, como se o ve­neno ingerido lhe atingisse a própria alma, gritou e lamentou, em vão... André, vendo que a mulher estava muito emocionada, indagou-lhe se ela conseguira retornar ao lar terreno. Sim, ela fora até lá; po­rém, quando tocou seus filhos amados, que ela confiara a parentes próximos, esse toque provocou neles aflição e doença. "As irradiações de minha dor lhes alcançavam os corpos tenros -- disse a suicida --, envenenando-lhes a carne delicada, através da respiração". "Quando compreendi que a minha presença lhes inoculava pavoroso `vírus fluí­dico', deles fugi aterrada."  Era preciso poupar-lhes o sofrimento sem motivo. (Cap. XVII, pp. 218 e 219)

116. O escritor fracassado - Após confortar a pobre mulher, que se sen­tou mais calma, André viu que um dos irmãos presentes desejava fa­lar algo. Ele possuía nos olhos um brilho singular; parecia alucinado, abatido; e com a expressão típica da loucura cronicificada, perguntou a André: "Que é o pensamento?" "O pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isso mesmo, é a continuação de nós mesmos" -- respondeu-lhe André. "Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal." O cavalheiro, um tanto atormentado, perguntou então se isso significava que as nossas ideias exteriorizadas criam imagens, tão vivas quanto desejamos. Como André  respondesse afirmativamente, ele indagou como devemos fazer para destruir nossas próprias obras, quando interferimos, erroneamente, na vida mental dos outros. André pediu-lhe primeiramente que ele relatasse seu caso. O interlocutor ex­pôs então, com frases incisivas, quentes de sinceridade e dor, a sua experiência. Fora um homem de letras, mas nunca se interessou pelo lado sério da vida. Embora não tivesse galgado posições de evidência, impressionara destrutivamente muitas mentes juvenis, arrastando-as a perigosos pensamentos. Na verdade, após a desencarnação, compreendera que estivera ligado, desde a existência terrestre, a enorme quadrilha de Espíritos perversos e galhofeiros que o tomaram por aparelho invi­gilante de suas manifestações indesejáveis. Como ele possuísse sufi­ciente material de leviandade e malícia, acrescentaram a seus erros os erros maiores que, sem seu concurso, não conseguiriam realizar. Livre agora do corpo físico, era, porém, incessantemente procurado pelas ví­timas de suas insinuações sutis, que não o deixavam em paz, enquanto outras entidades o buscavam, formulando ordens e propostas referentes a ações indignas que ele não podia aceitar. Além de suas vítimas, apa­reciam-lhe, ainda, as imagens vivas de tudo o que o seu pensamento mórbido criou, a investir sobre ele, como filhos rebelados contra um pai criminoso. Semelhantes a personalidades autônomas, falavam, gesti­culavam, acusavam-no e riam-se dele... (Cap. XVII, pp. 220 e 221)

117. Efeito da falta de preparação para a morte - O pobre homem, ator­mentado por energias estranhas ao próprio campo íntimo, apalermado e trêmulo, pa­rou de falar e, correndo para os braços de André, bradou: "Ei-lo! ei-lo que chega por dentro de mim... É uma das minhas perso­nagens na li­teratura fescenina! Ai de mim! acusa-me! Gargalha irônica e tem as mãos crispadas! Vai enforcar-me!..."  E, alçando a destra à garganta, denunciava, aflito: "Serei assassinado! Socorro! socor­ro!..." Os com­panheiros perturbados ali presentes ficaram alarmados e alguns tenta­ram fugir, mas André, com uma simples palavra, controlou o tumulto. O pobre escritor desencarnado contorcia-se em seus braços, sem que André nada pudesse fazer. Gúbio veio, então, em seu socorro e, após examinar o caso, pediu o concurso de Leôncio, o ex-hipnotizador de Margarida. "Opera, aliviando", falou-lhe Gúbio. "Eu? eu?" -- falou o convertido, semi-apalermado -- "merecerei a graça de transmitir alí­vio?" O Instru­tor  asseverou, sem hesitar: "Serviço construtivo e ati­vidade destru­tiva constituem problema de direção. A corrente líquida, devastadora, que derruba e mata, pode sustentar uma usina de força edificante". "É imperioso reconhecer, contudo, que o bem é a nossa porta redentora. O maior criminoso pode abreviar longos anos de pena, entregando-se ao resgate próprio, através do serviço benéfico aos se­melhantes." Leôncio não mais vacilou, e magnetizou o enfermo dementado que, poucos minutos depois, silenciou, em profundo repouso. Desde esse instante, Leôncio passou a atuar ao lado de André, desempenhando as funções de excelente companheiro. A assembleia, no entanto, crescia de hora a hora. Doía observar tanta ignorância além da morte do corpo e ver que, na maior parte dos presentes, não existia o mais leve traço de compreensão da espiritualidade, mas simplesmente raciocínios e sen­timentos presos ao chão terrestre e vinculados a interesses e paixões, angústias e desen­cantos. (Cap. XVII, pp. 222 e 223) (Continua no próximo número.)   

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita