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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 110 – 7 de Junho de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1863

Allan Kardec 

(Parte 15)

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1863. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que apresenta de especial, nos anais dos Espiritismo, a data de 18 de agosto de 1863?

Foi nessa data que o Bispo de Argel enviou uma Carta Pastoral aos curas de sua diocese, na qual, depois de advertir sobre a “superstição dita Espiritismo”, ordenou a interdição na diocese de Argel da prática do Espiritismo e da invocação dos mortos. (Revue Spirite de 1863, pp. 335 a 345.) 

B. É verdade que os antigos profetas eram inspirados por Espíritos elevados?

Sim. Segundo Santo Agostinho, os antigos profetas eram todos inspirados por Espíritos elevados, que lhes davam ensinamentos de natureza a serem compreendidos apenas por inteligências de escol e cujo sentido não estivesse em oposição muito patente com os conhecimentos da época. Era, desse modo, possível interpretá-los de maneira adequada à inteligência das massas, para que estas não os rejeitassem, o que certamente se daria se as revelações estivessem em oposição muito formal com as ideias gerais. (Obra citada, pág. 354.) 

C. Que tarefa se apresenta hoje aos Espíritos superiores?

Além de esclarecer completamente os homens, fazendo-os compreender as aproximações existentes entre as revelações atuais e as dos antigos, os Espíritos têm outra tarefa: combater a mentira, a hipocrisia e o erro, missão muito difícil e muito árdua, mas cujo fim será alcançado, porque essa é a vontade de Deus. (Obra citada, pág. 355.)  

Texto para leitura

142. A Revue  traz breve comentário de Kardec sobre o livro “O Espiritualismo Racional”, do Sr. G. H. Love, engenheiro, que se propôs tirar da própria ciência e da observação dos fatos a demonstração das ideias espiritualistas. Num dos trechos do livro, seu autor afirma “que é impossível ser um bom espírita sem ser um homem de bem e um bom cidadão”. E acrescenta: “Não conheço muitas religiões das quais se possa dizer o mesmo”. (PP.  321 e 322)

143. Kardec volta a comentar a brochura Sermões sobre o Espiritismo, a que a Revue  se reportou no mês de setembro (veja a pág. 284 da Revue  e o item 124 deste resumo). Trata-se da refutação feita por um confrade de Metz a três sermões pregados em maio de 1863 na Catedral de Metz pelo  Pe. Letierce, da Companhia de Jesus. (PP. 322 a 324)

144. O segundo artigo escrito pelo Sr. F. Herrenschneider sobre a união da Filosofia e do Espiritismo abre o número de novembro de 1863. Eis os pontos principais contidos no alentado estudo: I) A alma humana é constituída de maneira a existir separadamente do corpo, tão bem quanto em seu envoltório. II) Os espíritas são homens bem dispostos para a busca da verdade porque renunciaram por si mesmos às vaidades mundanas e à superstição oficial dos cultos reconhecidos. III) A alma compõe-se de dois elementos bem distintos entre si e, apesar disso, indissoluvelmente unidos, porque jamais e em parte alguma esses elementos se encontraram separadamente. IV) O ecletismo espiritualista nos reconhece três faculdades principais: a vontade, a sensação e a razão, faculdades essas que se distinguem do corpo físico. V) Deus nos proporcionou fatos, circunstâncias e acontecimentos providenciais bastante chocantes para nos reconduzir ao bom caminho. As doutrinas e os fatos sobre os quais se funda o Espiritismo estão neste número. (PP. 325 a 335)

145. Kardec transcreve passagens de uma Carta Pastoral dirigida pelo Bispo de Argel em 18 de agosto de 1863 aos curas de sua diocese, na qual o clérigo adverte sobre a “superstição dita Espiritismo”. Em seguida aos trechos da Pastoral o Codificador alinhou seus comentários, iniciando-os com a informação de que a circular foi um excelente meio de tornar o Espiritismo conhecido em lugares onde antes ele não o era. Aliás, a virulência e o exagero contidos nos sermões sempre concorreram para o aumento do número de adeptos, como se deu em Lyon. A Carta termina ordenando a interdição na diocese de Argel da prática do Espiritismo e da invocação dos mortos. Segundo Kardec, essa ordenação foi a primeira lançada com o fito de interditar oficialmente o Espiritismo numa localidade e, por esse motivo, a data 18-8-1863 deve ficar marcada nos anais do Espiritismo, como a de 9-10-1861, quando se realizou o auto-de-fé de Barcelona. (PP. 335 a 345)

146. A Revue  transcreve duas cartas de leitores, que demonstram o efeito da ação moralizadora do Espiritismo. Na primeira, o Sr. Adolphe Roussel conta que a simples leitura do livrinho “Que é o Espiritismo?” o havia retirado das hostes do ateísmo e do materialismo. Na segunda, um cidadão recluso numa penitenciária revela o bem que o conhecimento do Espiritismo lhe fez, devolvendo-lhe, embora preso, a crença em Deus e em sua justiça. (PP. 345 a 351)

147. Novo sucesso obtido pelo Espírito tiptologista de Carcassone é noticiado pela Revue: trata-se da medalha de bronze obtida no concurso de Nîmes, após ter alcançado o primeiro prêmio na Academia dos Jogos Florais de Toulouse, atuando como médium o Sr. Jaubert, vice-presidente do Tribunal Civil de Carcassone. (PP. 351 e 352)

148. É transcrita pela Revue interessante passagem extraída de uma obra publicada pelo dr. Gelpke, em 1817, em Leipzig, na qual o autor alude à existência de habitantes em outros planetas. (PP. 352 e 353)

149. Fechando o número de novembro, a Revue  publica duas comunicações assinadas por São Luís e Santo Agostinho. Na primeira, denominada “A nova torre de Babel”, São Luís assevera que o Espiritismo é o Cristianismo da Idade Moderna e deve restituir às tradições o seu sentido espiritualista. Santo Agostinho diz, na segunda mensagem, que os antigos profetas eram todos inspirados por Espíritos elevados, que lhes davam ensinamentos de natureza a serem compreendidos apenas por inteligências de escol e cujo sentido não estivesse em oposição muito patente com os conhecimentos da época. Era, desse modo, possível interpretá-los de maneira adequada à inteligência das massas, para que estas não os rejeitassem, o que certamente se daria se as revelações estivessem em oposição muito formal com as ideias gerais. (P. 354)

150. Hoje -- assevera Santo Agostinho -- o cuidado dos Espíritos é o de esclarecer completamente os homens, fazendo-os compreender as aproximações existentes entre as revelações atuais e as dos antigos. E outra é a sua tarefa: combater a mentira, a hipocrisia e o erro, missão muito difícil e muito árdua, mas cujo fim será alcançado, porque essa é a vontade de Deus. (P. 355)

151. Abrindo o número de dezembro, Kardec responde a um distinto publicista que, embora não fosse contrário aos processos espíritas, julgava-os inúteis no seu caso. O Codificador mostra, porém, a utilidade do ensino trazido pelos Espíritos, apontando os inúmeros motivos que dão embasamento à sua tese. Nesse sentido, os fatos e as vozes de além-túmulo, fazendo-se ouvir em seus próprios lares, promovem a necessária mudança que simples considerações filosóficas não conseguem imprimir no caráter e no pensamento da criatura humana. (PP. 357 a 360) (Continua no próximo número.)

 


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